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Argentina paralisa durante 2ª greve geral contra o governo Milei
Argentina paralisa durante 2ª greve geral contra o governo Milei
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A pouca circulação de pedestres e carros em Buenos Aires nesta quinta-feira (9), apesar de algumas lojas de bairro estarem abertas, trouxe uma mensagem clara... 10.05.2024, Sputnik Brasil
2024-05-10T00:33-0300
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A cena podia variar dependendo do bairro, mas o centro da capital argentina era um claro exemplo da adesão à segunda greve geral contra o governo de Javier Milei, na qual quase todos os sindicatos de transporte participaram. O resultado: um clima fantasmagórico, suavizado por um sol radiante que trouxe um pouco de vida às praças."Acredito que o dia de hoje merece ser qualificado como um dia histórico", afirmou à Sputnik o secretário-geral da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA), Hugo Yasky, cuja entidade convocou a ação, junto com a outra central sindical do país, a Confederação Geral do Trabalho (CGT).Os bancos fecharam as portas, as escolas permaneceram fechadas, a atividade nos hospitais foi reduzida ao mínimo, e os serviços de transporte público, sejam trens, aviões, ônibus ou metrô, foram interrompidos, exceto por uma empresa de ônibus na capital.Os órgãos públicos também foram afetados pelo impacto da greve, apesar de o governo ter esclarecido que o dia seria descontado dos salários de quem aderisse ao protesto.Secretário-geral da CTA desde 2006, Yasky disse que a greve geral de 24 horas, a segunda enfrentada pelo governo em quase cinco meses de mandato, "é uma demonstração clara de que todo o país rejeita as políticas de Javier Milei, uma mensagem de condenação inquestionável".A coleta de lixo também não funcionou em Buenos Aires. Além da capital argentina, onde a greve teve maior visibilidade, "a magnitude do movimento é evidente em todas as províncias do país", acrescentou o líder da CTA, central que tem uma ala autônoma.No setor industrial, cuja atividade caiu 14,8% no primeiro trimestre, "a adesão foi praticamente total", um apoio também visível no comércio, dependendo do bairro, e no segmento público, onde "o movimento de greve foi praticamente de 100%", especificou.Greve faz crítica à 'Lei Omnibus'Esta segunda greve, mais forte que a anterior, questiona o ajuste nos gastos públicos implementado pelo governo, que foi de mais de 30% no primeiro trimestre, e também uma proposta legislativa em andamento no Congresso.A Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, também conhecida como "Lei Omnibus", em discussão no Senado, autoriza a privatização de empresas públicas, concede poderes legislativos ao presidente e introduz uma série de reformas profundas, como a trabalhista, tributária e um regime para fomentar grandes investimentos.Em um cenário de crescente conflito social, "o movimento operário argentino se solidariza com esta medida de força, com os aposentados e pensionistas, que estão sofrendo o pior deste ajuste", disse o líder da central sindical.Embora o governo tenha considerado a greve como uma ação política, o protesto "mostra claramente que há uma espécie de plebiscito através dessas ações, sinalizando ao governo a urgência de uma mudança de rumo".A ação recebeu o apoio da Confederação Sindical Internacional, além de várias centrais sindicais na Europa, América Latina e Ásia.Em Wall Street, no Fundo Monetário Internacional (FMI), na Bolsa de Nova York, "nos lugares onde aplaudem e celebram o ajuste de Milei, também se perguntam até onde a paciência do povo argentino vai durar, até quando os argentinos aguentarão as medidas que estão sendo impostas: aqui há uma resposta clara de que essa paciência começa a mostrar sinais de esgotamento", afirmou Yasky.A primeira greve que Javier Milei enfrentou foi em 24 de janeiro, 45 dias após assumir a presidência. Os problemas na economia argentina, no qual os salários perderam seu poder aquisitivo devido à inflação, fez com que a produção industrial e a construção civil caíssem no primeiro trimestre em 14,8% e 30,3%, respectivamente.
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Argentina paralisa durante 2ª greve geral contra o governo Milei
00:33 10.05.2024 (atualizado: 07:44 10.05.2024) A pouca circulação de pedestres e carros em Buenos Aires nesta quinta-feira (9), apesar de algumas lojas de bairro estarem abertas, trouxe uma mensagem clara: um ambiente que lembrava os dias da pandemia de COVID-19, quando as ruas ficaram desertas e silenciosas, com apenas alguns poucos ônibus em movimento.
A cena podia variar dependendo do bairro, mas o centro da capital argentina era um claro exemplo da
adesão à segunda greve geral contra o governo de Javier Milei, na qual quase todos os sindicatos de transporte participaram. O resultado: um clima fantasmagórico, suavizado por um sol radiante que
trouxe um pouco de vida às praças.
"Acredito que o dia de hoje merece ser qualificado como um dia histórico", afirmou à Sputnik o secretário-geral da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA), Hugo Yasky, cuja entidade convocou a ação, junto com a outra central sindical do país, a Confederação Geral do Trabalho (CGT).
Os bancos fecharam as portas, as escolas permaneceram fechadas, a atividade nos hospitais foi reduzida ao mínimo, e os serviços de transporte público, sejam trens, aviões, ônibus ou metrô, foram interrompidos, exceto por uma empresa de ônibus na capital.
"O movimento operário, unido, sem fissuras, demonstra que o povo argentino está disposto a continuar reivindicando e lutando para que o governo nacional pare de usar os mais pobres e os salários como variável do ajuste que está sendo impiedosamente aplicado", afirmou Yasky, que é deputado nacional pela aliança opositora peronista União pela Pátria.
Os órgãos públicos também foram afetados pelo
impacto da greve, apesar de o governo ter esclarecido que o dia seria descontado dos salários de quem aderisse ao protesto.
Secretário-geral da CTA desde 2006, Yasky disse que a greve geral de 24 horas, a segunda enfrentada pelo governo em quase cinco meses de mandato, "é uma demonstração clara de que todo o país rejeita as políticas de Javier Milei, uma mensagem de condenação inquestionável".
"A despeito das ameaças de sanções em várias empresas, do governo ter anunciado a decisão de descontar o dia de greve, os trabalhadores e trabalhadoras deram um grande exemplo de consciência sindical e de consciência de classe", disse.
A coleta de lixo também não funcionou em Buenos Aires. Além da capital argentina, onde a greve teve maior visibilidade, "a magnitude do movimento é evidente em todas as províncias do país", acrescentou o líder da CTA, central que tem uma ala autônoma.
No setor industrial, cuja atividade caiu 14,8% no primeiro trimestre, "a adesão foi praticamente total", um apoio também visível no comércio, dependendo do bairro, e no segmento público, onde "o movimento de greve foi praticamente de 100%", especificou.
"Temos também um nível muito alto de adesão no setor de transporte, tanto aéreo quanto terrestre. Em algumas províncias, também vimos que o setor do trabalho rural se juntou ao movimento. Em resumo, uma jornada exemplar de luta protagonizada novamente pelo movimento sindical da Argentina", disse.
Greve faz crítica à 'Lei Omnibus'
Esta segunda greve, mais forte que a anterior, questiona o ajuste nos gastos públicos implementado pelo governo, que foi de mais de 30% no primeiro trimestre, e também uma proposta legislativa em andamento no Congresso.
A Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, também conhecida como "Lei Omnibus", em discussão no Senado, autoriza a privatização de empresas públicas, concede poderes legislativos ao presidente e introduz uma série de reformas profundas, como a trabalhista, tributária e um regime para fomentar grandes investimentos.
Em um cenário de crescente conflito social, "o movimento operário argentino se solidariza com esta medida de força, com os aposentados e pensionistas, que estão sofrendo o pior deste ajuste", disse o líder da central sindical.
"A legitimidade da greve é indiscutível. Todas as pesquisas de opinião que foram realizadas para entender o que a população pensa mostram que dois terços da população concordam com os motivos da greve", afirmou Yasky.
Embora o governo tenha considerado a greve
como uma ação política, o protesto "mostra claramente que há uma espécie de plebiscito através dessas ações, sinalizando ao governo a urgência de uma mudança de rumo".
A ação recebeu o apoio da Confederação Sindical Internacional, além de várias centrais sindicais na Europa, América Latina e Ásia.
Em Wall Street, no
Fundo Monetário Internacional (FMI), na Bolsa de Nova York, "nos lugares onde aplaudem e celebram o ajuste de Milei, também se perguntam até onde a paciência do povo argentino vai durar, até quando os argentinos aguentarão as medidas que estão sendo impostas: aqui há uma resposta clara de que essa paciência começa a mostrar sinais de esgotamento", afirmou Yasky.
A
primeira greve que Javier Milei enfrentou foi em 24 de janeiro, 45 dias após assumir a presidência. Os problemas na economia argentina, no qual os salários perderam seu poder aquisitivo devido à inflação, fez com que a produção industrial e a construção civil
caíssem no primeiro trimestre em 14,8% e 30,3%, respectivamente.
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