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Agência Mundial Antidoping acusa EUA de permitirem atletas dopados e ameaçarem integridade esportiva
Agência Mundial Antidoping acusa EUA de permitirem atletas dopados e ameaçarem integridade esportiva
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Nesta quinta-feira (8), a Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês) publicou uma nota oficial expondo um esquema da Agência Antidoping dos Estados... 08.08.2024, Sputnik Brasil
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A exposição da agência de fiscalização norte-americana aconteceu um dia após a Reuters publicar uma reportagem sobre "atletas disfarçados" que competiram em alto nível entre 2011 e 2014 em eventuais conflitos envolvendo as agências antidoping. A reportagem conta que, durante o referido período, a USADA violou o código global e permitiu que vários atletas que a instituição havia flagrado continuassem a competir sob o pretexto de seguirem sem sofrer sanções em troca de informações sobre outros infratores.Segundo o texto, a agência norte-americana reafirma a necessidade da tática e continua a defendê-la, enquanto a agência mundial diz que é contra o código global que esses atletas, em eventuais vantagens, sigam competindo, vencendo e angariando premiações, inclusive em dinheiro, em troca de supostas informações, sem ao menos serem processados.Nesta quinta-feira, após a repercussão da reportagem, a WADA publicou uma declaração afirmando que a USADA "ameaçou a integridade da competição esportiva" e sabia que estava violando as regras.Ainda conforme a agência global responsável pela fiscalização do doping, ao contrário do que afirmou a USADA, a WADA disse que "não aprovou essa prática de permitir que trapaceiros de drogas competissem por anos com a promessa de que tentariam obter evidências incriminatórias contra outros".A WADA afirmou que está ciente de que pelo menos três atletas cometeram violações graves das regras."Em um caso, um atleta de elite, que competiu em eliminatórias olímpicas e eventos internacionais nos Estados Unidos, admitiu ter tomado esteroides e EPO, mas foi autorizado a continuar a competir até a aposentadoria. Seu caso nunca foi publicado, os resultados nunca foram desqualificados, o prêmio em dinheiro nunca foi devolvido e nenhuma suspensão foi cumprida", exemplificou a WADA em nota.Em sua declaração oficial, a WADA questionou como um atleta deve se sentir sabendo que competia de boa-fé contra outros atletas trapaceiros e manipulados pela USADA.O que disse a agência norte-americana?À Reuters, a USADA defendeu a permissão para que os infratores da regulação antidoping competissem em prol de atuar como informantes secretos. Segundo a nota da agência norte-americana, as informações serviram para que policiais federais dos EUA agissem em um esquema de tráfico de pessoas e drogasO presidente executivo da USADA, Travis Tygart, disse à Reuters que a estratégia é uma forma "eficaz de lidar com esses problemas maiores e sistêmicos".
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Agência Mundial Antidoping acusa EUA de permitirem atletas dopados e ameaçarem integridade esportiva
19:26 08.08.2024 (atualizado: 20:49 08.08.2024) Nesta quinta-feira (8), a Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês) publicou uma nota oficial expondo um esquema da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA, na sigla em inglês) de violar o Código Mundial Antidoping. "É irônico e hipócrita", disse a WADA.
A exposição da agência de fiscalização norte-americana aconteceu um dia após a Reuters
publicar uma reportagem sobre
"atletas disfarçados" que competiram em alto nível entre 2011 e 2014 em eventuais conflitos envolvendo as agências antidoping.
A reportagem conta que, durante o referido período, a USADA violou o código global e permitiu que vários atletas que a instituição havia flagrado continuassem a competir sob o pretexto de seguirem sem sofrer sanções em troca de informações sobre outros infratores.
Segundo o texto, a agência norte-americana reafirma a necessidade da tática e continua a defendê-la, enquanto a agência mundial diz que é contra o código global que esses atletas, em eventuais vantagens, sigam competindo, vencendo e angariando premiações, inclusive em dinheiro, em troca de supostas informações, sem ao menos serem processados.
Nesta quinta-feira, após a repercussão da reportagem, a WADA publicou uma declaração afirmando que a USADA "ameaçou a integridade da competição esportiva" e sabia que estava violando as regras.
Ainda conforme a agência global responsável pela
fiscalização do doping, ao contrário do que afirmou a USADA, a WADA disse que
"não aprovou essa prática de permitir que trapaceiros de drogas competissem por anos com a promessa de que tentariam obter evidências incriminatórias contra outros".
A WADA afirmou que está ciente de que pelo menos três atletas cometeram violações graves das regras.
"Em um caso, um atleta de elite, que
competiu em eliminatórias olímpicas e eventos internacionais nos Estados Unidos, admitiu ter tomado esteroides e EPO, mas foi autorizado a continuar a competir até a aposentadoria. Seu caso nunca foi publicado,
os resultados nunca foram desqualificados, o prêmio em dinheiro nunca foi devolvido e nenhuma suspensão foi cumprida", exemplificou a WADA em nota.
Em sua declaração oficial, a WADA questionou como um atleta deve se sentir sabendo que competia de boa-fé contra
outros atletas trapaceiros e manipulados pela USADA.
"É irônico e hipócrita que a USADA grite quando suspeita que outras organizações antidoping não estão seguindo as regras à risca, enquanto não anunciou casos de doping por anos e permitiu que trapaceiros continuassem a competir, na remota possibilidade de que pudessem ajudá-los a pegar outros possíveis violadores", rebateu a WADA.
O que disse a agência norte-americana?
À Reuters, a USADA defendeu a permissão para que os infratores da regulação antidoping competissem em prol de atuar como informantes secretos. Segundo a nota da agência norte-americana, as informações serviram para que policiais federais dos EUA agissem em um esquema de
tráfico de pessoas e drogasO presidente executivo da USADA, Travis Tygart, disse à Reuters que a estratégia é uma forma "eficaz de lidar com esses problemas maiores e sistêmicos".
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