Dívida dos EUA é 'um fracasso moral intergeracional' não abordado nas eleições, diz jornalista
© Foto / Pexels / Karolina KaboompicsSobre a bandeira dos Estados Unidos da América, notas de dólar enroladas e contidas por um elástico
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A dívida dos Estados Unidos atingiu níveis preocupantes de várias dezenas de trilhões de dólares e, no entanto, apesar da sua grande importância para Washington e para a economia internacional, não é uma questão que seja abordada de forma importante durante a campanha presidencial de ambos, Kamala Harris ou Donald Trump.
Segundo um artigo publicado pelo The Hill, a importância que a dívida nacional deverá ter no ciclo eleitoral que elegerá o próximo presidente dos Estados Unidos, especialmente para os jovens, que vão receber como herança uma dívida que poderá ser "paralisante", não pode ser ignorada.
"A crescente dívida nacional de US$ 35 trilhões [cerca de R$ 198,4 trilhões] ameaça se tornar o mais sério dilema da política fiscal e o fardo fundamental que a posteridade norte-americana herdará", destaca o artigo assinado por Jeremy Etelson, ex-funcionário democrata em Maryland.
A análise destaca que a dívida nacional dos EUA representa agora 122% do seu produto interno bruto (PIB) de US$ 28,6 trilhões (aproximadamente R$ 162,1 trilhões). Isso está entrando em um território sem precedentes, uma vez que esse nível de dívida nem sequer foi alcançado na Segunda Guerra Mundial.
O autor alerta que os Estados Unidos enfrentam atualmente um declínio no valor do dólar, complementado por impostos em rápida expansão que são capazes de "comprar menos em termos de serviços governamentais".
"Legar aos jovens e futuros norte-americanos uma dívida nacional paralisante, enquanto muitos já estão enterrados em dívidas estudantis, não é apenas economicamente inviável e míope. É um fracasso moral intergeracional", observa Etelson.
Em função disso, o analista insiste que os candidatos à Casa Branca abordem um tema tão importante como o da dívida, que tem vindo a aumentar significativamente, tornando-se um pesado fardo para as gerações futuras.
"As eleições presidenciais de 2024 devem dar prioridade à libertação dos jovens e futuros norte-americanos de uma dívida pública que está prestes a afundar a posição [dos Estados Unidos] da América no mundo. A economia norte-americana deve se tornar sustentável", conclui.