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EUA percebem que desafios para conter China-Rússia vêm de seus próprios aliados, diz mídia americana
EUA percebem que desafios para conter China-Rússia vêm de seus próprios aliados, diz mídia americana
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Questões envolvendo Arábia Saudita, Índia e Turquia e sua relação com os americanos mostram a Washington que os centros globais de poder estão a mudar e não... 07.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-07T12:12-0300
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2023-10-07T14:15-0300
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Essa semana foi de crise para a Casa Branca em diversos setores. Internamente, a derrubada histórica do presidente da Câmara dos Representantes Kevin McCarthy mexeu com as estruturas do país, visto que essa foi a primeira vez na história dos EUA que um líder da Câmara é deposto.Ao mesmo tempo, desde o começo da operação russa na Ucrânia, parlamentares decidiram cortar verba de ajuda militar para Kiev, algo que vai totalmente contra as diretrizes do governo e até fez com que o presidente, Joe Biden, ligasse para aliados da OTAN para tentar tranquilizá-los sobre o apoio à Ucrânia.Entretanto, os assuntos internos se juntam a outros externos e, repetidamente, Washington está descobrindo que os maiores desafios ao seu esforço para conter a China e a Rússia vêm dos seus próprios parceiros espinhosos, escreve a Bloomberg.A Índia, que os estadunidenses cortejaram como contrapeso econômico e político à China, está comprando grande parte do petróleo russo. Além do mais, a briga de Nova Deli com o Canadá, devido ao assassinato de um ativista sikh, colocou os EUA em uma posição extremamente embaraçosa.Já pelo Oriente Médio, Biden, que outrora evitou a Arábia Saudita, investiu recentemente capital político em um grande acordo que levaria Riad a formalizar os laços com Israel em troca de garantias de segurança dos norte-americanos.Preocupado que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman se volte para Pequim para construir e fornecer as suas usinas nucleares, os EUA estão considerando formas de acomodar a exigência saudita de que lhe seja permitido enriquecer urânio a nível interno.Os diálogos alimentaram um debate furioso sobre até que ponto Washington pode distorcer as regras de não proliferação para satisfazer o seu aliado – um debate que, ainda esta semana, alargou o seu conluio com a Rússia para sustentar os preços do petróleo, apesar dos repetidos apelos de um presidente americano ansioso por moderar os custos da gasolina antes de um ano eleitoral.Mas é com a Turquia que anos de tensões podem estar a chegar ao auge: os EUA abateram esta semana um drone turco sobre a Síria, em um raro exemplo de conflito direto. Ancara, uma aliada estadunidense da OTAN, também mantém laços estreitos com a Rússia.O presidente Recep Tayyip Erdogan há muito critica o apoio estadunidense aos combatentes curdos na Síria, que Ancara diz estarem ligados a militantes no país. É uma questão que complica os esforços para expandir a aliança de defesa.Além disso, há o imbróglio envolvendo os caças F-16 requisitados há muito tempo pelos turcos e que o Senado norte-americano não libera a venda e ao mesmo tempo o bloqueio da Turquia ao ingresso da Suécia na OTAN, uma das metas da diplomacia estadunidense para ter mais um aliado contra Pequim e Moscou na aliança militar.A Bloomberg escreve que, para Biden, veterano da política externa, essas tensões são um lembrete de que os centros globais de poder estão mudando e os ventos soprando não necessariamente a favor de Washington.
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EUA percebem que desafios para conter China-Rússia vêm de seus próprios aliados, diz mídia americana
12:12 07.10.2023 (atualizado: 14:15 07.10.2023) Questões envolvendo Arábia Saudita, Índia e Turquia e sua relação com os americanos mostram a Washington que os centros globais de poder estão a mudar e não necessariamente a favor dos Estados Unidos.
Essa semana
foi de crise para a Casa Branca em diversos setores. Internamente, a
derrubada histórica do presidente da Câmara dos Representantes
Kevin McCarthy mexeu com as estruturas do país, visto que essa foi a primeira vez na história dos EUA que um líder da Câmara é deposto.
Ao mesmo tempo, desde o começo da operação russa na Ucrânia, parlamentares
decidiram cortar verba de ajuda militar para Kiev, algo que vai totalmente contra as diretrizes do governo e até fez com que o presidente, Joe Biden,
ligasse para aliados da OTAN para tentar tranquilizá-los sobre o apoio à Ucrânia.
Entretanto, os
assuntos internos se juntam a outros externos e, repetidamente, Washington está descobrindo que os maiores desafios ao seu esforço para conter a China e a Rússia
vêm dos seus próprios parceiros espinhosos,
escreve a Bloomberg.
A Índia, que os estadunidenses cortejaram como contrapeso econômico e político à China, está comprando grande parte do petróleo russo. Além do mais, a briga de Nova Deli com o Canadá, devido ao assassinato de um ativista sikh, colocou os EUA em uma posição extremamente embaraçosa.
Já pelo Oriente Médio, Biden, que outrora evitou a Arábia Saudita, investiu recentemente capital político em um grande acordo que levaria Riad a formalizar os laços com Israel em troca de garantias de segurança dos norte-americanos.
Preocupado que o príncipe herdeiro
Mohammed bin Salman se volte para Pequim para construir e fornecer as suas usinas nucleares, os EUA estão considerando formas de acomodar a exigência saudita de que lhe
seja permitido enriquecer urânio a nível interno.
Os diálogos alimentaram um debate furioso sobre até que ponto Washington pode distorcer as regras de não proliferação para satisfazer o seu aliado – um debate que, ainda esta semana, alargou o seu conluio com a Rússia para sustentar os preços do petróleo, apesar dos repetidos apelos de um presidente americano ansioso por moderar os custos da gasolina antes de um ano eleitoral.
30 de setembro 2023, 11:02
Mas é com a Turquia que anos de tensões podem estar a chegar ao auge: os EUA abateram esta semana um drone turco sobre a Síria, em um raro exemplo de conflito direto. Ancara, uma aliada estadunidense da OTAN, também mantém laços estreitos com a Rússia.
O presidente Recep Tayyip Erdogan há muito critica o apoio estadunidense aos combatentes curdos na Síria, que Ancara diz estarem ligados a militantes no país. É uma questão que complica os esforços para expandir a aliança de defesa.
Ontem (6), em um telefonema, o ministro das Relações Exteriores da Turquia,
Hakan Fidan, disse ao secretário de Estado estadunidense,
Antony Blinken, com expressões fortes que "os EUA, como aliado, deveriam parar de trabalhar com a organização terrorista YPG no norte da Síria",
conforme noticiado.
Além disso, há o
imbróglio envolvendo os caças F-16 requisitados há muito tempo pelos turcos e que o Senado norte-americano não libera a venda e ao mesmo tempo o
bloqueio da Turquia ao ingresso da Suécia na OTAN, uma das metas da diplomacia estadunidense para ter mais um aliado contra Pequim e Moscou na aliança militar.
26 de setembro 2023, 10:03
A Bloomberg escreve que, para Biden, veterano da política externa, essas tensões são um lembrete de que os centros globais de poder estão mudando e os ventos soprando não necessariamente a favor de Washington.