Borrell revela mudança diplomática europeia que será sentida da América do Sul à Ásia
© AP Photo / Julia NikhinsonO chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, fala durante uma coletiva de imprensa, na sede da ONU, 21 de setembro de 2022
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A União Europeia (UE) pretende reforçar suas missões na África, na América Latina e na Ásia com funcionários especializados na identificação e combate à desinformação, informou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
A União Europeia (UE) pretende reforçar suas missões na África, na América Latina e na Ásia com funcionários especializados na identificação e combate à desinformação, informou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
"O combate à desinformação não é importante apenas na Europa, mas também na África, América Latina e Ásia. Precisamos investir mais com parceiros no mundo neste campo, fortalecer nossa presença, estar mais preparados e usar uma linguagem clara. Estamos acostumados a falar em inglês, mas nem todos o compreendem, devemos nos dirigir a eles [representantes de outros países] em suas línguas, caso contrário estão completamente fora de contato com o que dizemos e com o que tentamos explicar. Precisamos de uma melhor presença nas regiões, nossas delegações vão estar equipadas com especialistas em identificar e combater a desinformação em muitas partes do mundo", apontou o diplomata, falando em uma conferência dedicada ao combate à desinformação.
Além disso, Borrell declarou em seu discurso que a UE está estabelecendo um centro de coleta e análise de ameaças e manipulação de informação.
"Quero anunciar a criação de um novo recurso centralizado para coletar informações sobre ameaças, manipulação de informações estrangeiras. O centro permitirá compartilhar informações, experiências e conhecimentos, analistas [...]. É uma luta de longo prazo, precisamos de ferramentas", disse Borrell.
Segundo ele, a criação de tal centro foi escrita no programa de defesa Compasso Estratégico adotado pela UE há algum tempo. "Isto é necessário para proteger melhor nossas sociedades democráticas da desinformação", disse Borrell.
O alto representante recordou que "a coleta de dados sobre desinformação ajudou a sancionar aqueles que manipularam as informações e a impedir a distribuição de tais recursos na UE".
Borrell também afirmou a necessidade de "investir mais no combate à desinformação em todo o mundo".