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Austrália reverte decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel

© Sputnik / Ramil SitdikovBandeira da Austrália, com o prédio do Ministério das Relações Exteriores da Rússia ao fundo (foto de arquivo)
Bandeira da Austrália, com o prédio do Ministério das Relações Exteriores da Rússia ao fundo (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 17.10.2022
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A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, anunciou que o país reverteu, oficialmente, a decisão do governo anterior de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
Segundo Wong, o ex-primeiro-ministro australiano Scott Morrison fez uma "jogada cínica" ao reconhecer Jerusalém como a capital. Para a ministra, esta é uma questão de status que deve ser negociada entre autoridades palestinas e israelenses.
"A Austrália está comprometida com uma solução de dois Estados na qual Israel e um futuro Estado palestino coexistam, em paz e segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas", disse ela em comunicado. "Não apoiaremos uma abordagem que prejudique essa perspectiva."
A ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, anuncia a decisão de reverter o reconhecimento do governo de Morrison de Jerusalém Ocidental como a capital de Israel. Ela diz que foi uma "jogada cínica" do ex-primeiro-ministro, durante a pré-eleição de Wentworth em 2018.

"Lamento que a decisão do sr. Morrison de fazer política tenha resultado na mudança de posição da Austrália, e na angústia que essas mudanças causaram a muitas pessoas na comunidade australiana que se preocupam profundamente com esta questão", afirmou Wong.

O anúncio e o esclarecimento de Wong sobre o assunto vieram logo após o surgimento de relatos, nesta segunda-feira (17), de que a Austrália estava abandonando seu reconhecimento de Jerusalém na linguagem utilizada em sites oficiais do governo.
O ex-primeiro-ministro anunciou a mudança no reconhecimento da Austrália em 2018, mas indicou que a embaixada do país não seria realocada de Tel Aviv. Mais tarde, o governo determinou que a embaixada australiana só seria transferida quando um acordo de paz fosse estabelecido na região.
O próprio anúncio de Morrison seguiu-se à declaração de 2017 do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que de fato havia ordenado ao Departamento de Estado a transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém.
O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida (D) posa para uma foto com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, antes de sua reunião na casa de hóspedes do Palácio Akasaka, em Tóquio, antes do funeral de Estado do ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, 27 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.10.2022
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