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Investigação de mídia norte-americana revela tortura de presos palestinos por Israel
Investigação de mídia norte-americana revela tortura de presos palestinos por Israel
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Uma investigação de três meses do The New York Times, com ex-presidiários e soldados israelenses do quartel de Sde Teiman, revelou a extensão do abuso e da... 07.06.2024, Sputnik Brasil
2024-06-07T16:01-0300
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Apelidada de "Baía de Guantánamo de Israel", em alusão à base naval norte-americana em Cuba — onde pessoas são mantidas prisioneiras sem nunca serem acusadas por um crime e relatos de torturas e abusos frequentes —, a base militar de Sde Teiman não fica atrás da crueldade de sua contraparte estadunidense.Localizada no sul do país, a 29 quilômetros da fronteira com Gaza, o lugar adquiriu uma nova função em dezembro de 2023 com a Lei dos Combatentes Ilegais, tornando-se um novo campo de detenção para prisioneiros palestinos.Uma reportagem do The New York Times — na qual foram entrevistados ex-detentos e soldados da base — confirmou as histórias de tortura e morte ocorridas dentro da prisão."Oito, todos os quais os militares confirmaram terem ficado detidos no local, disseram que sofreram socos, chutes e foram espancados com cassetetes, coronhadas de fuzil e detectores de metais quando sob custódia", informou a publicação dos EUA.Um soldado entrevistado pela reportagem confirmou as ações de seus colegas, que se gabavam de espancar os detentos."Falando na condição de anonimato para evitar perseguição, ele [o soldado] disse que um detido foi levado para tratamento no hospital de campanha improvisado do local com um osso quebrado durante sua detenção, enquanto outro foi retirado de vista por um breve período e retornou com sangramento ao redor da caixa torácica", disse a reportagem.Dos 4 mil detidos em Sde Teiman desde outubro, 35 morreram no local ou após terem sido transferidos para hospitais civis, segundo oficiais da base que falaram ao The New York Times."Os oficiais afirmaram que alguns deles morreram por causa de ferimentos ou doenças adquiridas antes de seus aprisionamentos e negaram qualquer morte por abuso. Promotores militares estão investigando as mortes."Outro lado da tortura israelense é o chamado "Quarto Disco". Assim que chegam à base, os detentos são forçados a ficar em um "recinto separado" "em que são forçados a ouvir música extremamente alta, que os impedia de dormir".As descobertas da reportagem confirmam as entrevistas feitas por funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) com prisioneiros liberados da base.Entrevistado pelo The New York Times, o motorista de ambulância Muhammad al-Kurdi, de 38 anos, contou que seus colegas "não sabiam se eu estava morto ou vivo"."Fui feito prisioneiro por 32 dias", contou, detalhando que estava em um comboio de ambulâncias que passava por um posto de controle israelense na cidade de Gaza.
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Investigação de mídia norte-americana revela tortura de presos palestinos por Israel
16:01 07.06.2024 (atualizado: 16:30 07.06.2024) Uma investigação de três meses do The New York Times, com ex-presidiários e soldados israelenses do quartel de Sde Teiman, revelou a extensão do abuso e da tortura por parte das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Apelidada de
"Baía de Guantánamo de Israel", em alusão à base naval norte-americana em Cuba — onde pessoas são mantidas prisioneiras sem nunca serem acusadas por um crime e relatos de torturas e abusos frequentes —, a
base militar de Sde Teiman não fica atrás da
crueldade de sua contraparte estadunidense.
Localizada no sul do país, a 29 quilômetros da fronteira com Gaza, o lugar adquiriu uma nova função em dezembro de 2023 com a Lei dos Combatentes Ilegais, tornando-se um novo campo de detenção para prisioneiros palestinos.
Uma reportagem do
The New York Times — na qual foram entrevistados ex-detentos e soldados da base — confirmou as
histórias de tortura e morte ocorridas dentro da prisão.
"Oito, todos os quais os militares confirmaram terem ficado detidos no local, disseram que sofreram socos, chutes e foram espancados com cassetetes, coronhadas de fuzil e detectores de metais quando sob custódia",
informou a publicação dos EUA.
"Um deles disse que suas costelas foram quebradas depois que ele recebeu uma joelhada no peito. Um segundo disse que suas costelas quebraram depois que foi chutado e espancado com um rifle […]. Sete disseram que foram forçados a usar apenas fraldas durante o interrogatório."
Um soldado entrevistado pela reportagem confirmou as ações de seus colegas, que se gabavam de espancar os detentos.
"Falando na condição de anonimato para evitar perseguição, ele [o soldado] disse que um detido foi levado para tratamento no hospital de campanha improvisado do local com um osso quebrado durante sua detenção, enquanto outro foi retirado de vista por um breve período e retornou com sangramento ao redor da caixa torácica", disse a reportagem.
Dos 4 mil detidos em Sde Teiman desde outubro, 35 morreram no local ou após terem sido transferidos para hospitais civis, segundo oficiais da base que falaram ao The New York Times.
"Os oficiais afirmaram que alguns deles morreram por causa de ferimentos ou doenças adquiridas antes de seus aprisionamentos e negaram qualquer morte por abuso. Promotores militares estão investigando as mortes."
Outro lado da tortura israelense é o chamado "Quarto Disco". Assim que chegam à base, os detentos são forçados a ficar em um "recinto separado" "em que são forçados a ouvir música extremamente alta, que os impedia de dormir".
As descobertas da reportagem
confirmam as entrevistas feitas por funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) com prisioneiros liberados da base.
Entrevistado pelo The New York Times, o motorista de ambulância Muhammad al-Kurdi, de 38 anos, contou que seus colegas "não sabiam se eu estava morto ou vivo".
"Fui feito prisioneiro por 32 dias", contou, detalhando que estava em um comboio de ambulâncias que passava por um posto de controle israelense na cidade de Gaza.
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