https://noticiabrasil.net.br/20221207/parceria-tecnologica-com-a-russia-poderia-impulsionar-areas-de-interesse-do-brasil-diz-especialista-26316154.html
Parceria tecnológica com a Rússia poderia impulsionar áreas de interesse do Brasil, diz especialista
Parceria tecnológica com a Rússia poderia impulsionar áreas de interesse do Brasil, diz especialista
Sputnik Brasil
A Rússia lançou mais um dos cinco navios quebra-gelo do Projeto 22220 em uma cerimônia em São Petersburgo. A Sputnik Brasil discutiu a importância desses... 07.12.2022, Sputnik Brasil
2022-12-07T21:53-0300
2022-12-07T21:53-0300
2022-12-08T13:23-0300
panorama internacional
rússia
marinha da rússia
brasil
marinha do brasil
quebra-gelo
ártico
europa
exclusiva
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/0c/07/26315405_0:192:2957:1855_1920x0_80_0_0_3ff4edd3a9a6875a4f154cdeae516ba6.jpg
No fim de novembro, a Rússia inaugurou um novo navio quebra-gelo nuclear, o Yakutia. Considerado o mais poderoso navio do tipo no mundo, o lançamento da embarcação contou com a participação do presidente russo, Vladimir Putin. Os quebra-gelos do projeto de origem do Yakutia têm a capacidade de quebrar gelo de até três metros de espessura.A Sputnik Brasil conversou com Robinson Farinazzo, especialista militar e oficial da reserva da Marinha do Brasil, para discutir a influência da liderança tecnológica russa no setor e como possíveis parcerias com a indústria brasileira poderiam beneficiar o país e a promoção de um mundo multipolar.Projeto rende vantagens à Rússia no ÁrticoPara Farinazzo, o Projeto 22220, do qual faz parte o Yakutia, se consolidou como um projeto estratégico para manter abertas as rotas no Ártico e deve garantir diversas vantagens à Rússia devido à tecnologia incorporada.Farinazzo destaca que a Rússia tem "excelente expertise na construção de reatores" civis e militares e que domina a tecnologia há décadas.Retrospecto mostra 'bons dividendos' para parceiros da RússiaO oficial da reserva da Marinha ressalta que as parceiras militares com a Rússia costumam gerar "bons dividendos" para os países envolvidos. Farinazzo cita Índia e China como exemplos de parceiros que se beneficiaram da aquisição de tecnologia russa para suas respectivas indústrias de defesa. Segundo o especialista, o Brasil também poderia se beneficiar desse tipo de cooperação.O especialista cita, além da tecnologia de propulsão nuclear, a expertise russa em setores como a exploração espacial, a construção de satélites, o lançamento de foguetes e o sistema de geolocalização russo, GLONASS.Para Farinazzo, o mundo unipolar liderado pelos Estados Unidos, que beneficiava aliados como os países da Europa Ocidental, além de Japão, Canadá e Austrália, está obsoleto. Nesse cenário, ele acredita que o Brasil se beneficiaria da aproximação com a Rússia no âmbito do BRICS.
https://noticiabrasil.net.br/20221122/projeto-22220-os-maiores-e-mais-potentes-quebra-gelos-do-mundo-26062152.html
brasil
ártico
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2022
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/0c/07/26315405_114:0:2843:2047_1920x0_80_0_0_e056fa1e05e42745fe0fcb6618d6e7a8.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
rússia, marinha da rússia, brasil, marinha do brasil, quebra-gelo, ártico, europa, exclusiva
rússia, marinha da rússia, brasil, marinha do brasil, quebra-gelo, ártico, europa, exclusiva
Parceria tecnológica com a Rússia poderia impulsionar áreas de interesse do Brasil, diz especialista
21:53 07.12.2022 (atualizado: 13:23 08.12.2022) Especiais
A Rússia lançou mais um dos cinco navios quebra-gelo do Projeto 22220 em uma cerimônia em São Petersburgo. A Sputnik Brasil discutiu a importância desses navios e possíveis impactos de parcerias com um especialista militar da Marinha do Brasil.
No fim de novembro, a Rússia inaugurou um novo navio quebra-gelo nuclear, o Yakutia. Considerado o mais poderoso navio do tipo no mundo, o lançamento da embarcação contou com a participação do presidente russo, Vladimir Putin. Os quebra-gelos do projeto de origem do Yakutia
têm a capacidade de quebrar gelo de até três metros de espessura.
A Sputnik Brasil conversou com Robinson Farinazzo, especialista militar e oficial da reserva da Marinha do Brasil, para discutir a influência da liderança tecnológica russa no setor e como possíveis parcerias com a indústria brasileira poderiam beneficiar o país e a promoção de um mundo multipolar.
Projeto rende vantagens à Rússia no Ártico
Para Farinazzo, o Projeto 22220, do qual faz parte o Yakutia, se consolidou como um projeto estratégico para manter abertas as rotas no Ártico e deve garantir diversas vantagens à Rússia devido à tecnologia incorporada.
"É um investimento estratégico da Rússia, que deve lhe render muitos dividendos, tanto no campo econômico quanto na geopolítica dessas regiões, desses países afetados. Essa classe de quebra-gelos é a maior e mais poderosa do mundo, então ela deve afetar Japão, Coreia do Sul e a própria China, que é um país bastante interessado na economia dessa região", avalia, acrescentando que o projeto visa conectar os oceanos Pacífico e Atlântico.
Farinazzo destaca que a Rússia tem "excelente expertise na construção de reatores" civis e militares e que domina a tecnologia há décadas.
"A construção de um reator naval tem uma série de especificidades. Tem que ser um reator menor, miniaturizado, para caber em pequenos compartimentos. Não é qualquer país que tem essa tecnologia, e a Rússia já domina isso há várias décadas", afirma.
22 de novembro 2022, 12:05
Retrospecto mostra 'bons dividendos' para parceiros da Rússia
O oficial da reserva da Marinha ressalta que as parceiras militares com a Rússia costumam gerar
"bons dividendos" para os países envolvidos. Farinazzo cita Índia e China como exemplos de parceiros que se beneficiaram da aquisição de tecnologia russa para suas respectivas indústrias de defesa. Segundo o especialista,
o Brasil também poderia se beneficiar desse tipo de cooperação.
"É um caso que o Brasil poderia pensar. Poderia iniciar com memorandos de entendimento visando pelo menos prospectar atividades dessa área, e depois se avaliaria a relação custo-benefício. Acho que pelo menos um kick off, um pontapé inicial, o Brasil deveria dar para ver o que poderia ser obtido em termos de avanços para a nossa indústria de defesa, em virtude da transferência de tecnologia por parte dos russos", aponta.
O especialista cita, além da tecnologia de propulsão nuclear, a expertise russa em setores como a exploração espacial, a construção de satélites, o lançamento de foguetes e o sistema de geolocalização russo, GLONASS.
"O Brasil tem muito a absorver nessa área. Eu lembro que sempre foi uma ambição brasileira dominar a tecnologia de foguetes e satélites, mas a gente vem patinando há décadas nessa área. Então acho que o Brasil pode desenvolver joints com a Rússia nesse sentido", aponta, acrescentando ainda possíveis benefícios de eventuais parcerias para a exploração de petróleo e gás.
Para Farinazzo, o mundo unipolar liderado pelos Estados Unidos, que beneficiava aliados como os países da Europa Ocidental, além de Japão, Canadá e Austrália, está obsoleto. Nesse cenário, ele acredita que o Brasil se beneficiaria da aproximação com a Rússia no âmbito do BRICS.