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Banco Central da Rússia explica por que manteve suas reservas no exterior
Banco Central da Rússia explica por que manteve suas reservas no exterior
Sputnik Brasil
Segundo o órgão regulador, nada poderia ter sido feito para evitar a apreensão de ativos. 28.03.2022, Sputnik Brasil
2022-03-28T14:00-0300
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As reservas cambiais da Rússia tiveram que ser mantidas no exterior e nada poderia ter sido feito para evitar o congelamento dos ativos em dólar e euro do país, disse o Banco Central na última postagem de perguntas e respostas em seu site. No início deste mês, quase metade das reservas estrangeiras da Rússia – no valor de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,438 bilhão) – foram apreendidas como parte das sanções impostas pelos EUA, União Europeia (UE) e seus aliados sobre a operação especial militar de Moscou na Ucrânia. Manter reservas de ouro e divisas no país seria como não ter reservas, pois esses ativos protegem a economia contra crises externas, explicou o Banco da Rússia. Segundo o órgão, existem dois tipos de crises financeiras: uma "tradicional", como a que o mundo experimentou em 2008, 2014 e 2020, e uma geopolítica, como a que Moscou está enfrentando no momento. Durante uma crise tradicional, as reservas em dólares e euros ajudam o país a pagar suas dívidas e manter o comércio em andamento, então nada poderia ter sido feito para evitar o congelamento de seus ativos. Durante uma crise geopolítica, a Rússia precisa de ativos alternativos que sejam imunes às sanções ocidentais, como ouro e yuan chinês, observou o regulador. A Rússia tem acumulado estes ativos alternativos ao longo dos últimos anos e agora eles representam quase metade de suas reservas estrangeiras. No entanto, permitir reservas russas dominadas pelo yuan tem colocado Pequim em uma situação delicada, observou o Ministério das Finanças no início deste mês, acrescentando que o Ocidente vem pressionando a China para limitar o acesso da Rússia a essas reservas, o que não pode ser feito a respeito do ouro, que permanece no país. Segundo o Ministério das Finanças, a Rússia tem um total de cerca de US$ 640 bilhões (R$ 3,066 trilhões) em reservas, dos quais cerca de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,438 bilhão) foram congelados. Moscou não poderia ter previsto o desenrolar dos fatos, e o congelamento constitui essencialmente um roubo, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na semana passada. Depois que suas reservas em dólar e euro foram congeladas, a Rússia aplicou o que o Banco Central descreveu como medidas de olho por olho. A movimentação de capitais foi restringida e a venda de títulos por investidores estrangeiros foi proibida, assim como a retirada de fundos do sistema financeiro russo, entre outras medidas tomadas. Essencialmente, o Banco Central impediu que "países hostis" recebessem fundos da Rússia em um valor comparável aos ativos russos que foram congelados.
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Banco Central da Rússia explica por que manteve suas reservas no exterior
Segundo o órgão regulador, nada poderia ter sido feito para evitar a apreensão de ativos.
As reservas cambiais da Rússia tiveram que ser mantidas no exterior e nada poderia ter sido feito para
evitar o congelamento dos ativos em dólar e euro do país,
disse o Banco Central na última postagem de perguntas e respostas em seu site.
No início deste mês, quase metade das
reservas estrangeiras da Rússia –
no valor de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,438 bilhão) – foram apreendidas como parte das sanções impostas pelos EUA, União Europeia (UE) e seus aliados sobre a
operação especial militar de Moscou na Ucrânia.
Manter reservas de ouro e divisas no país seria como não ter reservas, pois esses ativos protegem a economia contra crises externas, explicou o Banco da Rússia. Segundo o órgão, existem dois tipos de crises financeiras: uma "tradicional", como a que o mundo experimentou em 2008, 2014 e 2020, e uma geopolítica, como a que Moscou está enfrentando no momento.
Durante uma crise tradicional, as reservas em dólares e euros ajudam o país a pagar suas dívidas e manter o comércio em andamento, então
nada poderia ter sido feito para evitar o
congelamento de seus ativos.
"A moeda sem dinheiro é sempre refletida em contas correspondentes em bancos estrangeiros e, portanto, pode ser congelada", acrescentou.
Durante uma crise geopolítica, a
Rússia precisa de ativos alternativos que sejam imunes às
sanções ocidentais, como ouro e
yuan chinês, observou o regulador. A Rússia tem acumulado estes ativos alternativos ao longo dos últimos anos e agora eles representam quase metade de suas reservas estrangeiras.
No entanto, permitir reservas russas dominadas pelo yuan
tem colocado Pequim em uma situação delicada, observou o Ministério das Finanças no início deste mês, acrescentando que o Ocidente vem pressionando a China para
limitar o acesso da Rússia a essas reservas, o que não pode ser feito a respeito do ouro, que permanece no país.
Segundo o Ministério das Finanças, a Rússia tem um total de
cerca de US$ 640 bilhões (R$ 3,066 trilhões) em reservas, dos quais cerca de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,438 bilhão) foram congelados. Moscou
não poderia ter previsto o desenrolar dos fatos, e o congelamento constitui essencialmente um roubo, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na semana passada.
Depois que suas reservas em dólar e euro foram congeladas, a Rússia aplicou o que o Banco Central descreveu como medidas de olho por olho. A movimentação de capitais foi restringida e a venda de títulos por investidores estrangeiros foi proibida, assim como a retirada de fundos do sistema financeiro russo, entre
outras medidas tomadas. Essencialmente, o Banco Central
impediu que "países hostis" recebessem fundos da Rússia em um valor comparável aos ativos russos que foram congelados.