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Daniel Martindale: 'Havia cerca de 100 mercenários da América Latina em meu vilarejo' (VÍDEOS)

© SputnikCidadão dos EUA Daniel Martindale durante uma coletiva de imprensa no Centro de Imprensa Multimídia Internacional do grupo de mídia Rossiya Segodnya em Moscou. Novembro de 2024.
Cidadão dos EUA Daniel Martindale durante uma coletiva de imprensa no Centro de Imprensa Multimídia Internacional do grupo de mídia Rossiya Segodnya em Moscou. Novembro de 2024. - Sputnik Brasil, 1920, 05.11.2024
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Um cidadão norte-americano, Daniel Martindale, que ajudou clandestinamente a Rússia a libertar Donbass a partir do território controlado pelas forças de Kiev, disse que no vilarejo onde morava se encontravam muitos mercenários estrangeiros, inclusive da América Latina.
Recentemente, os serviços secretos russos relataram que tinham realizado uma operação de evacuação de Martindale durante a libertação do povoado de Bogoyavlenka na República Popular de Donetsk (RPD).
Em uma entrevista exclusiva à Sputnik, Martindale disse que ouvia mercenários falando inglês e também soube que um norte-americano morto foi encontrado perto do local onde morava.

"Se falarmos de mercenários de outros países, posso dizer que alguns meses atrás havia cerca de 100 latino-americanos de países da América Central e do Sul – Colômbia, Bolívia, México – morando no meu vilarejo", informou.

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Contudo, segundo Martindale, nos EUA "ninguém ou muito poucos realmente apoiam" o fornecimento de ajuda militar e financeira às autoridades ucranianas.
"A opinião mais aproximada que já ouvi de pessoas nos Estados Unidos é que é um desperdício de dinheiro", disse ele quando perguntado sobre a opinião dos cidadãos comuns quanto às entregas de armas à Ucrânia.
Ele explicou que, do ponto de vista dos norte-americanos, a ajuda à Ucrânia deveria ser um investimento, que no futuro pudesse trazer algum retorno.
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Ainda assim, todo o dinheiro que o governo norte-americano aloca para a Ucrânia em armas e munição, de fato, acaba sendo gasto nos próprios EUA, uma vez que a maior parte do equipamento que o Ocidente fornece a Kiev é produzido por empresas norte-americanas.

"Mas, no final, ainda vai ser um desperdício de dinheiro, eles [cidadãos dos EUA] veem que a Ucrânia não está ganhando, então, mesmo que 'investir na Ucrânia' traga algum benefício temporário para a indústria americana, não vale a pena."

Os americanos, de acordo com Martindale, também entendem, de forma pragmática, que toda a ajuda à Ucrânia e todos os seus "investimentos" vão acabar por ficar para a Rússia.
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Porém, as elites dos Estados Unidos não têm interesse em mudar a ordem existente das coisas.
Às vésperas das eleições presidenciais dos EUA em 5 de novembro, Martindale disse que ambos os principais candidatos, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, têm o poder de parar o conflito ucraniano, mas não têm a intenção de fazê-lo.
"Qualquer candidato poderia fazer isso se quisesse. Como eu já disse, é apenas uma questão de fazer com que a América, com que o governo americano perceba que a guerra não é do seu interesse", concluiu.
Em 2 de novembro, Martindale deu uma entrevista coletiva em Moscou no centro de imprensa do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte.
Ali, ele contou honestamente sobre sua história, como chegou na Ucrânia, o que viu e como o conflito deve acabar.
As autoridades russas estão agora decidindo a questão de conceder-lhe asilo político e a cidadania russa.
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