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G20: 'Não vamos aceitar nenhuma ingerência sobre a soberania do Brasil', diz representante do MST
G20: 'Não vamos aceitar nenhuma ingerência sobre a soberania do Brasil', diz representante do MST
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Aconteceu nesta terça-feira (20), no Rio de Janeiro, o encontro preparatório para a Cúpula Social do G20, dedicado a aproximar os movimentos sociais de base às... 20.08.2024, Sputnik Brasil
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Como parte do governo federal, estiveram presentes a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; e o secretário-geral da Presidência da República, Márcio Costa Macêdo.O Brasil assumiu neste ano a presidência do G20, encontro das 20 maiores economias do mundo para debater os rumos do planeta, desde políticas econômicas à sustentabilidade. Este ano, sob a liderança brasileira, foram incluídas na pauta a fome e a pobreza mundial, o desenvolvimento sustentável e a mudança do sistema de governança global.Para um fórum que "historicamente tratou de economia e inflação, discutir fome, pobreza e as mudanças climáticas não é uma tarefa fácil", destacou o ministro Wellington Dias.Em sua fala, a ministra Marina Silva reforçou a necessidade de pensar o desenvolvimento econômico aliado a políticas de preservação e recuperação do meio ambiente.A ministra do Meio Ambiente detalhou algumas das propostas discutidas por sua pasta, como a criação de um fundo bilionário para a conservação de florestas tropicais — projeto ligado ao Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), responsável por muitos dos mecanismos de equilíbrio ambiental a nível global."Se conseguirmos botar de pé até a COP 30, nós vamos ter um mecanismo para ajudar os 80 países detentores de floresta tropical."Outra iniciativa é a proposta de taxação global sobre os super-ricos, cujo dinheiro seria usado para financiar o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento. "O setor privado não pode continuar mais fazendo os mesmos investimentos em atividades de altíssimo potencial de destruir o planeta e a biodiversidade", afirmou Marina Silva. "É preciso que a transição seja justa."Da parte dos movimentos sociais, o grande destaque nas falas de abertura foi Cassia Bechara, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). A ativista colocou a presidência brasileira do G20 na perspectiva do xadrez geopolítico internacional.Seguindo o que disse o ministro Wellington Dias, a representante do MST afirmou que o Norte Global busca impor as regras políticas e econômicas ao Sul Global.Nesse sentido, a presidência brasileira adquire importância ainda maior, destacando o papel do país como uma "potência importante do Sul Global", capaz de pautar as necessidades dos países em desenvolvimento."Nós sabemos que as potências capitalistas, as potências imperialistas, também estão de olho no nosso país", afirmou Bechara.
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G20: 'Não vamos aceitar nenhuma ingerência sobre a soberania do Brasil', diz representante do MST
16:50 20.08.2024 (atualizado: 20:52 19.11.2024) Especiais
Aconteceu nesta terça-feira (20), no Rio de Janeiro, o encontro preparatório para a Cúpula Social do G20, dedicado a aproximar os movimentos sociais de base às autoridades governamentais e aos líderes dos grupos de trabalho que participarão do fórum mundial.
Como parte do governo federal, estiveram presentes a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; e o secretário-geral da Presidência da República, Márcio Costa Macêdo.
O Brasil assumiu neste ano a presidência do G20, encontro das 20 maiores economias do mundo para debater os rumos do planeta, desde políticas econômicas à sustentabilidade. Este ano, sob a liderança brasileira, foram incluídas na pauta a fome e a pobreza mundial, o desenvolvimento sustentável e a mudança do sistema de governança global.
Para um fórum que "historicamente tratou de economia e inflação, discutir fome, pobreza e as mudanças climáticas não é uma tarefa fácil", destacou o ministro Wellington Dias.
Em sua fala, a ministra Marina Silva reforçou a necessidade de pensar o desenvolvimento econômico aliado a políticas de preservação e recuperação do meio ambiente.
"Até bem pouco tempo, a maioria era desenvolvimentista. Hoje todos terão que ser sustentabilistas."
A ministra do Meio Ambiente detalhou algumas das propostas discutidas por sua pasta, como a criação de um fundo bilionário para a
conservação de florestas tropicais — projeto ligado ao Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), responsável por muitos dos mecanismos de equilíbrio ambiental a nível global.
"Se conseguirmos botar de pé até a COP 30, nós vamos ter um mecanismo para ajudar os 80 países detentores de floresta tropical."
Outra iniciativa é a proposta de
taxação global sobre os super-ricos, cujo dinheiro seria usado para
financiar o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento. "O setor privado não pode continuar mais fazendo os mesmos investimentos em atividades de altíssimo potencial de destruir o planeta e a biodiversidade", afirmou Marina Silva.
"É preciso que a transição seja justa."Da parte dos movimentos sociais, o grande destaque nas falas de abertura foi
Cassia Bechara, representante do
Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). A ativista colocou a presidência brasileira do G20 na
perspectiva do xadrez geopolítico internacional.
Seguindo o que disse o ministro Wellington Dias, a representante do MST afirmou que o Norte Global busca impor as regras políticas e econômicas ao Sul Global.
Nesse sentido, a presidência brasileira adquire importância ainda maior, destacando o papel do país como uma "potência importante do Sul Global", capaz de pautar as necessidades dos países em desenvolvimento.
"Nós sabemos que as potências capitalistas, as potências imperialistas, também estão de olho no nosso país", afirmou Bechara.
"Então não é à toa que nós vamos fazer essa cúpula dos povos para dizer a essas potências que não vamos aceitar nenhum tipo de ingerência sobre a nossa política, sobre a nossa economia, sobre a soberania do Brasil, mas também a soberania dos nossos povos."
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