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Alexandre de Moraes vai ouvir Mauro Cid: omissão de plano golpista põe delação em xeque
Alexandre de Moraes vai ouvir Mauro Cid: omissão de plano golpista põe delação em xeque
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Nesta quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF) encerrou a lista de pessoas a serem indiciadas no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, com a... 21.11.2024, Sputnik Brasil
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, vai ouvir nesta quinta-feira o ex-ajudante-de-ordens do então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, no bojo das investigações da tentativa de golpe recentemente revelada pela PF que previa — com rigor de planejamento — a sua própria prisão e execução, além das execuções do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice-presidente Geraldo Alckmin. Em relatório enviado a Moraes, a PF aponta que Cid descumpriu os termos da delação, dificultando assim as investigações, apesar de a defesa do militar afirmar que não há razão para questionar a sua conduta, aponta a Folha de S.Paulo. Na terça-feira (19), a operação Contragolpe da PF prendeu cinco pessoas acusadas de tramarem o golpe: o general da reserva Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares. Segundo as investigações, o plano de golpe foi elaborado por Fernandes e discutido na residência do general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022. De acordo com as investigações, material sensível relacionado a um plano de execução das autoridades federais foi encontrado em aparelhos eletrônicos de Mauro Cid, o que coloca em xeque seu acordo de delação premiada, uma vez que o delator não pode omitir nenhuma informação. Para interlocutores do governo, Cid pode ter querido afastar qualquer suspeita do envolvimento de Bolsonaro no golpe de Estado. Ao ser ouvido pela PF, Cid negou aos investigadores que conhecia o plano. Mesmo com eventual anulação da delação, as provas e os depoimentos do militar seguiriam válidos, mas se ficar provado que ele tinha conhecimento do plano, o militar pode perder os benefícios obtidos no acordo. Cid deve ser ouvido pelo próprio Moraes, às 14h00, horário de Brasília, no STF em razão de "contradições" apontadas em seus depoimentos. O ex-ajudantes-de-ordens tem sido uma peça fundamental para as investigações que apuram acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Dentre as principais acusações estão os ataques ao sistema eleitoral e suposta tentativa de golpe em 2022, o caso das joias e a fraude na carteira de imunização. Ainda hoje, segundo apuração do G1, a PF deve entregar o relatório final do inquérito que vai indiciar diversas pessoas — cujos nomes devem permanecer em sigilo — por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
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Alexandre de Moraes vai ouvir Mauro Cid: omissão de plano golpista põe delação em xeque
10:38 21.11.2024 (atualizado: 10:39 21.11.2024) Nesta quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF) encerrou a lista de pessoas a serem indiciadas no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, com a execução de Lula e Alckmin, após as eleições de 2022. O tenente-coronel Mauro Cid será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, sobre possíveis omissões em sua delação premiada.
O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, vai ouvir nesta quinta-feira o ex-ajudante-de-ordens do então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, no bojo das investigações da
tentativa de golpe recentemente revelada pela PF que previa — com rigor de planejamento — a sua própria prisão e execução, além das execuções do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em relatório enviado a Moraes, a PF aponta que Cid descumpriu os termos da delação, dificultando assim as investigações, apesar de a
defesa do militar afirmar que não há razão para questionar a sua conduta,
aponta a Folha de S.Paulo.
Na terça-feira (19), a
operação Contragolpe da PF
prendeu cinco pessoas acusadas de tramarem o golpe: o general da reserva Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Segundo as investigações, o plano de golpe foi elaborado por Fernandes e
discutido na residência do
general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022.
De acordo com as investigações, material sensível relacionado a um plano de execução das autoridades federais
foi encontrado em aparelhos eletrônicos de Mauro Cid, o que coloca em xeque seu
acordo de delação premiada, uma vez que o delator não pode omitir nenhuma informação.
Para interlocutores do governo, Cid pode ter querido afastar qualquer suspeita do envolvimento de Bolsonaro no golpe de Estado.
Ao ser ouvido pela PF, Cid
negou aos investigadores que conhecia o plano. Mesmo com eventual anulação da delação,
as provas e os depoimentos do militar seguiriam válidos, mas se ficar provado que ele tinha conhecimento do plano, o militar pode perder os benefícios obtidos no acordo.
Cid deve ser ouvido pelo próprio Moraes, às 14h00, horário de Brasília, no STF em razão de "contradições" apontadas em seus depoimentos.
O ex-ajudantes-de-ordens tem sido uma
peça fundamental para as investigações que apuram acusações
contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Dentre as principais acusações estão os ataques ao sistema eleitoral e suposta tentativa de golpe em 2022, o caso das joias e a fraude na carteira de imunização.
Ainda hoje,
segundo apuração do G1, a PF deve entregar o relatório final do inquérito que
vai indiciar diversas pessoas — cujos nomes devem permanecer em sigilo — por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e
organização criminosa.
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