Sanções da China atingem empresas dos EUA após vendas de armas para Taiwan, diz mídia
13:16 02.01.2025 (atualizado: 14:33 02.01.2025)
© AP Photo / Kiichiro SatoBandeiras dos EUA e da China
© AP Photo / Kiichiro Sato
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A China sancionou dez empresas de defesa dos EUA nesta quinta-feira (2) devido à venda de armas para Taiwan, na segunda rodada de medidas em menos de uma semana contra empresas norte-americanas.
Segundo o Ministério do Comércio da China, várias subsidiárias da Lockheed Martin, General Dynamics e Raytheon que "participaram da venda de armas para Taiwan" foram adicionadas à "Lista de Entidades Não Confiáveis" por Pequim.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), ao todo, a China proibiu a exportação de produtos de dupla utilização para 28 empresas de defesa dos EUA, uma medida retaliatória em função do comércio de armas entre Washington e Taipé — uma atividade condenada por Pequim, pois considera Taiwan parte inalienável de seu território nacional em conformidade com o princípio de Uma Só China, princípio ao qual os EUA aderiram.
A General Dynamics, a Lockheed Martin Corporation e a Boeing Defence, Space & Security foram adicionadas "para salvaguardar a segurança e os interesses nacionais e cumprir as obrigações internacionais como a não proliferação" de armas, disse o ministério segundo a apuração.
Ainda no dia 27 de dezembro, a China anunciou sanções a sete empresas militares-industriais dos EUA, incluindo a subsidiária da Boeing Insitu, também relacionada à assistência militar norte-americana, cuja última venda foi de US$ 571,3 milhões (cerca de R$ 3,5 bilhões) a Taiwan.
De acordo com Pequim, tais movimentos "interferem nos assuntos internos da China e minam a soberania e a integridade territorial da China", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês em uma coletiva de imprensa no dia 27 de dezembro.