https://noticiabrasil.net.br/20240209/putin-sabe-que-alianca-russia-china-desafia-ordem-internacional-dominada-pelos-eua-diz-especialista-32979912.html
Putin sabe que aliança Rússia-China desafia ordem internacional dominada pelos EUA, diz especialista
Putin sabe que aliança Rússia-China desafia ordem internacional dominada pelos EUA, diz especialista
Sputnik Brasil
A entrevista do presidente russo, Vladimir Putin, ao jornalista americano Tucker Carlson indicou que o líder sabe que a aliança Rússia-China é um desafio para... 09.02.2024, Sputnik Brasil
2024-02-09T16:22-0300
2024-02-09T16:22-0300
2024-02-09T18:17-0300
panorama internacional
rússia
américas
vladimir putin
ucrânia
tucker carlson
china
organização do tratado do atlântico norte
estados unidos
brics
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e8/02/08/32952642_0:90:3321:1958_1920x0_80_0_0_dde83dbb6afcdd82a74dc3a9fbd09a68.jpg
Isso é o que pensa o professor titular de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Williams Gonçalves.Em entrevista à Sputnik Brasil, Gonçalves destaca o tratado de amizade ilimitada entre as duas nações, mencionado por Putin, como elemento central na reconfiguração das relações internacionais, desafiando a hegemonia americana.Ao abordar as motivações por trás das ações dos EUA, ele cita as preocupações da elite norte-americana em manter sua preponderância global.O professor argumenta que o complexo militar-industrial dos EUA se opõe a qualquer mudança na ordem internacional que possa ameaçar seus interesses econômicos e estratégicos. "Os EUA não se conformam em perder a primazia", citando também a resistência estadunidense às mudanças propostas pelo BRICS.Sobre a resistência da economia russa às pressões do Ocidente, Gonçalves destaca a falha das tentativas ocidentais de isolar a Rússia.Ele aponta para o fortalecimento das relações econômicas entre Rússia, China, Índia e países africanos como uma resposta à estratégia de boicote liderada pelos EUA. "A economia russa não apenas resistiu, mas também cresceu", analisa.Sobre a situação na Ucrânia e os acordos de Minsk, Gonçalves endossa as críticas de Putin à postura do governo ucraniano, de que o regime de Kiev não está propenso a negociar um tratado de paz.Ele atribui a responsabilidade pela frustração das negociatas principalmente às ações de Kiev, que busca sabotar a aproximação dos russos de Donbass com a Rússia. "O presidente Putin tem toda a razão ao atribuir a responsabilidade à Ucrânia."Quanto à possibilidade de uma nova ordem internacional, Gonçalves enfatiza a necessidade de os países ocidentais se adaptarem a essa realidade emergente.Ele argumenta que uma ordem democrática e soberana, como a proposta pelo BRICS, representa uma evolução inevitável. "Uma nova ordem internacional democrática deve beneficiar exatamente a todos."Por fim, Gonçalves critica o apoio militar dos EUA à Ucrânia, destacando os interesses estratégicos por trás dessa intervenção, e relaciona a assistência a Kiev com a ajuda militar a Taiwan, na esperança de Washington de tentar desestabilizar os chineses.Ele argumenta que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos EUA, instrumentalizou a Ucrânia como parte de sua estratégia para conter a influência russa na Eurásia, sacrificando os interesses genuínos do povo ucraniano em prol de uma agenda geopolítica. "Os EUA têm um interesse direto, geoestratégico e econômico."
https://noticiabrasil.net.br/20240209/entrevista-de-putin-coloca-a-verdade-historica-nas-maos-da-russia-e-encurrala-biden-diz-analista-32974598.html
https://noticiabrasil.net.br/20240209/o-triunfo-da-verdade-entrevista-de-putin-a-tucker-carlson-coloca-o-ocidente-contra-a-parede--32978116.html
ucrânia
china
estados unidos
kiev
donbass
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2024
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
rússia, américas, vladimir putin, ucrânia, tucker carlson, china, organização do tratado do atlântico norte, estados unidos, brics, otan, eua, exclusiva, entrevista, hegemonia, relações internacionais, cooperação bilateral, soberania, elite, sanções, kiev, donbass, nova ordem mundial, assistência militar, geopolítica, acordos de minsk
rússia, américas, vladimir putin, ucrânia, tucker carlson, china, organização do tratado do atlântico norte, estados unidos, brics, otan, eua, exclusiva, entrevista, hegemonia, relações internacionais, cooperação bilateral, soberania, elite, sanções, kiev, donbass, nova ordem mundial, assistência militar, geopolítica, acordos de minsk
Putin sabe que aliança Rússia-China desafia ordem internacional dominada pelos EUA, diz especialista
16:22 09.02.2024 (atualizado: 18:17 09.02.2024) Especiais
A entrevista do presidente russo, Vladimir Putin, ao jornalista americano Tucker Carlson indicou que o líder sabe que a aliança Rússia-China é um desafio para a ordem internacional de dominação dos Estados Unidos.
Isso é o que pensa o professor titular de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Williams Gonçalves.
Em entrevista à
Sputnik Brasil, Gonçalves destaca o
tratado de amizade ilimitada entre as duas nações,
mencionado por Putin, como elemento central na
reconfiguração das relações internacionais, desafiando a
hegemonia americana.
"Rússia e China, comprometidas com o BRICS, estão empenhadas em alterar a ordem internacional, promovendo uma abordagem mais democrática e respeitando o direito de soberania dos Estados", diz o professor.
Ao abordar as motivações por trás das ações dos EUA, ele cita as preocupações da elite norte-americana em manter sua preponderância global.
O professor argumenta que o complexo militar-industrial dos EUA se opõe a qualquer mudança na ordem internacional que possa ameaçar seus interesses econômicos e estratégicos. "Os EUA não se conformam em perder a primazia", citando também a resistência estadunidense às mudanças propostas pelo BRICS.
Sobre a
resistência da economia russa às pressões do Ocidente, Gonçalves destaca a
falha das tentativas ocidentais de isolar a Rússia.
Ele aponta para o fortalecimento das relações econômicas entre Rússia, China, Índia e países africanos como uma resposta à estratégia de boicote liderada pelos EUA. "A economia russa não apenas resistiu, mas também cresceu", analisa.
Sobre a situação na Ucrânia e os
acordos de Minsk, Gonçalves endossa as críticas de Putin à postura do governo ucraniano, de que o
regime de Kiev não está propenso a negociar um tratado de paz.
Ele atribui a responsabilidade pela frustração das negociatas principalmente às ações de Kiev, que busca sabotar a aproximação dos russos de Donbass com a Rússia. "O presidente Putin tem toda a razão ao atribuir a responsabilidade à Ucrânia."
Quanto à possibilidade de uma nova ordem internacional, Gonçalves enfatiza a necessidade de os países ocidentais se adaptarem a essa realidade emergente.
Ele argumenta que uma ordem democrática e soberana, como a proposta pelo BRICS, representa uma evolução inevitável. "Uma nova ordem internacional democrática deve beneficiar exatamente a todos."
Por fim, Gonçalves critica o
apoio militar dos EUA à Ucrânia, destacando os interesses estratégicos por trás dessa intervenção, e relaciona a assistência a Kiev com a ajuda militar
a Taiwan, na esperança de Washington de tentar desestabilizar os chineses.
Ele argumenta que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos EUA, instrumentalizou a Ucrânia como parte de sua estratégia para conter a influência russa na Eurásia, sacrificando os interesses genuínos do povo ucraniano em prol de uma agenda geopolítica. "Os EUA têm um interesse direto, geoestratégico e econômico."
