Dalai Lama afirma não querer independência da China
© Sputnik / Nina Alekseyeva / Acessar o banco de imagensTenzin Gyatso, conhecido como o 14º Dalai Lama
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O líder espiritual chegou nesta quinta-feira (14) em Jammu, na Caxemira, região administrada pela Índia e deve visitar o território sindical de Ladakh na sexta-feira (15) como parte de sua primeira visita fora de sua residência em Dharamshala, em Himachal Pradesh, desde o início da pandemia de COVID-19.
O líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, 87 anos, disse nesta quinta-feira que as pessoas na China percebem que ele não está buscando a independência, mas uma autonomia significativa e preservação da cultura budista tibetana.
"Alguns radicais chineses me consideram um separatista e um reacionário e sempre me criticam. Mas agora, mais chineses estão percebendo que o Dalai Lama não está buscando a independência e apenas desejando que a China [dê] autonomia significativa [ao Tibete] e preservação da cultura do budismo tibetano", disse o líder tibetano à mídia em Jammu.
Em abril, o Dalai Lama se reuniu com o ex-membro indiano do Parlamento, Thupten Tsewang, que havia solicitado que o líder tibetano visitasse Ladakh. Sua visita é importante, pois ocorre antes das negociações em nível de comandante do 16º Corpo entre a Índia e a China para resolver o impasse entre os dois países em Ladakh.
A visita também ocorre dias após a China apresentar um protesto depois que o primeiro-ministro indiano Narendra Modi parabenizou o Dalai Lama por seu 87º aniversário, dizendo que a Índia deve parar de usar questões relacionadas ao Tibete para interferir nos assuntos internos da China.
Respondendo às recentes observações da China, o Dalai Lama disse ser uma crítica normal e que "o povo chinês não está se opondo. Mais e mais chineses estão mostrando interesse no budismo tibetano. Alguns de seus estudiosos estão percebendo que o budismo tibetano é muito científico. As coisas estão mudando", afirmou o líder.
Durante entrevista, o Dalai Lama também falou sobre a crise financeira e política no Sri Lanka.
"Minha principal mensagem para o povo é que todos nós somos irmãos e irmãs e não adianta brigar. A luta é desencadeada pela estreiteza da mente quando eles [protagonistas das lutas] começam a pensar [coisas] como 'minha nação, minha ideologia'", disse.
Ele acrescentou ainda que "a humanidade exige que vivamos juntos, gostemos ou não. Pode haver alguns problemas, como em uma família, que podem ser resolvidos por meio de conversas."