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China reage ao debate Trump-Biden: 'Nos opomos ao tom e à frequência das referências a Pequim'

© Andrew Caballero-Reynolds / AFPO presidente dos EUA, Joe Biden, e o ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump participam do primeiro debate presidencial das eleições americanas de 2024, nos estúdios da CNN em Atlanta, Geórgia, em 27 de junho
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump participam do primeiro debate presidencial das eleições americanas de 2024, nos estúdios da CNN em Atlanta, Geórgia, em 27 de junho - Sputnik Brasil, 1920, 29.06.2024
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O debate entre Donald Trump e Joe Biden por um novo mandato na Casa Branca, ocorrido na quinta-feira (27), ainda está gerando desdobramentos. No que diz respeito à política externa, a China, foi um dos países mais citados pelos candidatos.
De acordo com a revista Newsweek, Trump mencionou o gigante asiático uma dúzia de vezes ao longo dos 90 minutos de debate. Pequim ficou atrás apenas da Rússia entre as potências estrangeiras mais mencionadas.
Segundo o porta-voz da Embaixada da China nos Estados Unidos, Liu Pengyu, o governo chinês se opõe "ao tom e à frequência das referências à China" durante o debate que se tornou um dos mais controversos da história dos Estados Unidos, não só pelo atual momento do país, mas também pela fragilidade notável de Joe Biden.

"A China adere ao princípio de não interferência nos assuntos internos de outros países e não comenta questões relacionadas às eleições presidenciais dos EUA. Ao mesmo tempo, nos opomos ao fato de que os EUA façam frequentemente da China um problema nas eleições", afirmou Liu em entrevista à revista.

Ao longo do debate, Trump defendeu seus pedidos por uma tarifa de 10% sobre todos os produtos importados dos EUA e indicou que colocaria impostos de até 60% sobre produtos exportados chineses.
Bandeiras dos EUA e da China em uma sala onde o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reúne com o ministro de Segurança Pública da China, Wang Xiaohong, na Diaoyutai State Guesthouse, 26 de abril de 2024, em Pequim, China - Sputnik Brasil, 1920, 14.05.2024
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"Sobre o comércio China-EUA, quero enfatizar que a cooperação econômica e comercial dos dois países é mutuamente benéfica por natureza. Ninguém vencerá uma guerra comercial ou uma guerra tarifária", afirmou Liu.
Ambos os candidatos na acirrada eleição de novembro estão tentando parecer duros com Pequim, aumentando as ameaças de tarifas comerciais que atraem eleitores que buscam proteger empregos norte-americanos.
"Colocar restrições arbitrariamente ou adotar o protecionismo apenas perturbará os fluxos comerciais normais e a estabilidade da cadeia de produção e abastecimento, o que não serve os interesses de ninguém", acrescentou Liu.
Os EUA e a China são a primeira e a segunda maiores economias do mundo, respectivamente, e o rápido crescimento econômico, militar e tecnológico de Pequim foi considerado pelas administrações Trump e Biden como o principal desafio ao esforço de Washington para manter o domínio global, escreve a mídia.
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Mas Liu disse que, para China, "não importa quem seja eleito, Pequim espera que as relações China-EUA continuem a se desenvolver de uma forma sólida e estável, e que se continue a gerir as relações China-EUA de acordo com os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha", concluiu o diplomata chinês.
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