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'Israel não quer um cessar-fogo': negociações sobre trégua mantidas em 2º plano têm aval de Biden?
'Israel não quer um cessar-fogo': negociações sobre trégua mantidas em 2º plano têm aval de Biden?
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O Hamas afirmou na última segunda-feira (6) aceitar uma proposta de cessar-fogo sugerida por Egito e Catar, que prevê a liberação de reféns mantidos em cárcere... 07.05.2024, Sputnik Brasil
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Enquanto as negociações de cessar-fogo seguem suspensas, Israel já iniciou os ataques aéreos e terrestres em Rafah, no sul de Gaza, onde refugiados do conflito promovido por Tel Aviv foram orientados a se abrigar em segurança no início dos confrontos, há sete meses. Mais de 1,4 milhão de palestinos desabrigados estão na cidade, e a ofensiva de Israel continua sem qualquer plano para lidar com a crise humanitária em curso.Nesta terça-feira (7), Esteban Carrillo, um jornalista equatoriano com base em Beirute e editor do The Cradle, analisou para a Sputnik as implicações políticas que os bombardeios terão para o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.Carrillo acrescentou que o diretor da CIA, William Burns, estaria envolvido na elaboração do projeto que foi apresentado e até recebeu o aval do Hamas. Porém, isso teria irritado as autoridades israelenses, que disseram se sentir surpreendidas pelos EUA."Rafah já está sitiada há semanas. Nas últimas 24 horas, essa pequena faixa de terra tem sido constantemente bombardeada durante a noite, logo após o Hamas aprovar o acordo de cessar-fogo. Israel implantou o que eles chamam de bomba de fogo em uma área onde 1,5 milhão de pessoas estão aglomeradas após serem orientadas a ir para lá", acrescenta.Enquanto isso, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o compromisso da administração com a segurança de Israel permanece inabalável. Diante disso, Netanyahu não parece estar "nem um pouco preocupado" com a situação, apesar de políticos dos EUA verem seus números de popularidade despencarem devido às posições dos eleitores norte-americanos sobre a guerra."Bem, não, ele não parece preocupado, certo? Ele não mostrou um pingo de preocupação desde 7 de outubro", respondeu Carrillo, observando que, após Antony Blinken ter retornado de uma viagem a Israel, ele disse que as ações do governo refletem a maioria do que o público israelense deseja.Para Carrillo, os EUA não vão impedir a continuidade das ações militares na Faixa de Gaza, apesar de tentar parecer o contrário. "Não acho que eles vão interromper as entregas de bombas. O próprio Biden disse que não há linhas vermelhas para Israel", pontua.
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'Israel não quer um cessar-fogo': negociações sobre trégua mantidas em 2º plano têm aval de Biden?
23:46 07.05.2024 (atualizado: 07:04 08.05.2024) O Hamas afirmou na última segunda-feira (6) aceitar uma proposta de cessar-fogo sugerida por Egito e Catar, que prevê a liberação de reféns mantidos em cárcere desde outubro do ano passado. Porém, Israel disse que o acordo não atendia às suas demandas e decidiu continuar com seu ataque a Rafah.
Enquanto as
negociações de cessar-fogo seguem suspensas, Israel já iniciou os
ataques aéreos e terrestres em Rafah, no sul de Gaza, onde refugiados do conflito promovido por Tel Aviv foram orientados a se abrigar em segurança no início dos confrontos, há sete meses. Mais de 1,4 milhão de palestinos desabrigados estão na cidade, e a ofensiva de Israel continua sem qualquer plano para lidar com a
crise humanitária em curso.
Nesta terça-feira (7), Esteban Carrillo, um jornalista equatoriano com base em Beirute e editor do The Cradle, analisou para a Sputnik as
implicações políticas que os bombardeios terão para o
presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
"Há semanas, existe esse esforço para parecer que é o Hamas que não quer um acordo, que eles não querem se sentar para aceitar as demandas de Israel. Mas, na realidade, é o contrário. O Hamas tem sido muito firme no que eles estão pedindo. E é Israel que não quer um cessar-fogo duradouro. Esse é realmente o cerne da questão aqui", declarou.
Carrillo acrescentou que o diretor da CIA, William Burns, estaria envolvido na elaboração do projeto que foi apresentado e até recebeu o aval do Hamas. Porém, isso teria irritado as autoridades israelenses, que disseram se sentir surpreendidas pelos EUA.
"Israel manteve que entraria em Rafah. Com ou sem um acordo de cessar-fogo, eles disseram 'vamos entrar em Rafah'. Por quê? Porque Rafah é onde está a vitória final contra o Hamas, certo? É isso que eles têm dito para todos", disse Carrillo.
"Rafah já está sitiada há semanas. Nas últimas 24 horas, essa pequena faixa de terra tem sido constantemente bombardeada durante a noite, logo após o Hamas aprovar o acordo de cessar-fogo. Israel implantou o que eles chamam de bomba de fogo em uma área onde 1,5 milhão de pessoas estão aglomeradas após serem orientadas a ir para lá", acrescenta.
Enquanto isso, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o compromisso da administração com a
segurança de Israel permanece inabalável. Diante disso, Netanyahu não parece estar "nem um pouco preocupado" com a situação, apesar de políticos dos EUA verem seus
números de popularidade despencarem devido às posições dos eleitores norte-americanos sobre a guerra.
"Bem, não, ele não parece preocupado, certo? Ele não mostrou um pingo de preocupação desde 7 de outubro", respondeu Carrillo, observando que, após Antony Blinken ter retornado de uma viagem a Israel, ele disse que as ações do governo refletem a maioria do que o público israelense deseja.
"Não é como se [Netanyahu] tivesse parado de mostrar preocupação, é apenas que nunca houve preocupação. E o que os EUA estão fazendo ao interromper essa remessa de armas é apenas uma remessa de munição que eles estão retendo. Não é como se eles estivessem segurando um pacote de US$ 16 bilhões [R$ 81,2 bilhões] que eles assinaram. É um movimento tão fraco. Se você realmente quisesse fazer algo, poderia ter feito algo meses atrás, poderia ter feito algo semanas atrás", defende o especialista.
Para Carrillo, os EUA não vão impedir a continuidade das ações militares na Faixa de Gaza, apesar de tentar parecer o contrário. "Não acho que eles vão interromper as entregas de bombas. O próprio Biden disse que não há linhas vermelhas para Israel", pontua.
"E [o governo dos EUA] pode apontar e demonstrar indignação, e eles podem dizer tudo o que quiserem sobre como Benjamin Netanyahu é a pior pessoa do mundo. No final das contas, as bombas vão continuar chegando", finalizou.
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