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Diretor-geral da AIEA pede contenção máxima para evitar acidente nuclear na região russa de Kursk

© AP Photo / Matthias SchraderRafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), chega à reunião do Conselho de Governadores da AIEA, em Viena. Áustria, 22 de novembro de 2023
Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), chega à reunião do Conselho de Governadores da AIEA, em Viena. Áustria, 22 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.08.2024
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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, pediu máxima contenção em meio à situação na região russa de Kursk, onde está localizada uma usina nuclear, a fim de evitar uma catástrofe.
"Gostaria de pedir a todas as partes que tenham máxima contenção para evitar um acidente nuclear com graves consequências radiológicas", disse Grossi.
O diretor-geral da AIEA acrescentou que mantém contato com representantes da Rússia e da Ucrânia e prometeu "informar a comunidade internacional conforme necessário".
Os princípios de segurança estabelecidos para a central nuclear de Zaporozhie, incluindo a necessidade de garantir a integridade física das instalações, também se aplicam à central nuclear de Kursk, sublinhou Grossi.
Anteriormente, o governador em exercício da região, Aleksei Smirnov, informou que a cidade de Kurchatov ficou sem eletricidade depois que fragmentos de um drone ucraniano caíram sobre um transformador.
Em Kurchatov, localizada a pouco mais de 30 quilômetros a oeste da capital da região de Kursk e a cerca de 75 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, fica a central nuclear de Kursk, que possui quatro reatores RBMK-100, mesmo modelo utilizado em Chernobyl.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, afirmou na quarta-feira (7) que as forças russas travaram uma ofensiva com cerca de 1 mil soldados ucranianos na manhã anterior para ocupar territórios na região de Kursk.
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Como resultado dos bombardeios e ataques de drones, pelo menos quatro residentes da região foram mortos e mais de 60 pessoas, incluindo nove crianças, ficaram feridas. Além disso, milhares de pessoas foram forçadas a deixar a área de bombardeios e combates, que continuam após a incursão ucraniana.
O presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de lançar uma provocação em grande escala e de realizar bombardeamentos indiscriminados, especialmente contra instalações civis.
Sobre o momento, a AIEA afirmou que não vê não motivos para se preocupar com segurança nuclear na região.

Rússia informa sobre a situação na região

A Rússia comunicou à AIEA a respeito da situação na central nuclear de Kursk após a tentativa de ataque das tropas ucranianas, informou a missão permanente russa aliada a organizações internacionais em Viena, na Áustria.
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A entidade detalhou, por meio do Telegram, que nesta sexta-feira (9) teriam sido encontrados fragmentos de mísseis abatidos na usina, em especial na área do complexo de processamento de resíduos radioativos.
A nota especifica que, até o momento, não houve bombardeios diretos contra a cidade de Kurchatov, onde está localizada a usina, bem como contra a infraestrutura energética, mas "a situação continua tensa".

"As ações imprudentes da Ucrânia não só ameaçam as instalações nucleares russas, mas também colocam em perigo toda a indústria nuclear global", observou a missão russa.

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