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Ameaças comerciais de Trump podem sair pela culatra para China, afirmam analistas
Ameaças comerciais de Trump podem sair pela culatra para China, afirmam analistas
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As ameaças de sanções e tarifas dos EUA podem ter o efeito oposto e levar os países a negociar mais com a China e o BRICS, disseram os analistas Marcelo Robba... 28.01.2025, Sputnik Brasil
2025-01-28T06:02-0300
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Embora Washington e Bogotá tenham encerrado o incidente desencadeado pela deportação de migrantes sem documentos, a ameaça de tarifas de 25% — com probabilidade de subir para 50% nos dias seguintes — levantada pelo governo Trump colocou a economia colombiana em alerta. O especialista alertou que a implementação de tarifas pelos EUA ou uma medida espelho pela Colômbia geraria um impacto inflacionário, afetando as famílias colombianas devido ao aumento dos custos dos produtos. Méndez destacou que ações protecionistas prejudicam não apenas a Colômbia, mas também muitos países latino-americanos vulneráveis a choques externos, e sugeriu que as economias da região deveriam pensar em um futuro como bloco comercial para responder a esses desafios. Os problemas no comércio com os EUA podem levar a Colômbia a fortalecer sua relação com a China, que se tornou um parceiro-chave nos últimos anos. A China ocupa o segundo lugar em exportações e o primeiro em importações para a Colômbia, mostrando sua importância crescente no comércio colombiano. Méndez acredita que a Colômbia deve continuar buscando acordos com a China, especialmente considerando a transição do país asiático para uma economia focada em tecnologia avançada e inteligência artificial. Essa transformação pode favorecer o aumento das exportações de produtos de valor agregado da Colômbia. China e o BRICS, um horizonte mais seguro Consultado pela Sputnik, o especialista argentino em Negócios Internacionais, Marcelo Robba, destacou que as medidas ameaçadas por Trump podem ter um impacto diferente do esperado pelo governo dos EUA. Robba explicou que esse fenômeno já ocorreu durante o primeiro mandato de Donald Trump, quando países afetados por medidas protecionistas recorreram à China para substituir o mercado norte-americano. Ele também mencionou que a Rússia aumentou seu comércio com a China após as sanções dos EUA devido ao conflito na Ucrânia. À medida que os países sancionados se afastam do mercado dos EUA, a China está aproveitando a situação. Pequim impôs tarifas zero ao comércio com vários países africanos em 2024 e está disposta a reduzir tarifas com todos os países latino-americanos. Atualmente, quatro países latino-americanos têm um Acordo de Livre Comércio com a China, que se tornou o maior parceiro comercial da maioria dos países da região, superando os EUA. No entanto, Robba destacou a dificuldade de assinar acordos de livre comércio com potências como Brasil ou Argentina. Robba afirmou que, diante de um governo Trump com políticas comerciais disruptivas, tanto o mercado chinês quanto o BRICS parecem ser parceiros mais seguros para os países latino-americanos. Méndez acrescentou que o BRICS deve coordenar-se com economias emergentes para desenvolver tratados comerciais mais justos, considerando as dificuldades produtivas da região.
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Ameaças comerciais de Trump podem sair pela culatra para China, afirmam analistas
06:02 28.01.2025 (atualizado: 06:15 28.01.2025) As ameaças de sanções e tarifas dos EUA podem ter o efeito oposto e levar os países a negociar mais com a China e o BRICS, disseram os analistas Marcelo Robba e Christian Méndez à Sputnik. Os especialistas destacaram que Pequim soube "aproveitar" esse fenômeno para aumentar suas relações com a América Latina e a África.
Embora Washington e Bogotá tenham
encerrado o incidente desencadeado pela deportação de migrantes sem documentos, a ameaça de tarifas de 25% — com
probabilidade de subir para 50% nos dias seguintes — levantada pelo governo Trump colocou a economia colombiana em alerta.
"Os EUA são de fato um parceiro-chave para a Colômbia em termos de exportações e tal medida teria um impacto particular em setores como petróleo, café e flores. Seria um golpe para a economia", disse o economista colombiano Christian Méndez à Sputnik.
O especialista alertou que a implementação de tarifas pelos EUA ou uma medida espelho pela Colômbia
geraria um impacto inflacionário, afetando as famílias colombianas devido ao aumento dos custos dos produtos. Méndez destacou que ações protecionistas prejudicam não apenas a Colômbia, mas também
muitos países latino-americanos vulneráveis a choques externos, e sugeriu que as economias da região deveriam pensar em um futuro como bloco comercial para responder a esses desafios.
Os problemas no comércio com os EUA podem levar a Colômbia a
fortalecer sua relação com a China, que se tornou um parceiro-chave nos últimos anos. A China ocupa o
segundo lugar em exportações e o primeiro em importações para a Colômbia, mostrando sua importância crescente no comércio colombiano.
Méndez acredita que a Colômbia deve
continuar buscando acordos com a China, especialmente considerando a transição do país asiático para uma economia focada em tecnologia avançada e inteligência artificial. Essa transformação
pode favorecer o aumento das exportações de produtos de valor agregado da Colômbia.
China e o BRICS, um horizonte mais seguro
Consultado pela Sputnik, o especialista argentino em Negócios Internacionais, Marcelo Robba, destacou que as
medidas ameaçadas por Trump podem
ter um impacto diferente do esperado pelo governo dos EUA.
"A história mostra que todas as medidas de Trump visando sancionar, impor tarifas ou se distanciar dos espaços multilaterais fazem com que os países sancionados sintam a necessidade de se aproximar da China", explicou o especialista.
Robba explicou que esse fenômeno já ocorreu durante o primeiro mandato de Donald Trump, quando países afetados por
medidas protecionistas recorreram à China para substituir o mercado norte-americano. Ele
também mencionou que a Rússia aumentou seu comércio com a China após as sanções dos EUA devido ao conflito na Ucrânia.
À medida que os países sancionados se afastam do mercado dos EUA, a China está aproveitando a situação. Pequim impôs tarifas zero ao comércio com vários países africanos em 2024 e está disposta a reduzir tarifas com todos os países latino-americanos.
Atualmente, quatro países latino-americanos têm um Acordo de Livre Comércio com a China, que se tornou o
maior parceiro comercial da maioria dos países da região, superando os EUA. No entanto, Robba destacou a
dificuldade de assinar acordos de livre comércio com potências como Brasil ou Argentina.
Robba afirmou que, diante de um governo Trump com
políticas comerciais disruptivas, tanto o mercado chinês quanto o BRICS
parecem ser parceiros mais seguros para os países latino-americanos. Méndez acrescentou que o BRICS deve coordenar-se com economias emergentes para desenvolver tratados comerciais mais justos, considerando as dificuldades produtivas da região.
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