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Ucrânia enfrenta pressão do Ocidente e do Sul Global para negociar com a Rússia, diz mídia

© AP Photo / Kin CheungVladimir Zelensky, da Ucrânia, deixa Downing Street, sede do governo britânico, após reunião com o primeiro-ministro Keir Starmer. Londres, Inglaterra, Reino Unido, 19 de julho de 2024
Vladimir Zelensky, da Ucrânia, deixa Downing Street, sede do governo britânico, após reunião com o primeiro-ministro Keir Starmer. Londres, Inglaterra, Reino Unido, 19 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 09.10.2024
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Com mais de dois anos do conflito ucraniano, o atual governo da Ucrânia enfrenta pressão, quer dos aliados ocidentais, quer do Sul Global, para se sentar à mesa de negociações a fim de alcançar uma paz flexível com a Rússia, de acordo com o artigo da Bloomberg.
Segundo o artigo, a Ucrânia está se aproximando do terceiro inverno do conflito, tendo como pano de fundo a redução do apoio ocidental, com a Alemanha alocando muito menos fundos em seu orçamento para a Ucrânia e "a França lutando com seu próprio déficit crescente".
Apesar de declarações do líder atual ucraniano Vladimir Zelensky de não querer negociar quaisquer concessões a Moscou, altos funcionários ucranianos admitiram à Bloomberg que, ainda assim, "um final de jogo deve entrar em ação".

"Os aliados da Ucrânia estão detectando que o presidente Vladimir Zelensky pode estar se preparando para adotar uma abordagem mais flexível ao procurar maneiras de ajudar a pôr fim à guerra com a Rússia," cita o artigo suas fontes próximas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

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A possível entrada da Ucrânia nessa organização, que foi criada após a Segunda Guerra Mundial para enfrentar o bloco socialista liderado pela União Soviética, não foi confirmada nem mesmo pela candidata democrata à presidência dos EUA Kamala Harris que, por sua vez, havia prometido apoio ao governo ucraniano.
Além do Ocidente, outra parte do mundo, o Sul Global, também quer que as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia se realizem, admite o artigo.
Ao contrário do Ocidente, os países do Sul Global, particularmente o Brasil e a China, têm afirmado constantemente que as negociações de paz devem incluir a Rússia.
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"O projeto de Zelensky para isolar Moscou, garantindo o apoio de países como a China, Índia e Brasil, estagnou em meio à insistência de que o Kremlin tenha um lugar na mesa de conversações", conclui o artigo.

Nos passados 15 e 16 de junho, no resort suíço de Burgenstock foi realizada a chamada "cúpula de paz para Ucrânia", mas a Rússia não foi convidada.
O Brasil, Índia, México, África do Sul e outros Estados não assinaram o comunicado final.
O Kremlin disse que não faz sentido procurar opções para resolver a situação no conflito ucraniano sem a participação da Rússia.
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Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin lançou iniciativas para uma solução pacífica do conflito na Ucrânia: Moscou cessará imediatamente as hostilidades e declarará sua disposição para negociações após a retirada das tropas ucranianas das novas regiões russas.
Além disso, acrescentou, Kiev deve renunciar às intenções de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e realizar a desmilitarização e desnazificação do país, bem como adotar um status neutro, não alinhado e livre de armas nucleares.
O líder russo também mencionou o cancelamento das sanções contra a Rússia.
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