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Exigências de Trump à OTAN podem levar ao colapso da Aliança Atlântica, alerta ex-comandante
Exigências de Trump à OTAN podem levar ao colapso da Aliança Atlântica, alerta ex-comandante
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Com a eleição de Donald Trump para seu segundo mandato como presidente, uma pergunta permaneceu no ar: Trump pretende tirar os EUA da OTAN? Enquanto... 07.11.2024, Sputnik Brasil
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Em um recente artigo publicado pela Bloomberg, James Stavridis, almirante aposentado da Marinha dos EUA e ex-comandante supremo aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), chamou atenção para o quanto Trump tentou pressionar os europeus a atingirem uma meta de gastar 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) com as Forças Armadas — muito em função dos desafios da época envolvendo Afeganistão, Iraque, terrorismo global, pirataria na costa da África e ataques cibernéticos. Em seu primeiro mandato, Trump foi explícito ao dizer que a Europa tinha que gastar mais em sua própria defesa. Sua mensagem ganhou alguma força, e os níveis de gastos com defesa começaram a aumentar. Após o início do conflito ucraniano, curiosamente a Europa Ocidental ampliou seus gastos com defesa significativamente. Hoje, a maioria dos 32 membros da aliança contribui com mais do que a meta de 2%. Alguns, como a Polônia, estão gastando mais em defesa com base no PIB do que os Estados Unidos. Apesar disso, não deve ser o suficiente para satisfazer Trump, afirma Stavridis. Ainda para o analista, deve haver um esforço para que os europeus assumam essencialmente o financiamento da Ucrânia uma vez que os EUA têm fornecido mais ajuda militar, mesmo com todo o gasto geral europeu que vai predominantemente para as corporações de defesa norte-americanas, criando empregos internamente e fortalecendo sua própria base industrial de defesa. Mas, Stavridis ainda acredita ser provável que a nova administração em Washington diga aos europeus: "É seu problema, resolvam isso." Enquanto Washington pressiona para que os gastos europeus com defesa sejam ampliados, ela ainda é coletivamente o segundo maior orçamento de defesa do mundo, à frente da China — que gasta cerca de 2% de seu PIB em defesa. E está aumentando sob os impulsos da pressão de Trump e da crise ucraniana. Os militares europeus também têm a vantagem de serem globalmente implantáveis. Isso pode ser vital no caso de um confronto dos EUA com a China, que vai poder contar com navios de guerra do Reino Unido, França, Países Baixos, Canadá e Alemanha ao lado dos do Japão, Coreia do Sul e Filipinas, ou ainda no caso de uma abertura forçada do mar Vermelho e o canal de Suez atualmente bloqueados pelos houthis, aponta o analista. Finalmente, mesmo que estes não são os últimos dias da OTAN, a aliança deve encarar um período desconfortável, enquanto os aliados europeus se reajustam às realidades de uma nova e cética administração em Washington.
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Exigências de Trump à OTAN podem levar ao colapso da Aliança Atlântica, alerta ex-comandante
06:01 07.11.2024 (atualizado: 06:21 07.11.2024) Com a eleição de Donald Trump para seu segundo mandato como presidente, uma pergunta permaneceu no ar: Trump pretende tirar os EUA da OTAN? Enquanto observadores apontam ser improvável que isto ocorra, os custos para esta manutenção serão caros.
Em um recente artigo
publicado pela Bloomberg, James Stavridis, almirante aposentado da Marinha dos EUA e ex-comandante supremo aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), chamou atenção para o quanto
Trump tentou pressionar os europeus
a atingirem uma meta de gastar 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) com as Forças Armadas — muito em função dos desafios da época envolvendo Afeganistão, Iraque, terrorismo global, pirataria na costa da África e ataques cibernéticos.
Em seu primeiro mandato, Trump foi explícito ao dizer que a
Europa tinha que gastar mais em sua própria defesa. Sua mensagem
ganhou alguma força, e os níveis de gastos com defesa começaram a aumentar.
Após o início do
conflito ucraniano, curiosamente a Europa Ocidental ampliou seus
gastos com defesa significativamente. Hoje, a maioria dos 32 membros da aliança
contribui com mais do que a meta de 2%. Alguns, como a Polônia, estão gastando mais em defesa com base no PIB do que os Estados Unidos. Apesar disso, não deve ser o suficiente para satisfazer Trump, afirma Stavridis.
"De fato, espere que um dos primeiros pedidos de Washington após a posse seja um aumento nos gastos com defesa europeus — e canadenses — para pelo menos 2,5% do PIB, e talvez até 3%. Os EUA gastam cerca de 3,5% de seu PIB em defesa e, portanto, uma meta de 3% pode parecer muito razoável para a nova equipe na Casa Branca", especula.
Ainda para o analista, deve haver um
esforço para que os europeus assumam essencialmente o financiamento da Ucrânia uma vez que os EUA têm fornecido
mais ajuda militar, mesmo com todo o gasto geral europeu que vai predominantemente para as corporações de defesa norte-americanas, criando empregos internamente e fortalecendo sua própria base industrial de defesa.
Mas, Stavridis ainda acredita ser provável que a nova administração em Washington diga aos europeus: "É seu problema, resolvam isso."
Enquanto Washington pressiona para que os gastos europeus com defesa sejam ampliados, ela ainda é coletivamente o
segundo maior orçamento de defesa do mundo, à frente da China — que gasta cerca de 2% de seu PIB em defesa. E está aumentando sob os impulsos da pressão de Trump e da
crise ucraniana.
Os militares europeus também têm a vantagem de serem
globalmente implantáveis. Isso pode ser
vital no caso de um confronto dos EUA com a China, que vai poder
contar com navios de guerra do Reino Unido, França, Países Baixos, Canadá e Alemanha ao lado dos do Japão, Coreia do Sul e Filipinas, ou ainda no caso de uma
abertura forçada do mar Vermelho e o canal de Suez atualmente bloqueados pelos houthis, aponta o analista.
"Os valores comuns da aliança são importantes. [...] Os europeus vieram, lutaram e morreram conosco no Afeganistão para enfrentar terroristas radicais", afirma Stavridis ao destacar que essas razões seriam responsáveis por unir os membros da Aliança Atlântica.
Finalmente, mesmo que estes não são os últimos dias da OTAN, a aliança deve encarar um
período desconfortável, enquanto os aliados europeus
se reajustam às realidades de uma nova e cética administração em Washington.
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