Arqueólogos na Alemanha encontram 'extraordinária' câmara funerária de 2.600 anos (IMAGENS)
12:40 22.10.2024 (atualizado: 13:22 22.10.2024)
© Foto / Secretaria Estadual de Preservação de Monumentos no Conselho Regional de Stuttgart/Faber Courtial
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Construída por celtas, a estrutura é a primeira a ser encontrada na Alemanha em mais de um século e foi classificada pelos pesquisadores e autoridade locais como um achado "extraordinário", um "golpe de sorte para a arqueologia".
Construída há cerca de 2.600 anos pelo povo celta, a câmara de madeira preservada foi encontrada perto da cidade de Riedlingen, no sudoeste da Alemanha, nas planícies do Danúbio, no centro de uma colina funerária que já teve cerca de 6 metros de altura por 64 de diâmetro.
A funcionária do Ministério do Desenvolvimento Regional e Habitação de Baden-Wurttemberg, Andrea Lindlohr, afirmou em uma coletiva de imprensa que o achado representava um testemunho extraordinário da rica paisagem arqueológica da cidade.
A estrutura de madeira da câmara funerária praticamente intactas apesar do tempo
© Foto / Secretaria Estadual de Preservação de Monumentos no Conselho Regional de Stuttgart/Faber Courtial
Segundo os pesquisadores, túmulos como o encontrado perto de Riedlingen foram construídos para indivíduos particularmente de alta patente pelos povos celtas que habitavam o sudoeste da Alemanha, e sua data está estimada entre 620 e 450 a.C.
Esse túmulo ainda tinha as madeiras de carvalho de uma grande câmara funerária completamente preservada — com teto, parede e piso. O Escritório Estadual de Preservação de Monumentos no Conselho Regional de Stuttgart elogiou a raridade da descoberta, ressaltando o fato de ser "única e de grande importância científica" porque a madeira enterrada geralmente não permanece preservada por mais do que algumas décadas.
Essa é a primeira câmara funerária celta totalmente preservada a ser descoberta na Alemanha em mais de um século. Em 1890, uma foi encontrada durante uma escavação perto de Villingen na Floresta Negra. No entanto, os restos mortais não foram devidamente documentados e foram apenas parcialmente preservados.
Uma análise completa das madeiras, incluindo datação por carbono, ainda não foi conduzida, porém, uma ferramenta de madeira — que se acredita ter sido deixada para trás pelos construtores celtas — foi datada e confeccionada a partir de um carvalho cortado em 585 a.C.
Os arqueólogos pretendem dar continuidade às escavações pelas próximas semanas e meses, enquanto esperam que as análises posteriores revelem novos insights — e potencialmente a identidade da pessoa enterrada no monte.
