China reage a novas tarifas dos EUA e promete ação resoluta: 'Biden quebra seus compromissos'
12:45 14.05.2024 (atualizado: 13:05 14.05.2024)
© AP Photo / Mark SchiefelbeinBandeiras dos EUA e da China em uma sala onde o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reúne com o ministro de Segurança Pública da China, Wang Xiaohong, na Diaoyutai State Guesthouse, 26 de abril de 2024, em Pequim, China
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Após o anúncio dos Estados Unidos de um novo aumento nas tarifas de importações chinesas, o Ministério do Comércio da China emitiu um comunicado se opondo fortemente à ação e prometeu tomar medidas resolutas para defender seus direitos e interesses.
O presidente dos EUA, Joe Biden, revelou nesta terça-feira (14) um novo pacote com aumentos acentuados sobre as tarifas de uma série de importações chinesas. As novas medidas afetam US$ 18 bilhões (R$ 92,4 bilhões) em bens importados chineses, incluindo aço e alumínio, semicondutores, baterias, minerais críticos, células solares e gruas.
"O aumento das tarifas da Seção 301 pelos EUA quebra o compromisso do presidente Biden de 'não procurar suprimir e conter o desenvolvimento da China' e 'não procurar dissociar e romper laços com a China'", afirmou um comunicado do ministério, acrescentando que a medida vai "afetar seriamente a atmosfera de cooperação bilateral" entre os dois países.
Ao mesmo tempo, as tarifas impostas a Pequim durante a presidência de Donald Trump, que giram em torno de US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão) em bens, vão ser mantidas, relata a Reuters.
"Os EUA deveriam corrigir imediatamente os seus erros e remover as tarifas adicionais impostas à China", instou o Ministério do Comércio chinês no comunicado.
Os funcionários do governo Biden disseram que suas medidas são "cuidadosamente direcionadas" e provavelmente não piorarão o surto de inflação que já irritou os eleitores estadunidenses e colocou em risco a tentativa de reeleição de Biden.
Ainda assim, as crescentes preocupações geopolíticas sobre a relação entre as duas maiores economias do mundo podem prejudicar a confiança do mercado, analisou a agência britânica.