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Aliados da Ucrânia estão preocupados com crescente poder de assessor de Zelensky, diz mídia dos EUA

© AFP 2023 / Arnd WiegmannO chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Andrei Yermak, dá uma entrevista coletiva durante uma reunião de conselheiros de segurança nacional, organizada pelo Fórum Econômico Mundial em Davos em 14 de janeiro de 2024
O chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Andrei Yermak, dá uma entrevista coletiva durante uma reunião de conselheiros de segurança nacional, organizada pelo Fórum Econômico Mundial em Davos em 14 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 02.08.2024
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Quando os líderes mundiais se reuniram na Suíça em junho para cúpula da paz na Ucrânia, o evento ofereceu um vislumbre dos jogos de poder que aconteciam nos bastidores em Kiev, escreve a Bloomberg.
Qualquer um que tenha lidado com Vladimir Zelensky provavelmente reconhecerá Andrei Yermak, o chefe de gabinete que está constantemente ao seu lado.
À medida que a operação russa na Ucrânia entra em seu terceiro ano, alguns dos apoiadores internacionais de Kiev estão cada vez mais preocupados com o quanto da tomada de decisões está concentrada nas mãos de Yermak, de 52 anos, um antigo produtor de cinema, que se tornou o único guardião de Zelensky, com voz direta em tudo, desde política externa até planejamento militar.
A ascensão de Yermak, escreve a mídia, foi acompanhada pela queda de muitos outros próximos ao topo — um presidente parlamentar, um governador de Banco Central e seu antecessor como chefe de gabinete — muitas vezes nas mãos do principal assessor, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à mídia sob anonimato.
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Uma delegação, citada pela agência, o descreveu como um oficial teimoso com vasta influência, frequentemente promovendo ambições que ultrapassam a realidade, incluindo uma demanda por uma grande frota de caças F-16.
Seu perfil de mídia social está repleto de imagens individuais suas com o papa Francisco, o presidente francês Emmanuel Macron e outros — muitas vezes sem Zelensky em lugar nenhum, ressalta a Bloomberg.
Uma publicação de 7 de junho em seu canal do Telegram mostrou Yermak apertando a mão do presidente dos EUA, Joe Biden, enquanto Zelensky cumprimentava o secretário de Defesa, Lloyd Austin, — uma reversão de protocolo que gerou comentários irônicos em Kiev.
A dinâmica provocou uma piada comum entre os ucranianos sobre o chefe de gabinete: "Ele não é o número um, mas também não é o número dois."
Segundo a mídia, o mandato de Yermak é mais amplo do que o de qualquer um de seus antecessores.
Ele tem sido central em todas as principais decisões no conflito: substituindo o principal general de Zelensky, obtendo suprimentos de armas, negociando garantias de segurança, supervisionando trocas de prisioneiros e — na cúpula suíça — tentando conquistar o Sul Global para a causa de Kiev.
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Em maio, Yermak foi fundamental na remoção do ministro da Infraestrutura ucraniano, Aleksandr Kubrakov, uma autoridade que já teve uma linha direta com Zelensky e era próxima ao governo Biden, de acordo com pessoas familiarizadas com a demissão.
Segundo a Bloomberg, o gabinete presidencial não conseguiu explicar adequadamente a saída, entre outras mudanças de pessoal, deixando governos estrangeiros confusos sobre a mudança.
A mídia ressalta que a dinâmica de poder é uma questão séria para os aliados da OTAN e doadores internacionais — incluindo a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) — que fizeram da transparência uma condição de referência para a transferência de fundos.
Só os Estados Unidos já aprovaram US$ 175 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) em ajuda à Ucrânia, de acordo o Comitê para um Orçamento Federal Responsável dos EUA.
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