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'O futuro da geopolítica se determinará na região da Ásia-Pacífico', afirma especialista

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Mapa da Ásia e Oceania (imagem de referência) - Sputnik Brasil, 1920, 12.09.2022
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À medida que as sanções ocidentais contra a Rússia continuam, Moscou e Pequim decidem usar rublos e yuans. Comentando esta decisão, o cientista político turco e especialista na região asiática, Baris Adibelli afirmou que o fato de ambas as potências econômicas terem dado as costas ao dólar significa uma possível tendência entre outros países.
Durante o Fórum Econômico do Leste, o presidente russo Vladimir Putin destacou o processo de desdolarização da política mundial como uma tendência contemporânea e apontou para o crescente papel dos países da região Ásia-Pacífico no mundo.
Rússia e China decidiram comercializar gás natural em suas moedas nacionais. A empresa russa Gazprom e a chinesa CNPC assinaram um acordo complementar sobre o comércio de gás natural em moedas locais, rublos e yuans. Além disso, a Rússia e a Turquia concordaram em usar parcialmente os rublos russos para pagar o gás, após a reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan em Sochi. Por outro lado, também foi relatado que os bancos centrais da Rússia e da Índia negociam transações bilaterais em suas moedas nacionais.
Comentando esses últimos acontecimentos, Adibelli ressaltou que o dólar norte-americano está perdendo valor em todo o mundo.

"A partir de agora, nem a Rússia nem a China consideram o dólar [norte] americano como moeda de reserva, o que é um grande desafio, porque não estamos falando de países comuns", ressaltou.

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O especialista explicou que a Rússia é um gigante da energia que continua a manter o seu peso no mundo, enquanto a China é hoje o produtor número um do mundo, além de grande comprador também produz matérias-primas.
"Consequentemente, a saída de ambas as potências econômicas do dólar, bem como a adesão de um Estado forte como a Índia, sugere que processos semelhantes ocorrerão com países de médio porte", aprofundou o cientista político dando como exemplo a Turquia, que, segundo ele, tem grande interesse em negociar em moedas nacionais.
Nesse contexto, Adibelli sugeriu que o século XXI vai ser a era da ascensão da Ásia, que, segundo ele, se trata da formação de um novo mundo, cujo centro de gravidade vai ser a região asiática.
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