Mídia: apesar da pressão de mercado, exportações da China aceleram e importações se recuperam
© AP Photo / Stephen B. MortonEm Savannah, no estado norte-americano da Geórgia, navio de contêineres aparece carregado no porto local, em 29 de setembro de 2021
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Protecionismo, sanções vistas como injustificadas por Pequim e a proximidade de um novo governo Trump têm pressionado a China, que apesar disso, o país apresentou crescimento nas exportações em dezembro e recuperação nas importações, fechando o ano com uma nota positiva.
De acordo com dados alfandegários compilados pela Reuters, as remessas de saída em dezembro aumentaram 10,7% na relação ano a ano, enquanto as importações apresentaram um crescimento de 1,0%, o desempenho mais forte desde julho de 2024, contrariando expectativas e declínio.
Com o retorno de Donald Trump à Casa Branca na próxima semana, as expectativas de uma guerra comercial ainda mais acentuada são grandes, uma vez que o futuro, mas já conhecido, presidente prometeu ampliar as tarifas sobre produtos chineses.
Mesmo diante de tantos desafios, o superávit comercial da China cresceu para US$ 104,8 bilhões (mais de R$ 647,1 bilhões) em dezembro, uma demonstração clara de que as medidas adotadas pelo governo ajudaram a estabilizar o mercado chinês. Ao mesmo tempo, a atividade fabril permaneceu em expansão modesta pelo terceiro mês consecutivo, enquanto os serviços e a construção se recuperaram também no mês passado.
De acordo com autoridades chinesas, a meta de crescimento de 5% deve permanecer como resultado de um alívio na política monetária e a adoção de uma política fiscal mais proativa neste ano, na busca de estimular uma demanda doméstica para compensar as pressões externas vindas dos EUA e da União Europeia (UE), que elevou as tarifas sobre veículos elétricos (VEs) em até 45,3%.
Enquanto o Ocidente segue para uma batalha comercial difícil contra Pequim, que possui um grau de competitividade muito elevado em comparação com os setores industriais europeu e norte-americano, a China já declarou que responderá à altura e institucionalmente, uma má notícia para países que sem uma base industrial sustentável, necessitam em grande medida das exportações chinesas.