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Mídia: Milei cria carta e lança ofensiva diplomática contra Maduro em organismos sul-americanos
Mídia: Milei cria carta e lança ofensiva diplomática contra Maduro em organismos sul-americanos
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Fontes do governo brasileiro e argentino disseram ao jornal O Globo que a gestão de Javier Milei iniciou uma ofensiva diplomática que tem como objetivo cercar... 22.09.2024, Sputnik Brasil
2024-09-22T11:58-0300
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O Consenso de Brasília foi criado no ano passado por iniciativa do Brasil e da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).O plano de Buenos Aires, escreve a mídia, é conseguir que o consenso, formado por todos os países da América do Sul, incorpore uma cláusula democrática e, em base a essa cláusula, Caracas seja obrigada a sair do grupo.Ainda segundo as fontes ouvidas pelo jornal, a primeira jogada da Argentina foi enviar uma carta ao ministro das Relações Exteriores da Colômbia (país que tem atualmente a presidência temporária do Consenso de Brasília), Gilberto Murillo, na qual o governo Milei, junto a outros integrantes do grupo, defende a necessidade de discutir a situação política na Venezuela na próxima reunião de chanceleres do grupo, em Nova York, na semana que vem.Murillo compartilhou a carta com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e a posição do Brasil, afirmaram fontes oficiais, é conter a ofensiva argentina.A ofensiva argentina acontece em momentos de elevada tensão entre os dois países.Nesta semana, o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, anunciou que pedirá à Justiça um mandado de prisão contra Milei, sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e a ministra da Segurança do país, Patricia Bullrich, pelo confisco de um avião de carga venezuelano em Buenos Aires.Do outro lado, em uma audiência realizada recentemente nos tribunais da capital argentina, presenciada por Bullrich, os promotores Carlos Stornelli e José Aguero Iturbe exigiram que a Câmara Federal ordene a investigação e captura de Nicolás Maduro e de seu ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, considerado o número 2 do governo venezuelano.A ofensiva diplomática da Casa Rosada causa preocupação no governo brasileiro, relata a mídia, uma vez que pode paralisar avanços no âmbito do Consenso de Brasília quando o Brasil, insistiram as fontes, "quer avançar na integração regional, e o enfraquecimento do consenso iria na contramão deste interesse".No caso da CELAC, o governo Milei tem feito discursos raivosos contra Maduro em reuniões da comunidade, mas o impacto é quase irrelevante, diz o jornal, visto que o grupo inclui países caribenhos que mantêm boas relações com Caracas e, em alguns casos, ainda mantêm, uma dependência econômica.
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Mídia: Milei cria carta e lança ofensiva diplomática contra Maduro em organismos sul-americanos
11:58 22.09.2024 (atualizado: 12:49 22.09.2024) Fontes do governo brasileiro e argentino disseram ao jornal O Globo que a gestão de Javier Milei iniciou uma ofensiva diplomática que tem como objetivo cercar a Venezuela em foros regionais e expulsar o país do Consenso de Brasília.
O Consenso de Brasília foi criado no ano passado por iniciativa do Brasil e da
Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).
O plano de Buenos Aires,
escreve a mídia, é conseguir que o consenso, formado por todos os países da América do Sul, incorpore uma cláusula democrática e, em base a essa cláusula, Caracas seja obrigada a sair do grupo.
Ainda segundo as fontes ouvidas pelo jornal, a primeira jogada da Argentina foi enviar uma carta ao ministro das Relações Exteriores da Colômbia (país que tem atualmente a presidência temporária do Consenso de Brasília), Gilberto Murillo, na qual o governo Milei, junto a outros integrantes do grupo, defende a necessidade de discutir a situação política na Venezuela na próxima reunião de chanceleres do grupo, em Nova York, na semana que vem.
Murillo compartilhou a carta com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e a posição do Brasil, afirmaram fontes oficiais, é conter a ofensiva argentina.
O texto argentino, ainda preliminar e citado pelo O Globo, estabelece que "[...] por ruptura ou grave ameaça de ruptura da ordem constitucional ou do Estado de Direito [...] a presidência rotativa estabelecerá uma Comissão de Mediação composta pelos demais Estados do Consenso de Brasília que desejarem participar [...]. A referida Comissão apresentará um relatório 30 dias após a sua criação e, caso a evolução dos acontecimentos indique que os esforços realizados não permitiram a salvaguarda da democracia, o Estado será automaticamente suspenso, não podendo participar nas reuniões do Consenso de Brasília".
A ofensiva argentina acontece em momentos de
elevada tensão entre os dois países.
Nesta semana, o procurador-geral venezuelano,
Tarek William Saab, anunciou que pedirá à Justiça um mandado de prisão contra Milei,
sua irmã e secretária-geral da Presidência,
Karina Milei, e a ministra da Segurança do país,
Patricia Bullrich, pelo confisco de um avião de carga venezuelano em Buenos Aires.
Do outro lado, em uma audiência realizada recentemente nos tribunais da capital argentina, presenciada por Bullrich, os promotores Carlos Stornelli e José Aguero Iturbe exigiram que a Câmara Federal ordene a investigação e captura de Nicolás Maduro e de seu ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, considerado o número 2 do governo venezuelano.
A ofensiva diplomática da Casa Rosada causa preocupação no governo brasileiro, relata a mídia, uma vez que pode paralisar avanços no âmbito do Consenso de Brasília quando o Brasil, insistiram as fontes, "quer avançar na integração regional, e o enfraquecimento do consenso iria na contramão deste interesse".
No caso da CELAC, o governo Milei tem feito discursos raivosos contra Maduro em reuniões da comunidade, mas o impacto é quase irrelevante, diz o jornal,
visto que o grupo inclui países caribenhos que mantêm boas relações com Caracas e, em alguns casos, ainda mantêm, uma dependência econômica.
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