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Especialista: saída da Argentina da OMS 'aprofunda deterioração na relação com países importantes'
Especialista: saída da Argentina da OMS 'aprofunda deterioração na relação com países importantes'
Sputnik Brasil
Após fortes críticas às recomendações de saúde durante a pandemia de COVID-19, o presidente Javier Milei confirmou que a Argentina seguirá o caminho traçado... 06.02.2025, Sputnik Brasil
2025-02-06T07:44-0300
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O forte alinhamento de Javier Milei com Donald Trump só se aprofunda. Em uma nova reviravolta na história diplomática argentina, o presidente libertário imitou seu colega norte-americano ao anunciar que o país do sul abandonará definitivamente a Organização Mundial da Saúde (OMS). O impacto do anúncio vai além da esfera da saúde. O ataque de Milei ao multilateralismo teve um dos seus episódios mais acalorados durante o discurso do presidente na 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), quando ele se referiu à Organização das Nações Unidas (ONU) como um "leviatã de vários tentáculos" responsável pela disseminação de ideias socialistas. Dessa forma, o presidente argentino apenas aprofunda a direção tomada em seu último discurso no Fórum Econômico Mundial, em 23 de janeiro, quando atacou o "vírus mental da ideologia woke" que, a seu ver, "colonizou as instituições mais importantes do mundo", como o próprio encontro de Davos. 'Não é uma política de reivindicação' O especialista qualificou a justificativa do governo como algo diferente de "uma política de reivindicação soberana, mas de seguimento direto da Casa Branca". "Uma coisa é os Estados Unidos fazerem isso e outra é a Argentina fazer isso, o que não tem nem de longe o mesmo peso", esclareceu o pesquisador. 'Medida puramente ideológica' Fabián Puratich, médico clínico que atuou como subsecretário de Atenção Primária no Ministério da Saúde da Argentina entre 2022 e 2023, alertou em entrevista à Sputnik que "o país tem muito a perder com essa decisão, cuja justificativa não tem nada a ver com a realidade. A OMS não obriga nenhum país a implementar nenhuma política, mas simplesmente emite recomendações". Puratich destacou que, além de EUA e Argentina, há apenas três países que não fazem parte da OMS, mas classificou a medida argentina como puramente ideológica, mostrando que "saúde não é mais importante para o governo". Juntos, mas isolados? A saída da OMS não é a única iniciativa em que o governo argentino poderia imitar os Estados Unidos de Donald Trump. O governo Milei está até considerando romper com o Acordo de Paris, que busca mitigar os efeitos das mudanças climáticas, disse o porta-voz oficial, reconhecendo que "estamos avaliando isso". Segundo o analista, a renúncia à OMS "aprofunda a erosão das relações com países muito relevantes, que historicamente apoiaram a Argentina em momentos-chave, como a reivindicação contra o Reino Unido pela soberania sobre as Ilhas Malvinas, por exemplo".
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Especialista: saída da Argentina da OMS 'aprofunda deterioração na relação com países importantes'
07:44 06.02.2025 (atualizado: 08:53 06.02.2025) Após fortes críticas às recomendações de saúde durante a pandemia de COVID-19, o presidente Javier Milei confirmou que a Argentina seguirá o caminho traçado por Donald Trump e deixará a OMS. "O maior custo é o crescente isolamento da Argentina por razões estritamente ideológicas", disse um especialista à Sputnik.