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EUA querem que suspensão da Rússia no Conselho de Direitos Humanos da ONU seja votada em até 3 dias

© REUTERS / Mike SegarA nova embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, dá uma coletiva de imprensa em Nova York, em 1º de março de 2021
A nova embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, dá uma coletiva de imprensa em Nova York, em 1º de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2022
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Os Estados Unidos pressionam realizar uma votação na quinta-feira (7) na Assembleia Geral das Nações Unidas para suspender a participação da Rússia no Conselho de Direitos Humanos da ONU, disse a embaixadora dos EUA na organização, Linda Thomas-Greenfield, em entrevista concedida nesta segunda-feira (4).
Trata-se de mais um movimento dentro da cadeia de sanções impostas pelo Ocidente devido à operação especial militar da Rússia na Ucrânia, cujo objetivo é "desnazificar" e "desmilitarizar" o país.
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"Estarei de volta a Nova York esta noite, na verdade, e temos uma reunião do Conselho de Segurança amanhã (5), mas isso precisa ser tratado na Assembleia Geral, e nossa expectativa é fazê-lo o mais rápido possível - nesta semana, e possivelmente já na quinta-feira (7)", disse Thomas-Greenfield à National Public Radio nesta segunda-feira (4).
Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que vai buscar o julgamento de supostos crimes de guerra para Putin e impor mais sanções à Rússia.
Chamando o presidente Vladimir Putin de "criminoso de guerra", Biden disse a repórteres que deveria haver "um julgamento por crimes" deste tipo.
"Bem, a verdade é que você viu o que aconteceu em Bucha. [Putin] é um criminoso de guerra. Mas temos que reunir as informações. Temos que continuar fornecendo à Ucrânia as armas necessárias para continuar lutando e nós temos que obter todos os detalhes para que possamos ter um julgamento por crimes de guerra", disse o presidente norte-americano.
Além disso, os Estados Unidos não podem verificar independentemente os relatos de supostas atrocidades em Bucha, disse um alto funcionário da Defesa norte-americana, nesta segunda-feira (4).
Os russos já haviam deixado a área dias antes das imagens surgirem, levando o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, a rotulá-los como um "ataque falso" provocativo e a convocar uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação.
Mesmo diante das acusações feitas contra Putin, Biden diz discordar do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, que afirmou que a Rússia teria cometido genocídio durante sua operação especial no país.
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Incidente em Bucha

No último domingo (3), a Ucrânia relatou que forças russas promoveram um "massacre" na cidade de Bucha, a 25 km da capital.
A suposta denúncia foi feita por meio de diversos vídeos divulgados pelas autoridades e mídia ucranianas. De acordo com as imagens, centenas de corpos jogados ao chão pela cidade, alguns com sinais de tortura, teriam sido massacrados pelas forças russas, porém, algumas imagens mostram vítimas com lenços brancos amarrados ao braço, um suposto símbolo de identificação de não agressão. No entanto, lenços brancos ou vermelhos são utilizados por soldados russos, para que sejam identificados em campo, enquanto soldados ucranianos utilizam um lenço azul ou amarelo.
Depois da retirada das tropas russas de Bucha já surgiu um vídeo em que um membro das tropas ucranianas durante a limpeza do perímetro pergunta aos companheiros "lá tem rapazes sem lenços azuis, posso atirar neles?" recebendo uma resposta positiva. Em um dos vídeos, usuários também notaram que um dos "cadáveres" alegadamente retira o braço para não ser esmagado por rodas de veículos militares ucranianos.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, ainda no domingo (3), que fotografias e vídeos publicados por Kiev na cidade são mais uma provocação e encenação.
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