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Para contornar influência de Rússia e China na África, Biden apoiará adesão da União Africana ao G20

© AP Photo / Alex BrandonO presidente dos EUA, Joe Biden, durante reunião com o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), em 13 de novembro de 2022
O presidente dos EUA, Joe Biden, durante reunião com o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), em 13 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 09.12.2022
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O governo Biden foi criticado por alguns como desatento à África: uma reclamação comum sobre a política externa dos EUA, mas que tem soado mais alto desde que Pequim e Moscou aprofundaram suas raízes políticas e econômicas no continente africano.
Nesta sexta-feira (9) a Casa Branca informou que o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciará na próxima semana o apoio norte-americano à admissão da União Africana no grupo do G20 como membro permanente, segundo a Reuters.
Biden fará o anúncio durante a Cúpula de Líderes EUA-África em Washington na próxima semana, disse o conselheiro da Casa Branca, Judd Devermont.
"Precisamos de mais vozes africanas nas conversas internacionais que dizem respeito à economia global, democracia e governança, mudança climática, saúde e segurança", afirmou Devermon.
O conselheiro ainda esclareceu que a medida ocorre após pedidos do presidente da União Africana e do presidente senegalês Macky Sall e do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa.
"Já passou da hora de a África ter assentos permanentes à mesa em organizações e iniciativas internacionais", disse Devermont, acrescentando que a medida se baseia na estratégia de Washington para a África Subsaariana.
Em agosto deste ano, os EUA lançaram um novo documento de estratégia para o continente africano, principalmente com o fato de que China e Rússia aumentam sua presença e diplomacia no continente.
A África precisa de bilhões de dólares por ano para estradas, ferrovias, barragens e energia e na última década recebeu enormes somas da China, que geralmente não vincula dinheiro a condições políticas ou relacionadas a direitos.
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Washington caracterizou os empréstimos chineses como predatórios e que levam a possíveis armadilhas da dívida, e se concentrou em facilitar o investimento privado, mas as autoridades reconhecem que precisa fazer mais para acelerar a assistência.
Até o momento, a África do Sul é o único membro do G20 do continente africano. A União Africana é composta por 55 Estados-membros.
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