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Falhas na Starliner da Boeing expõem erosão da base industrial espacial dos EUA, dizem especialistas

© AP Photo / John RaouxA cápsula Starliner da Boeing no topo de um foguete Atlas V decola do Complexo de Lançamento Espacial 41 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral em uma missão para a Estação Espacial Internacional (EEI), 5 de junho de 2024
A cápsula Starliner da Boeing no topo de um foguete Atlas V decola do Complexo de Lançamento Espacial 41 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral em uma missão para a Estação Espacial Internacional (EEI), 5 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 11.09.2024
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O retorno forçado da espaçonave Starliner da Estação Espacial Internacional (EEI) revelou os pontos fracos da base industrial espacial dos EUA e os problemas de controle de qualidade, resultando em um impacto também na degradação da EEI, disseram especialistas ocidentais à Sputnik.
A espaçonave Starliner, construída pela empresa norte-americana Boeing sob contrato com a NASA, partiu em seu primeiro voo tripulado com os astronautas da NASA Barry Wilmore e Sunita Williams em 5 de junho de 2024.
A missão de teste foi planejada para durar cerca de uma semana, mas problemas descobertos durante o acoplamento com a estação no motor da espaçonave e um subsequente vazamento de hélio atrasaram o teste.
Os especialistas não conseguiram eliminar os problemas identificados e a Starliner retornou à Terra sem tripulação.
Os astronautas da NASA, Wilmore e Williams, vão permanecer na EEI até fevereiro e vão voltar para casa na espaçonave Crew Dragon da SpaceX, uma concorrente da Boeing.
"Até que haja um equilíbrio mundial multipolar estável e os EUA parem com suas tentativas de alcançar a hegemonia mundial com o apoio de armas nucleares, abandonem seu papel autoproclamado e mal executado de polícia do mundo e coloquem suas próprias finanças em ordem, a EEI vai ser uma bagatela que distrai do principal", disse à Sputnik a ex-analista do Pentágono e tenente-coronel aposentada da Força Aérea dos EUA Karen Kwiatkowski.
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Bruce Gagnon, cofundador da Global Network Against Weapons and Nuclear Power in Space (Rede Global Contra Armas e Energia Nuclear no Espaço), disse que a EEI está chegando ao fim de suas quase três décadas de existência, pois o orçamento da NASA está diminuindo, os gastos militares dos EUA estão aumentando e a dívida nacional ultrapassa US$ 35 trilhões (R$ 198,23 trilhões).
Em vista disso, os EUA não vão conseguir manter o financiamento para atender às necessidades espaciais e tecnológicas, argumentou Gagnon.
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Além disso, os problemas da Boeing vão se agravar, segundo ele, por causa da inabilidade do sistema de educação dos EUA em formar especialistas de alta qualidade.

"Todo o cenário do domínio econômico dos EUA vai entrar em colapso e a capacidade de dar continuidade a esses programas caros em missões militares ou espaciais para a Lua, Marte e além vai ser afetada", disse.

Franklin C. "Chuck" Spinney, analista aposentado do Pentágono, disse em comentários à Sputnik que os EUA vão ter que contar com a cooperação da Rússia para continuar mantendo a EEI.
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O historiador e vice-presidente da Rising Tide Foundation, Matthew Ehret, alertou que o fato da incapacidade da Boeing de consertar as falhas tecnológicas pode ter consequências fatais.
De acordo com ele, a crise é um exemplo de como a transição dos voos espaciais para um paradigma comercial levou a um aumento dos riscos.

"Seja a Virgin Galactic de sir Richard Branson, a Blue Origins de Jeff Bezos, a SpaceX de Elon Musk ou a divisão espacial privada da Boeing, todas estão cortando orçamentos, maximizando os lucros para os acionistas, tornando o voo espacial uma atividade perigosa disponível principalmente para os super-ricos, em vez de beneficiar o bem-estar geral", concluiu Ehret.

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