China acusa UE de dificultar o comércio e o investimento em carros elétricos, diz mídia
12:59 09.01.2025 (atualizado: 14:23 09.01.2025)
© Foto / Marcelo Camargo/Agência BrasilVeículos elétricos e híbridos expostos no evento "Anfavea: Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil”, em 14 de junho de 2023
© Foto / Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Nesta quinta-feira (9), o Ministério do Comércio da China concluiu sua investigação sobre o Regulamento de Subsídios Estrangeiros da União Europeia (UE), destacando a "implementação seletiva" do bloco.
O inquérito da China, iniciado em julho de 2024, depois que a UE começou a examinar os subsídios chineses para a fabricação de veículos elétricos (VEs), concluiu nesta quinta-feira que o bloco europeu fez uma "implementação seletiva" visando uma disputa comercial que se não for resolvida bilateralmente pode acabar resultando em "outras medidas apropriadas".
Pequim e Bruxelas estão em meio a uma disputa comercial em que a UE impôs tarifas de até 45% sobre VEs de fabricação chinesa alegando que os chineses teriam dado vantagens competitivas em forma de subsídios de maneira injusta às suas indústrias.
Segundo a Bloomberg, a China afirmou que a investigação europeia foi enviesada, levando o Ministério do Comércio chinês a entender que "os produtos chineses estão sendo tratados de forma mais desfavorável no processo de exportação para a UE do que produtos de países terceiros".
Ao instituir o Regulamento de Subsídios Estrangeiros, Bruxelas se concedeu o poder de vetar subsídios que considere capazes de distorcer os mercados europeus, o que aos olhos de alguns observadores funciona como uma ferramenta para justificar o protecionismo europeu diante da carência de financiamentos que sua indústria tem enfrentado. Para além disso, os reguladores podem emitir multas, suspender licitações ou bloquear aquisições estatais imediatamente.
Ainda em 2024, a UE usou o regulamento para conduzir diligências a escritórios de fornecedores chineses de equipamentos de segurança Nuctech na Polônia e nos Países Baixos, na expectativa de encontrar evidências de que Pequim tivesse favorecido a empresa.