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Israel faz novas exigências e deixa cessar-fogo com Hamas cada vez mais distante, diz mídia

© AP Photo / Jehad AlshrafiPalestinos deslocados inspecionam suas tendas destruídas por um bombardeio de Israel, no oeste da cidade de Rafah. Faixa de Gaza, 28 de maio de 2024
Palestinos deslocados inspecionam suas tendas destruídas por um bombardeio de Israel, no oeste da cidade de Rafah. Faixa de Gaza, 28 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 25.07.2024
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Em mais um passo que adia o fim do conflito na Faixa de Gaza, Israel tenta fazer novas alterações no plano de cessar-fogo e complica as negociações para um acordo final com o movimento Hamas, informou a agência Reuters. O conflito na região já fez mais de 39 mil mortos.
De acordo com a agência, que citou um diplomata ocidental, além de fontes no setor de Gaza e no Cairo, Israel exige que os palestinos deslocados passem por uma verificação ao retornarem ao norte de Gaza após o início do cessar-fogo. Os acordos anteriores permitiam que os civis que fugiram para o sul voltassem livremente para casa.

"Eles [negociadores israelenses] querem criar um mecanismo de verificação para a população civil que retorna ao norte de Gaza, já que temem que essas pessoas possam apoiar os militantes remanescentes do Hamas", disse uma fonte ocidental.

Porém, conforme fontes palestinas e egípcias, o Hamas rejeitou a reivindicação israelense. Outro ponto de discórdia é a exigência de Israel em manter o controle sobre a fronteira de Gaza com o Egito, o que não agradou as autoridades do Cairo. Um correspondente da publicação norte-americana Axios, citando fontes, informou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira (25), em uma reunião com as famílias de reféns, que enviará uma proposta atualizada ao Hamas nos próximos dias.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante entrevista coletiva na base militar de Kirya, em Tel Aviv, em 28 de outubro de 2023, em meio às batalhas contínuas entre Israel e o grupo palestino Hamas - Sputnik Brasil, 1920, 25.07.2024
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Em julho, Israel e o Hamas retomaram, através de mediadores, as negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza em troca da libertação de reféns. O processo de negociação estava em um impasse há mais de um mês, desde que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em nome de Israel, anunciou um novo plano para resolver o conflito no enclave palestino.
Nas últimas duas semanas, várias reuniões com a participação de delegações de Israel e países mediadores foram realizadas em Doha e no Cairo, mas nenhum progresso concreto foi relatado. Já a publicação norte-americana Politico informou que a delegação israelense não compareceu à última rodada de negociações.

Israel insiste em seguir com confrontos em Gaza

O governo israelense insiste que apenas a pressão militar pode fazer o Hamas concordar com condições mais favoráveis para um acordo e libertar o máximo de reféns na primeira fase, em meio à maior crise humanitária da história do enclave. De acordo com dados oficiais israelenses, 120 reféns ainda são mantidos em Gaza, dos quais mais de 40 são considerados mortos. Em várias operações e esforços humanitários, 135 pessoas foram libertadas, incluindo corpos de reféns mortos que foram retirados.
Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes, lançados do enclave. Na sequência, combatentes do movimento palestino Hamas invadiram áreas fronteiriças, atacando militares e civis, e capturaram mais de 200 reféns. De acordo com as autoridades, cerca de 1,2 mil pessoas morreram.
Já Israel declarou guerra ao movimento e iniciou ataques contra Gaza, inclusive com alvos civis. O país judeu anunciou um bloqueio total da região, com a interrupção do fornecimento de água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos nos ataques israelenses já ultrapassa 39 mil, e mais de 89,8 mil pessoas ficaram feridas.
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