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Forças Armadas da Venezuela recusam pedido de intervenção militar do ex-presidente colombiano Uribe

© AP Photo / Yuri CortezSoldados das forças especiais do exército venezuelano gritam slogans enquanto marcham durante um desfile de ensaio no âmbito das comemorações do Dia da Independência, em Fuerte Tiuna, Caracas, em 3 de julho de 2021
Soldados das forças especiais do exército venezuelano gritam slogans enquanto marcham durante um desfile de ensaio no âmbito das comemorações do Dia da Independência, em Fuerte Tiuna, Caracas, em 3 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 13.01.2025
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As Forças Armadas da Venezuela rejeitaram nesta segunda-feira (13) o pedido feito pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) de apoiar uma intervenção militar internacional contra o país caribenho. Uribe apoia o opositor Edmundo González, que foi derrotado nas urnas pelo presidente Nicolás Maduro.

"Em estrito cumprimento às funções que lhe são atribuídas constitucionalmente, de garantir a independência e a soberania da nação e assegurar a integridade do espaço geográfico, manifesta seu mais firme e categórico repúdio às pérfidas declarações de Álvaro Uribe Vélez, nas quais o covarde personagem, aliado do narco-paramilitarismo colombiano, ousou pedir uma intervenção militar internacional para derrubar o governo legítimo do cidadão Nicolás Maduro Moros", afirma o comunicado divulgado pelo Exército.

Durante visita à fronteira entre Colômbia e Venezuela, Uribe solicitou uma intervenção internacional, avalizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), para "remover esses tiranos do poder e convocar imediatamente eleições livres".
Sobre as declarações, a instituição militar considerou que convocar uma guerra na América Latina é um ato "aberrante".
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"Promover a guerra na América Latina, que há séculos não sofre as atrocidades de um conflito bélico e foi declarada zona de paz, é um ato de insana aberração que só pode ocorrer a uma mente maligna, desprovida de princípios ético-morais", destaca o texto.

Além disso, as Forças Armadas afirmaram que não hesitarão em enfrentar, combater e neutralizar qualquer ameaça ou corpo armado para preservar a paz e a integridade do território nacional.
No último sábado (11), Maduro classificou Uribe como "narcotraficante, assassino e covarde" após o pedido de intervenção contra a Venezuela.
A solicitação do ex-presidente colombiano foi feita um dia após Maduro assumir o cargo para um terceiro mandato consecutivo, em meio à tensão causada pela possibilidade de o ex-candidato opositor Edmundo González retornar à Venezuela para se autoproclamar chefe de Estado, como havia prometido.
A Venezuela realizou eleições em 28 de julho, nas quais Maduro obteve 51,95% dos votos, seguido pelo opositor Edmundo González, com 43,18%, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Já a oposição divulgou supostas atas que indicariam a vitória de González na disputa.
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