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Kremlin diz que teto de preço do petróleo é 'inaceitável' para Moscou

© Sputnik / Aleksei NikolskyPorta-voz do presidente, Dmitry Peskov durante a grande coletiva anual de Vladimir Putin
Porta-voz do presidente, Dmitry Peskov durante a grande coletiva anual de Vladimir Putin - Sputnik Brasil, 1920, 03.12.2022
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Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov falou neste sábado (3) sobre a determinação adotada pela União Europeia e alguns países do G7 a respeito do petróleo russo.
Segundo Peskov, a "Rússia não aceitará o teto de preço imposto ao petróleo russo no exterior, mas o analisará e decidirá como operar sob novas circunstâncias".
"Não aceitaremos esse teto. Como organizaremos o trabalho? Faremos um anúncio relevante após uma análise, que será feita prontamente", disse Peskov a repórteres.
Na sexta-feira (2), a União Europeia chegou a um acordo sobre o preço máximo do petróleo russo em US$ 60 (R$ 312) por barril.
O acordo prevê um mecanismo de revisão para manter o preço máximo 5% abaixo do valor de mercado.
As nações do G7 e a Austrália também concordaram em estabelecer um teto de preço de US$ 60 (R$ 312) para o petróleo da Rússia, que entrará em vigor em 5 de dezembro.
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Moscou já havia antecipado a imposição de um limite de preço, "e agora está analisando a situação", disse o porta-voz.
Para o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, discutir o teto de preços para o petróleo do país não interessa à Rússia.
"Negociaremos diretamente com nossos parceiros, e os parceiros que continuam trabalhando conosco, eles não se orientarão por estes tetos, e não darão nenhuma garantia àqueles que introduzem estes tetos ilegalmente", comentou em coletiva na quinta-feira (1º).
"Para aqueles que durante décadas defenderam a liberdade do mercado, a liberdade de concorrência, ditarem os preços ao mercado [...] Este é certamente um desenvolvimento interessante, que, entre outras coisas, envia um sinal muito poderoso a longo prazo a todos os Estados sem exceção, de que, pessoal, vocês precisam pensar em como deixar de usar as ferramentas impostas pelo Ocidente como parte de seu sistema de globalização", notou o ministro.
"Porque o Ocidente, se amanhã não gostar de você... Ele já não gosta da Rússia, a China já se está tornando um alvo de sanções [...] Qualquer um pode ser o próximo", afirmou.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, um grupo de países liderados por Estados Unidos e UE introduziram um volume sem precedentes de sanções econômicas contra a Rússia, incluindo o setor energético.
Além da redução das importações de petróleo e gás da Rússia, esses países vêm discutindo há meses a introdução de um teto para a compra do petróleo russo como forma de atacar a economia russa.
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, durante encontro do conselho de chanceleres da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), foto publicada em 23 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.12.2022
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