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Diplomatas chineses 'correm' para a África em resposta à ofensiva de Joe Biden
Diplomatas chineses 'correm' para a África em resposta à ofensiva de Joe Biden
Sputnik Brasil
Xu Jinghu, representante especial da China para assuntos africanos, está em turnê por oito países. Sua visita visa responder ao desafio do Ocidente à... 16.07.2022, Sputnik Brasil
2022-07-16T20:44-0300
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2022-07-16T21:20-0300
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A diplomacia chinesa intensificou suas visitas e laços com os países da África, e diversos funcionários do governo chinês fizeram dezenas de viagens ao continente para fortalecer relações e responder aos desafios que o Ocidente deseja impor à Iniciativa do Cinturão e Rota.Segundo o South China Morning Post, o representante especial do governo chinês para assuntos africanos, Xu Jinghu, prometeu esta semana que a China continuará fortalecendo as relações em setores prioritários como agricultura, saúde e infraestrutura.No mesmo dia, o presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, disse que a China "ficou ao nosso lado por anos, especialmente em tempos de dificuldades", e acrescentou que Pequim sempre apoiará o desenvolvimento econômico e social de Burundi.A China enviou cientistas agrícolas ao Burundi para ajudar a melhorar a produção de alimentos e concedeu bolsas de estudo a estudantes burundeses. Em sua turnê por oito países, Xu Jinghu também visitará Ruanda, República Democrática do Congo, Congo-Brazzaville, Namíbia, Madagascar, Maurício e Seychelles.No mês passado, Wu Peng, diretor geral do departamento de assuntos africanos do Ministério das Relações Exteriores, visitou a África do Sul, Malawi, Zâmbia, Tanzânia, Senegal, Burkina Faso e Togo.Para Zhou Yuyuan, pesquisador do Instituto de Estudos Internacionais de Xangai, entrevistado pela publicação chinesa, o papel específico de um representante especial para assuntos africanos é a mediação política, sobretudo diante dos conflitos no continente.Além da crise no Mali, Ruanda e Congo acusaram-se mutuamente de disparar foguetes através de sua fronteira comum. As autoridades congolesas também alegaram que Ruanda colocou soldados disfarçados em seu território.Especialistas também apontaram o interesse da China em Maurício, Seychelles e até Madagascar, que são pontos de importância geoestratégica central para os esforços da China para consolidar sua presença no Oceano Índico como parte da Rota da Seda Marítima.Os países que têm laços mais importantes com a China, como África do Sul, Zâmbia, Tanzânia, Senegal, Congo e Namíbia, recebem mais visitantes de alto nível. Alguns desses países, como Congo e Zâmbia, são ricos em minerais. O Congo vende a maior parte de seu cobre e cobalto para a China, enquanto a Zâmbia, rica em cobre, atraiu capital chinês para mineração e infraestrutura.Outro ponto que motivou as viagens chinesas ao continente africano é o aumento do envolvimento ocidental com o continente. Funcionários de alto escalão dos departamentos de Estado e Comércio dos EUA visitaram a África nos últimos meses, e a segunda cúpula de líderes EUA-África será realizada ainda este ano. "Isso significa que os principais países estão dando mais importância à África, e isso levará a interações mais próximas", disse Zhou. "Acho que isso pode beneficiar os países africanos se novos compromissos, investimentos e financiamentos aumentarem", concluiu.
https://noticiabrasil.net.br/20220626/biden-revela-plano-de-us-600-bilhoes-no-g7-para-conter-a-china-23298204.html
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Diplomatas chineses 'correm' para a África em resposta à ofensiva de Joe Biden
20:44 16.07.2022 (atualizado: 21:20 16.07.2022) Xu Jinghu, representante especial da China para assuntos africanos, está em turnê por oito países. Sua visita visa responder ao desafio do Ocidente à Iniciativa do Cinturão e Rota.
A diplomacia
chinesa intensificou suas visitas e laços com os países da África, e diversos funcionários do governo chinês
fizeram dezenas de viagens ao continente para fortalecer relações e responder aos
desafios que o Ocidente deseja impor à Iniciativa do Cinturão e Rota.
Segundo o South China Morning Post, o representante especial do governo chinês para assuntos africanos, Xu Jinghu,
prometeu esta semana que a China continuará fortalecendo as relações em setores prioritários como agricultura, saúde e infraestrutura.
No mesmo dia, o presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, disse que a China "ficou ao nosso lado por anos, especialmente em tempos de dificuldades", e acrescentou que Pequim sempre apoiará o desenvolvimento econômico e social de Burundi.
A China enviou cientistas agrícolas ao Burundi para ajudar a melhorar a produção de alimentos e concedeu bolsas de estudo a estudantes burundeses. Em sua turnê por oito países, Xu Jinghu também visitará Ruanda, República Democrática do Congo, Congo-Brazzaville, Namíbia, Madagascar, Maurício e Seychelles.
No mês passado, Wu Peng, diretor geral do departamento de assuntos africanos do Ministério das Relações Exteriores,
visitou a África do Sul, Malawi, Zâmbia, Tanzânia, Senegal, Burkina Faso e Togo.
Para Zhou Yuyuan, pesquisador do Instituto de Estudos Internacionais de Xangai, entrevistado pela publicação chinesa, o papel específico de um representante especial para assuntos africanos é a mediação política, sobretudo diante dos conflitos no continente.
Além da crise no Mali, Ruanda e Congo acusaram-se mutuamente de disparar foguetes através de sua fronteira comum. As autoridades congolesas também alegaram que Ruanda colocou
soldados disfarçados em seu território.
Especialistas também apontaram o interesse da China em Maurício, Seychelles e até Madagascar, que são pontos de importância geoestratégica central para os esforços da China para consolidar sua presença no Oceano Índico como parte da Rota da Seda Marítima.
Os países que têm laços mais importantes com a China, como África do Sul, Zâmbia, Tanzânia, Senegal, Congo e Namíbia, recebem mais visitantes de alto nível. Alguns desses países, como Congo e Zâmbia, são ricos em minerais.
O Congo vende a maior parte de seu cobre e cobalto para a China, enquanto a Zâmbia, rica em cobre, atraiu capital chinês para mineração e infraestrutura.
Outro ponto que motivou as viagens chinesas ao continente africano
é o aumento do envolvimento ocidental com o continente. Funcionários de alto escalão dos
departamentos de Estado e Comércio dos EUA visitaram a África nos últimos meses, e a segunda cúpula de líderes EUA-África será realizada ainda este ano.
"Isso significa que os principais países estão dando mais importância à África, e isso levará a interações mais próximas", disse Zhou. "Acho que isso pode beneficiar os países africanos se novos compromissos, investimentos e financiamentos aumentarem", concluiu.