Rosatom vê 'ações imprudentes ucranianas' como a maior ameaça à usina nuclear de Kursk
10:36 16.09.2024 (atualizado: 11:43 16.09.2024)
© Sputnik / Sergei Pyatakov
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A principal ameaça às usinas nucleares de Zaporozhie e Kursk são as ações imprudentes da Ucrânia, disse o chefe da corporação nuclear russa Rosatom, Aleksei Likhachev.
"A principal ameaça às centrais nucleares de Zaporozhie e Kursk são as ações imprudentes das autoridades ucranianas e das Forças Armadas ucranianas", comentou Likhachev à margem da conferência geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena.
Segundo o responsável, os danos infligidos por Kiev às infraestruturas das instalações nucleares e civis já foram confirmados e contradizem os princípios de segurança estabelecidos pela AIEA.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse nesta segunda-feira (16) em sua conta no X que teve uma "troca oportuna" com Aleksei Likhachev, em Viena, como um acompanhamento das consultas realizadas anteriormente na cidade russa de Kaliningrado, reiterando a importância da presença da AIEA na usina nuclear de Zaporozhie.
Comentando a situação nas duas instalações, Grossi observou que elas não devem ser atacadas em nenhuma circunstância.
No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas lançaram um ataque a fronteira à região russa de Kursk. Os ataques ucranianos deixaram pelo menos 12 civis mortos e mais de 120 feridos, incluindo dez crianças, e milhares de civis foram forçados a abandonar a área. De acordo com um relatório das forças de segurança russas, o Exército ucraniano planeja usar projéteis com ogivas radioativas para atacar as usinas nucleares de Kursk e Zaporozhie.
No dia 4 de setembro, o ministro da Energia da Rússia, Sergei Tsivilev, disse que a Rússia estava tomando medidas para melhorar a resiliência das usinas de Kursk e Zaporozhie contra ataques ucranianos. A Rússia alertou o órgão de vigilância nuclear da ONU que ataques repetidos da Ucrânia colocam as usinas em perigo.
Em 27 de agosto, Grossi fez uma visita à usina nuclear de Kursk da Rússia a convite do presidente russo Vladimir Putin em meio às batalhas em andamento na região de Kursk e disse que a situação na usina era séria. Após a visita, o funcionário disse que atacar qualquer usina nuclear é inaceitável, seja qual for sua localização.
O gabinete do secretário-geral da ONU, António Guterres, absteve-se de comentar a Sputnik os alertas do planejamento de um ataque ucraniano contra as centrais nucleares russas de Zaporozhie e Kursk, e encaminhou questões sobre o assunto para a AIEA.