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Plano de Trump para Gaza guarda muitas armadilhas e não resolve o futuro do enclave, diz mídia
Plano de Trump para Gaza guarda muitas armadilhas e não resolve o futuro do enclave, diz mídia
Sputnik Brasil
A proposta do presidente Trump de "possuir" Gaza e transferir sua população para outro lugar gerou uma forte condenação da comunidade internacional, mas tem o... 06.02.2025, Sputnik Brasil
2025-02-06T12:20-0300
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Segundo um artigo do The New York Times, o presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu o mundo com sua declaração de que os Estados Unidos "possuiriam" Gaza e transfeririam os palestinos de lá para construir "a riviera do Oriente Médio". Apesar de irreal, sua proposta taxada de "fora da caixa" lança luz para uma questão urgente, que é o futuro de Gaza. Gérard Araud, ex-embaixador francês em Washington, destacou o dilema da proposta de Trump para Gaza, que foi recebida com descrença e oposição, e questionou o que fazer com dois milhões de civis em um campo de ruínas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, evitou a questão sobre quem governará Gaza após o conflito, pois, segundo a mídia, se manifestar sobre essa questão prejudicaria sua coalizão de governo. A proposta de Trump, embora impraticável, pode forçar uma reconsideração de posições de longa data sobre como resolver o problema do enclave palestino. Ao sugerir a realocação forçada de dois milhões de palestinos de Gaza para países como Egito e Jordânia, que se opõem à medida, o presidente norte-americano chamou a atenção para como o mundo árabe precisa se sentar à mesa. Trump, no entanto, não discutiu o problema do Hamas, o grupo militante palestino que atacou Tel Aviv dando início à guerra desproporcional de Israel em Gaza. Israel, que declarou que não encerraria sua operação a menos que destruísse completamente o Hamas, falhou em seu objetivo e esse ponto pode ameaçar o cessar-fogo vigente uma vez que existem membros de sua coalizão que querem a continuação da guerra. Trump deixou claro que não quer que a luta recomece, mas não tem resposta sobre como desalojar o Hamas de Gaza — lugar de onde o grupo não pretende sair sem lutar. A ideia de tropas norte-americanas lutando em Gaza parece implausível, dado o desejo de Trump de retirar tropas de outros conflitos. Michael Milshtein, analista israelense ouvido pela apuração, disse que nenhum país ou líder árabe está disposto a aceitar palestinos de Gaza e que a proposta de Trump ameaça a estabilidade da Jordânia e do Egito, aliados cruciais no Oriente Médio. Christoph Heusgen, ex-embaixador alemão, lembrou que Jared Kushner sugeriu reassentar moradores de Gaza em Israel, mas os países árabes recusam a transferência populacional. A única alternativa seria a força militar, o que seria definitivamente genocídio. Trump tem usado sua velha estratégia de negociação imobiliária que o fez um empresário e showman de sucesso, e sua declaração pode ter tentado definir uma posição favorável para iniciar negociações mais amplas. No entanto, há ceticismo sobre a capacidade de Washington de construir um Estado no Oriente Médio após fracassos anteriores que, quando associados à declaração da Casa Branca de que não há dinheiro destinado para a reconstrução de Gaza e que desconsideram a Autoridade Palestina, produzem caos e ruídos perigosos para o futuro da população palestina.
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Plano de Trump para Gaza guarda muitas armadilhas e não resolve o futuro do enclave, diz mídia
12:20 06.02.2025 (atualizado: 17:09 06.02.2025) A proposta do presidente Trump de "possuir" Gaza e transferir sua população para outro lugar gerou uma forte condenação da comunidade internacional, mas tem o potencial de perturbar um paradigma diplomático assumido como "cansado" por alguns analistas.
Segundo um
artigo do The New York Times, o
presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu o mundo com sua declaração de que os Estados Unidos
"possuiriam" Gaza e transfeririam os palestinos de lá para construir "a riviera do Oriente Médio". Apesar de irreal, sua proposta taxada de "fora da caixa" lança luz para uma questão urgente, que é o futuro de Gaza.
Gérard Araud, ex-embaixador francês em Washington, destacou o dilema da proposta de Trump para Gaza, que
foi recebida com descrença e oposição, e
questionou o que fazer com dois milhões de civis em um campo de ruínas.
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
evitou a questão sobre quem governará Gaza após o conflito, pois, segundo a mídia, se manifestar sobre essa questão prejudicaria sua coalizão de governo.
A proposta de Trump, embora impraticável, pode forçar uma reconsideração de posições de longa data sobre como resolver o problema do enclave palestino. Ao sugerir a realocação forçada de
dois milhões de palestinos de Gaza para países como Egito e Jordânia, que se opõem à medida, o presidente norte-americano
chamou a atenção para como o mundo árabe precisa se sentar à mesa.
Trump, no entanto, não discutiu o problema do Hamas, o
grupo militante palestino que atacou Tel Aviv dando início à guerra desproporcional de Israel em Gaza. Israel, que
declarou que não encerraria sua operação a menos que destruísse completamente o Hamas, falhou em seu objetivo e esse ponto pode ameaçar o cessar-fogo vigente uma vez que existem membros de sua coalizão que querem a continuação da guerra.
Trump deixou claro que não quer que a
luta recomece, mas não tem resposta sobre como desalojar o Hamas de Gaza —
lugar de onde o grupo não pretende sair sem lutar. A ideia de tropas norte-americanas lutando em Gaza parece implausível, dado o desejo de Trump de retirar tropas de
outros conflitos.
Michael Milshtein, analista israelense ouvido pela apuração, disse que nenhum país ou líder árabe está disposto a aceitar palestinos de Gaza e que a proposta de Trump
ameaça a estabilidade da Jordânia e do Egito,
aliados cruciais no Oriente Médio.
Christoph Heusgen, ex-embaixador alemão, lembrou que Jared Kushner sugeriu reassentar moradores de Gaza em Israel, mas os países árabes recusam a transferência populacional. A única alternativa seria a força militar, o que seria definitivamente genocídio.
Trump tem usado sua
velha estratégia de negociação imobiliária que o fez um empresário e showman de sucesso, e sua declaração pode ter tentado definir uma posição favorável para iniciar negociações mais amplas. No entanto,
há ceticismo sobre a capacidade de Washington de construir um Estado no Oriente Médio após fracassos anteriores que, quando associados à declaração da Casa Branca de que não há dinheiro destinado para a reconstrução de Gaza e que desconsideram a Autoridade Palestina, produzem caos e ruídos perigosos para o
futuro da população palestina.
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