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Após sugerir presença da Rússia, Ucrânia diz que país do Sul Global pode sediar 2ª 'cúpula da paz'
Após sugerir presença da Rússia, Ucrânia diz que país do Sul Global pode sediar 2ª 'cúpula da paz'
Sputnik Brasil
Kiev acredita que uma segunda cúpula para considerar as propostas ucranianas com a Rússia poderia ser organizada por um país do Sul Global, disse uma... 21.06.2024, Sputnik Brasil
2024-06-21T17:09-0300
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Mais de 100 países participaram da primeira cúpula da Ucrânia na Suíça. No entanto, o evento ficou aquém do que o regime ucraniano esperava, uma vez que muitos países — principalmente os do Sul Global — se recusaram a assinar o documento final, argumentando que sem a presença dos "dois atores do conflito", não era possível legitimar a proposta.A Ucrânia quer que o próximo evento seja convocado antes do final do ano, disse Zhovkva, acrescentando que a Rússia poderia ser convidada se estivesse preparada para considerar o roteiro estabelecido pela Ucrânia e não emitisse ultimatos.Contudo o assessor se recusou a identificar os possíveis anfitriões, afirmando que isso apenas ajudaria Moscou a "minar os esforços diplomáticos".Contando com o apoio da maioria dos países ocidentais, Kiev intensificou os seus esforços para obter o apoio do Sul Global e de países asiáticos historicamente mais próximos da Rússia e mais ambivalentes em relação à operação na Ucrânia. A China, por exemplo, não compareceu ao evento, enquanto o Brasil se recusou a enviar um representante do primeiro escalão do governo.Na quarta-feira (19), Andrei Yermak, chefe de gabinete de Vladimir Zelensky, levantou a possibilidade da participação da Rússia em uma segunda cúpula: "Todas essas partes farão parte desse plano conjunto, que será apoiado por vários países […]. Achamos que será possível convidar um representante da Rússia", afirmou Yermak.O presidente russo, Vladimir Putin, estabeleceu os termos para diálogos de paz na véspera da cúpula suíça, exigindo que a Ucrânia abdicasse dos territórios originários russos, ou seja, as regiões de Kherson e Zaporozhie e as repúblicas de Donetsk e Lugansk, bem como renunciasse à sua ambição de aderir à OTAN, conforme noticiado.Moscou já declarou não ser contra as negociações pela paz, mas mesmo que recebesse o convite para a primeira cúpula, não participaria, porque desconsidera Berna um ator neutro, uma vez que se uniu ao esforço ocidental nas sanções contra o Estado russo, descredibilizando seu papel como mediador do conflito.
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Após sugerir presença da Rússia, Ucrânia diz que país do Sul Global pode sediar 2ª 'cúpula da paz'
17:09 21.06.2024 (atualizado: 21:59 21.06.2024) Kiev acredita que uma segunda cúpula para considerar as propostas ucranianas com a Rússia poderia ser organizada por um país do Sul Global, disse uma autoridade ucraniana sênior nesta sexta-feira (21).
Mais de 100 países participaram da primeira cúpula da Ucrânia na Suíça. No entanto, o evento ficou aquém do que o regime ucraniano esperava, uma vez que muitos países —
principalmente os do Sul Global — se recusaram a assinar o documento final, argumentando que
sem a presença dos "dois atores do conflito", não era possível legitimar a proposta.
"Temos vários países [se oferecendo para acolher a segunda cúpula], e posso dizer, com um elevado grau de probabilidade, que tal cúpula poderia ter lugar em um dos países do Sul Global", disse o assessor presidencial Igor Zhovkva, segundo a Reuters.
A Ucrânia quer que o próximo evento seja convocado antes do final do ano, disse Zhovkva, acrescentando que a Rússia poderia ser convidada se estivesse preparada para considerar o roteiro estabelecido pela Ucrânia e não emitisse ultimatos.
Contudo o assessor se recusou a identificar os
possíveis anfitriões, afirmando que isso apenas ajudaria Moscou a "minar os esforços diplomáticos".
Contando com o apoio da maioria dos países ocidentais,
Kiev intensificou os seus esforços para obter o apoio do Sul Global e de países asiáticos historicamente mais próximos da Rússia e mais ambivalentes em relação à operação na Ucrânia. A
China, por exemplo, não compareceu ao evento, enquanto o Brasil se recusou a enviar um representante do primeiro escalão do governo.
Na quarta-feira (19), Andrei Yermak, chefe de gabinete de Vladimir Zelensky, levantou a possibilidade da participação da Rússia em uma segunda cúpula: "Todas essas partes farão parte desse plano conjunto, que será apoiado por vários países […]. Achamos que será possível convidar um representante da Rússia", afirmou Yermak.
O presidente russo,
Vladimir Putin, estabeleceu os termos para diálogos de paz na véspera da cúpula suíça, exigindo que a Ucrânia abdicasse dos territórios originários russos, ou seja,
as regiões de Kherson e Zaporozhie e as repúblicas de Donetsk e Lugansk, bem como renunciasse à sua ambição de aderir à OTAN,
conforme noticiado.
Moscou já declarou não ser contra as negociações pela paz, mas
mesmo que recebesse o convite para a primeira cúpula, não participaria,
porque desconsidera Berna um ator neutro, uma vez que se uniu ao esforço ocidental nas sanções contra o Estado russo, descredibilizando seu papel como mediador do conflito.
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