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Washington Post: todo o mundo testemunha o declínio dos EUA
Washington Post: todo o mundo testemunha o declínio dos EUA
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Os EUA estão perdendo o seu prestígio de forma rápida, diz The Washington Post. Durante a guerra do Iraque, todo o mundo zombava da doutrina Bush, enquanto os... 31.08.2022, Sputnik Brasil
2022-08-31T12:16-0300
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O tema principal da conferência internacional na Escola Jurídica Bucerius em Hambrurgo, em que se reuniram dezenas de jovens líderes de todo o mundo, soa assim: "Enfrentando novas realidades: gestão global sob tensão". Segundo a colunista estadunidense, "aos olhos de grande parte do mundo a luz norte-americana diminuiu".Embora os EUA ainda atraiam a atenção de todo o mundo e não deixem de ser uma grande potência, já fica claro, acredita Emba, que para muitos participantes da conferência – da Alemanha à Mongólia, de Gana à Ucrânia – "os EUA se tornaram um símbolo do declínio da democracia e desinformação, albergando cidadãos que reagem ao descontentamento rejeitando a realidade e instituições que estão cada vez mais se degradando"."Eu pensei em me estabelecer nos Estados Unidos", confessou uma das participantes da conferência, funcionária das Nações Unidas. "Mas não podia imaginar a vida em um lugar onde os meus filhos teriam que passar por treinos para possíveis tiroteios escolares", acrescentou.Assim, antes tais produtos como a Coca-Cola, calças de ganga Levi's e jazz, além de tais valores como a liberdade, direitos civis e a supremacia da lei, estavam no topo da lista das "exportações" norte-americanas. Contudo, hoje em dia os EUA são mais conhecidos no mundo por sua interminável violência armada e tiroteios em escolas.Segundo Emba, após as eleições de 2016, os líderes europeus avisaram que já não podiam contar com os EUA como um parceiro confiável na área de defesa e segurança. Além disso, recentemente por todo o mundo foram divulgadas declarações provocativas do candidato ao Senado pelo estado de Ohio J.D. Vance: "Tenho de ser sincero com vocês: o destino da Ucrânia não me importa nada". A jornalista supõe que tais palavras demonstraram que os EUA se esforçam muito para evitar cumprir os seus compromissos internacionais, descartando cada vez mais a sua liderança global.Em 2008, Fareed Zakaria escreveu: "A nível político-militar, ainda permanecemos em um mundo de uma única superpotência. Contudo, em todas as outras dimensões – industrial, financeira, educacional, social, cultural – a distribuição do poder está mudando, se afastando da supremacia norte-americana".Em 2022, concluiu a colunista do The Washington Post, tal avaliação do mundo "pós-norte-americano" passou da teoria para a realidade.
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Washington Post: todo o mundo testemunha o declínio dos EUA
Os EUA estão perdendo o seu prestígio de forma rápida, diz The Washington Post. Durante a guerra do Iraque, todo o mundo zombava da doutrina Bush, enquanto os cidadãos norte-americanos, ao chegar ao estrangeiro, tinham que fingir ser canadenses. Hoje a reputação do país se deteriorou ainda mais, afirma a colunista Christine Emba.
"O que aconteceu com vocês é assustador", disse uma figura pública da Baviera em uma conversa com a colunista. "A América se tornou menor", acrescentou.
O tema principal da conferência internacional na Escola Jurídica Bucerius em Hambrurgo, em que se reuniram dezenas de jovens líderes de todo o mundo, soa assim: "Enfrentando novas realidades: gestão global sob tensão". Segundo a colunista estadunidense,
"aos olhos de grande parte do mundo a luz norte-americana diminuiu".
Embora os EUA ainda atraiam a atenção de todo o mundo e
não deixem de ser uma grande potência, já fica claro, acredita Emba, que para muitos participantes da conferência – da Alemanha à Mongólia, de Gana à Ucrânia – "os EUA se tornaram
um símbolo do declínio da democracia e desinformação, albergando cidadãos que reagem ao descontentamento rejeitando a realidade e instituições que estão cada vez mais se degradando".
"Não queremos que pessoas que perderam o emprego devido às alterações climáticas no final se tornem votantes de Trump ou algo assim", disse o ministro das Relações Exteriores de um dos países europeus durante uma discussão sobre transformação econômica em meio às alterações climáticas.
"Eu pensei em me estabelecer nos Estados Unidos", confessou uma das participantes da conferência, funcionária das Nações Unidas. "Mas não podia imaginar a vida em um lugar onde os meus filhos teriam que passar por treinos para
possíveis tiroteios escolares", acrescentou.
Assim, antes tais produtos como a Coca-Cola, calças de ganga Levi's e jazz, além de tais valores como a liberdade, direitos civis e a supremacia da lei, estavam no topo da lista das
"exportações" norte-americanas. Contudo, hoje em dia os EUA são mais conhecidos no mundo por sua
interminável violência armada e
tiroteios em escolas.
"A reputação dos EUA tem se deteriorado ao longo de, pelos menos, duas décadas. Durante a guerra do Iraque, enquanto todo o mundo zombava da política externa da doutrina Bush, os turistas norte-americanos no estrangeiro, para não serem humilhados, fingiam ser canadenses, o que se converteu em um cliché", diz a colunista.
Segundo Emba, após as
eleições de 2016, os líderes europeus avisaram que já não podiam contar com os EUA como um parceiro confiável na área de defesa e segurança. Além disso, recentemente por todo o mundo foram divulgadas declarações provocativas do candidato ao Senado pelo estado de Ohio J.D. Vance:
"Tenho de ser sincero com vocês: o destino da Ucrânia não me importa nada". A jornalista supõe que tais palavras demonstraram que os EUA se esforçam muito para evitar cumprir os seus compromissos internacionais, descartando cada vez mais a sua liderança global.
"Enquanto os EUA estão enfraquecendo, os nossos concorrentes – uma China aparentemente imparável e uma Rússia imprevisível e agressiva – estão esperando avidamente sua hora."
Em 2008,
Fareed Zakaria escreveu: "A nível político-militar, ainda permanecemos em
um mundo de uma única superpotência. Contudo, em todas as outras dimensões – industrial, financeira, educacional, social, cultural –
a distribuição do poder está mudando, se afastando da supremacia norte-americana".
Em 2022, concluiu a colunista do The Washington Post, tal avaliação do mundo "pós-norte-americano" passou da teoria para a realidade.