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Além do C-390: quais aviões de transporte militar disputarão os céus no futuro?

© Marcelo Camargo/Agência BrasilAvião KC-390, desenvolvido pela Embraer para transporte tático e logístico, na base aérea da Força Aérea Brasileira (FAB). Brasília, 23 de outubro de 2018
Avião KC-390, desenvolvido pela Embraer para transporte tático e logístico, na base aérea da Força Aérea Brasileira (FAB). Brasília, 23 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2024
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Desenvolvido pela Embraer, o C-390 desponta como uma das principais opções no segmento de aeronaves de transporte militar de médio porte. No entanto a disputa pela domínio dos céus não será fácil.
Aposentando antigos Hércules C-130, da Lockheed Martin, o modelo brasileiro mal estreou nos ares e já é um sucesso de vendas. Inicialmente encomendado pela Força Aérea Brasileira (FAB), o C-390 já foi encomendado pelas forças aéreas de Portugal, Hungria, Países Baixos, Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul.
A aeronave de transporte ainda é cotada para entrar em mais aeronáuticas, como as de Índia, Suécia, África do Sul, Grécia, Egito, Angola, Colômbia e Ruanda.
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Em comparação com o modelo norte-americano, o C-390 consegue transportar uma carga útil de 26 toneladas, ou 66 paraquedistas, além de voar a uma velocidade de cruzeiro a 870 km/h com seu motor turbofan e ser capaz de realizar uma vasta gama de missões, desde transporte e lançamento de tropas a combate a incêndios, evacuação médica, busca e resgate e reabastecimento ar-ar. Seu alcance varia entre 2.000 km e 5.020 km, dependendo da carga.
O C-390 ainda consegue operar em pistas não pavimentadas e possui muitos componentes de uso dual, tendo fácil manutenção. Seu preço, que varia conforme as configurações pedidas pela força aérea, também está alinhado com o do C-130, podendo inclusive ser mais barato, dependendo das especificações.
A única coisa que o C-390 não tem, quando comparado ao conhecido norte-americano, é seu histórico de uso. O C-130, por exemplo, participou do bombardeio de Belgrado.
Ainda assim, há outros modelos que disputarão o mercado dos próximos anos nesse segmento. Confira abaixo quais serão.

Ilyushin Il-276

O Ilyushin Il-276 é um modelo que está sendo desenvolvido pela United Aircraft Corporation (UAC), conglomerado de empresas de aviões da Rússia. As forças russas normalmente operam modelos grandes de aviões de transporte, como o Antonov An-26 e o Ilyushin Il-76.
Como o modelo ainda está sendo desenhado, apenas algumas características foram reveladas, como sua capacidade de levar cerca de 20 toneladas e atingir uma velocidade de cruzeiro de 800 km/h com motores turbofan. Um dos maiores destaques do Il-276 é, contudo, a possibilidade de transportar até 150 paraquedistas.

Kawasaki C-2

O Kawasaki C-2 é um modelo desenvolvido pela divisão aeroespacial da Kawasaki e operado exclusivamente pelo Japão, ainda que haja conversas de vendas para Nova Zelândia e Emirados Árabes Unidos.
Criado para substituir os antigos Kawasaki C-1 e os C-130, ele foi introduzido na Força de Defesa Aérea do Japão em 2016. De motor turbofan, possui capacidade para transportar 32 toneladas, com alcance entre 4.500 km e 7.600 km, e uma velocidade de cruzeiro de 890 km/h.
As características superiores às do C-390 são explicadas pelo tamanho da aeronave, cerca de 25% maior que o modelo brasileiro. Ou seja, por mais que seja considerada uma aeronave média, o C-2 está beirando os modelos maiores e, diferentemente do avião da Embraer, deve ser utilizado de preferência em pistas pavimentadas.
© flickr.com / joolsgriffA aeronave Kawasaki C-2, da força aérea do Japão, durante exibição no show aéreo Australian International Airshow, em 2 de março de 2019
A aeronave Kawasaki C-2, da força aérea do Japão, durante exibição no show aéreo Australian International Airshow, em 2 de março de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2024
A aeronave Kawasaki C-2, da força aérea do Japão, durante exibição no show aéreo Australian International Airshow, em 2 de março de 2019

Shaanxi Y-9

Desenvolvido pela Shaanxi para a Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, o Y-9 é outro modelo de transporte militar médio, sendo uma melhoria do Y-8.
É pouco conhecido no Ocidente — o único país que opera um Y-9 além da China é Mianmar, adquirido em 2017. Já o Y-8 é mais popular, já tendo sido vendido a Cazaquistão, Paquistão, Sri Lanka, Sudão, Tanzânia, Mianmar e Venezuela.
De quatro motores turboélice, o Y-9 pode levar até 25 toneladas, ou 116 paraquedistas, com uma velocidade de cruzeiro de 560 km/h e um alcance de 2.200 km.
© flickr.com / Anna ZverevaModelo Shaangxi Y-9, da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, em 30 de agosto de 2021
Modelo Shaangxi Y-9, da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, em 30 de agosto de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2024
Modelo Shaangxi Y-9, da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, em 30 de agosto de 2021

Airbus A400M Atlas

Um pouco mais antigo, tendo sido introduzido na primeira aeronáutica em 2013, o modelo europeu é outro que, assim como o da Embraer, é bem aceito nos mercados internacionais. Hoje ele é operado principalmente por nações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), como Alemanha, França, Espanha, Reino Unido, Turquia e Bélgica.
Em menor número, o A400M ainda pode ser encontrado nas forças aéreas da Malásia, do Cazaquistão e da Indonésia.
Assim como o modelo japonês, ele é um modelo de transporte médio que adentra as capacidades dos grandes, podendo levar 37 toneladas, ou 116 paraquedistas. Seus quatro motores turboélice ainda o permitem chegar a uma velocidade de 718 km/h, com uma autonomia entre 4.500 km e 6.600 km, dependendo do peso da carga.
© flickr.com / AirwolfhoundModelo do Airbus A400 Atlas operado pela Força Aérea Real britânica em exibição durante o Royal International Air Tattoo, em 7 de julho de 2016
Modelo do Airbus A400 Atlas operado pela Força Aérea Real britânica em exibição durante o Royal International Air Tattoo, em 7 de julho de 2016  - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2024
Modelo do Airbus A400 Atlas operado pela Força Aérea Real britânica em exibição durante o Royal International Air Tattoo, em 7 de julho de 2016
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