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Analistas: apesar de Milei, Brasil e China se consolidam como principais parceiros da Argentina
Analistas: apesar de Milei, Brasil e China se consolidam como principais parceiros da Argentina
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Em 2024, China e Brasil lideraram o comércio com a Argentina, que fechou o ano com superávit recorde na balança comercial devido à queda nas importações em... 22.01.2025, Sputnik Brasil
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Em 2024, a Argentina alcançou um forte superávit de US$ 18,9 bilhões (cerca de R$ 113,8 bilhões) na balança comercial, constituindo o segundo maior em 16 anos em valores constantes (e um recorde histórico em termos nominais). Além do vai e vem nas relações diplomáticas, Buenos Aires finalmente consolidou seus estreitos laços econômicos com o Brasil e a China, imunes às diferenças entre seus líderes. Além de impulsionar as exportações, Vaca Muerta — uma das maiores reservas de petróleo e gás de xisto do mundo — foi fundamental na redução das importações: o fornecimento interno de gás e combustíveis fez com que as compras desses recursos do exterior despencassem em 50%. Por outro lado, a recessão fez o seu efeito. O colapso do consumo interno — consequência do brutal ajuste implementado pelo governo de Javier Milei — fez com que a indústria argentina deixasse de demandar bens intermediários e de capital, cujas importações caíram quase 20% em cada caso. Se 2024 mostrou alguma coisa, é que os laços econômicos entre os países transcendem as preferências pessoais de seus líderes. Embora Milei tenha desqualificado Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping em diversas ocasiões, Brasil e China se consolidaram como os dois principais parceiros comerciais da Argentina. No primeiro caso, o câmbio atingiu US$ 28 bilhões (cerca de R$ 168,6 bilhões), sendo o principal destino de exportação e importação. Por sua vez, Pequim foi o segundo destino dos produtos argentinos, mas o primeiro em termos de importações. Os Estados Unidos permaneceram em terceiro lugar, com comércio equivalente a US$ 12,6 bilhões (mais de R$ 75,8 bilhões) de dólares. Aliança à prova de queixas "O Brasil e a China são estruturalmente os principais parceiros da Argentina, cuja relevância ultrapassa o valor concreto do comércio. Por exemplo: embora o comércio com o Brasil seja deficitário, grande parte do nosso emprego bem remunerado é explicado pelas exportações para o seu vizinho. Um dano a esse relacionamento seria muito custoso para nós", disse o economista argentino Francisco Cantamutto à Sputnik. O inevitável vínculo estratégico entre Buenos Aires e seus dois maiores parceiros parece quase intransponível. Em entrevista à Sputnik, o analista internacional Rodrigo Ventura de Marco explicou que, "apesar do fato de que a conduta diplomática tem sido muito errática no último ano, os laços econômicos nunca foram rompidos. Isso destaca a importância de abandonar as vendas ideológicas para enfrentar o comércio". "Argentina e China têm interesses comuns, como a questão das Malvinas e Taiwan. Por sua vez, o Brasil pode ser a ponta de lança dos interesses argentinos, como hidrocarbonetos ou entrada no BRICS em algum momento", disse o pesquisador. Fator Trump O posicionamento geopolítico professado pelo governo Milei é indissociável das diretrizes do novo presidente dos EUA, Donald Trump, a quem o argentino se refere para desenvolver sua "batalha cultural" contra o progressismo em nível global. No entanto, os esperados laços de amizade entre os dois governos não levam necessariamente ao aumento do comércio bilateral. Questionado sobre isso, Cantamutto concordou com a leitura do especialista. Segundo o economista, "os Estados Unidos não têm tantos bens que podemos exportar como temos para outros países. Além disso, Washington está ficando para trás no desenvolvimento tecnológico em comunicações e serviços, o que pode levar Pequim a relegá-lo ainda mais".
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Analistas: apesar de Milei, Brasil e China se consolidam como principais parceiros da Argentina
Em 2024, China e Brasil lideraram o comércio com a Argentina, que fechou o ano com superávit recorde na balança comercial devido à queda nas importações em meio à recessão e ao boom de Vaca Muerta. "É essencial promover o comércio apesar das diferenças ideológicas", disse um especialista à Sputnik.