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Javier Milei pode ser investigado por apoio a criptomoeda utilizada em golpe financeiro
Javier Milei pode ser investigado por apoio a criptomoeda utilizada em golpe financeiro
Sputnik Brasil
Parlamentares argentinos estão se movimentando para abrir um processo de impeachment contra o presidente Javier Milei após o ultraliberal promover em suas... 15.02.2025, Sputnik Brasil
2025-02-15T21:17-0300
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Na noite sexta-feira (14), Milei usou suas redes sociais para demonstrar seu apoio a um projeto de criptomoeda que prometia "incentivar o crescimento da economia argentina financiando pequenas empresas e empreendimentos argentinos", o "Viva La Libertad Project".Poucas horas depois, o presidente voltou a afirmar, dessa vez ao portal financeiro Bloomberg Línea, que apoiava o projeto. A matéria no portal foi subsequente atualizada para refletir os desenvolvimentos.O empreendimento tinha como base a criptomoeda $LIBRA na blockchain Solana. Com o endosso de Milei, a moeda rapidamente se valorizou ultrapassando a cotação de US$ 5. Rapidamente, no entanto, o peso da moeda veio abaixo em um golpe financeiro conhecido e muito praticado no mercado de criptoativos, o Rug Pull, no qual o valor de um ativo é inflado para que grandes detentores possam lucrar com a venda.Especialistas em finanças digitais apontam que 70 a 80% do estoque de $LIBRA estava nas mãos de poucos indivíduos, com apenas um indivíduo possuindo cerca de 50% de todas as $LIBRA existentes. Com a alta demanda trazida por Milei, eles aproveitaram para vender toda suas carteiras, levando o preço a centavos de dólar. A capitalização de mercado da moeda chegou a quase US$ 4 bilhões nas quatro horas entre o anúncio e o golpe, com uma movimentação equivalente a US$ 1,5 bilhões. O esquema viu 44 mil pessoas, em sua grande maioria argentinos, perderem pelo menos US$ 87 milhões. Na internet, há videos de influenciadores digitais demonstrando sua fúria contra Milei por terem caído no golpe.Na madrugada de sexta para sábado, o presidente da Argentina publicou em suas redes sociais que não possuía vínculo com o projeto e que não conhecia os "pormenores do projeto e, assim que me inteirei, decidi não continuar difundindo-o". Milei apagou a publicação anterior na qual endossava o projeto libertário.Estranhamente, Julian Pe, CEO da KIP Protocol, empresa por trás do Viva La Libertad, se reuniu com Milei em outubro do ano passado na Casa Rosada, sede do governo argentino, na ocasião do Tech Forum LATAM.Em resposta a todo imbróglio financeiro, opositores de Milei, como o advogado Juan Grabois afirmou que o presidente violou o artigo 265 do Código Penal da Argentina.Diversos deputados e senadores de diferentes blocos, como Esteban Paulon do Partido Socialista, German Martinez do União pela Pátria, José Mayans do Frente para Todos, estudam apresentar um pedido de impeachment contra o presidente, informa o portal Parlamentario.apresentou um pedido de impeachment na Câmara de Deputados. É esperado que outros deputados juntem suas assinaturas no pedido ou encaminhem seus próprios pedidos.O senador da União Cívica Radical (UCR, centro), Martín Lousteau, lembrou que é a segunda vez que, enquanto funcionário público, Milei "anuncia ativos do mundo das criptomoedas que acabam sendo uma fraude".Losteau faz menção a um caso de 2021 quando Milei, na época deputado, promoveu a plataforma CoinX que propagandeava rendimentos de 8% ao mês. Hoje a empresa é investigada por fraude.Já Maximiliano Ferraro, deputado da Coalizão Cívica (CC, centro) afirmou que o Congresso argentino "deveria criar uma comissão especial de investigação" para "esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades"Em suas redes, o ministro da Economia Luis Caputo defendeu Milei afirmando que ele foi "o melhor que aconteceu ao país em 100 anos".
https://noticiabrasil.net.br/20250204/milei-quer-provar-subordinacao-a-trump-mas-eua-dificilmente-substituiriam-o-brasil-dizem-analistas-38385079.html
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américas, javier milei, economia, argentina, união cívica radical (ucr), partido socialista, golpe
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Javier Milei pode ser investigado por apoio a criptomoeda utilizada em golpe financeiro
Parlamentares argentinos estão se movimentando para abrir um processo de impeachment contra o presidente Javier Milei após o ultraliberal promover em suas redes sociais a criptomoeda $LIBRA.
Na noite sexta-feira (14), Milei usou suas redes sociais para demonstrar seu apoio a um
projeto de criptomoeda que prometia
"incentivar o crescimento da economia argentina financiando pequenas empresas e empreendimentos argentinos", o "Viva La Libertad Project".
Poucas horas depois, o presidente voltou a
afirmar, dessa vez
ao portal financeiro Bloomberg Línea, que apoiava o projeto. A matéria no portal foi subsequente
atualizada para refletir os desenvolvimentos.
O empreendimento tinha como base a criptomoeda $LIBRA na blockchain Solana. Com o endosso de Milei, a moeda rapidamente se valorizou ultrapassando a cotação de US$ 5. Rapidamente, no entanto, o peso da moeda veio abaixo em um golpe financeiro conhecido e muito praticado no mercado de criptoativos, o Rug Pull, no qual o valor de um ativo é inflado para que grandes detentores possam lucrar com a venda.
Especialistas em finanças digitais apontam que
70 a 80% do estoque de $LIBRA estava nas mãos de poucos indivíduos, com apenas um indivíduo possuindo cerca de 50% de todas as $LIBRA existentes. Com a alta demanda trazida por Milei, eles aproveitaram
para vender toda suas carteiras, levando o preço a centavos de dólar.
A capitalização de mercado da moeda chegou a quase US$ 4 bilhões nas quatro horas entre o anúncio e o golpe, com uma movimentação equivalente a US$ 1,5 bilhões. O esquema viu 44 mil pessoas, em sua grande maioria argentinos, perderem pelo menos US$ 87 milhões.
Na internet, há videos de influenciadores digitais demonstrando sua fúria contra Milei por terem caído no golpe.
Na madrugada de sexta para sábado, o presidente da Argentina publicou em suas redes sociais que não possuía vínculo com o projeto e que não conhecia os "pormenores do projeto e, assim que me inteirei, decidi não continuar difundindo-o". Milei apagou a publicação anterior na qual endossava o projeto libertário.
Estranhamente, Julian Pe, CEO da KIP Protocol, empresa por trás do Viva La Libertad, se reuniu com Milei em outubro do ano passado na Casa Rosada, sede do governo argentino, na ocasião do Tech Forum LATAM.
Em resposta a todo imbróglio financeiro, opositores de Milei, como o advogado Juan Grabois afirmou que o presidente violou o artigo 265 do Código Penal da Argentina.
ART. 265. Será punido com reclusão ou prisão de um (1) a seis (6) anos e inabilitação especial perpétua, o funcionário público que, diretamente, por pessoa interposta ou por ato simulado, se interessar com o objetivo de um benefício próprio ou de um terceiro, em qualquer contrato ou operação em que intervenha em razão do seu cargo.
Diversos deputados e senadores de diferentes blocos, como Esteban Paulon do Partido Socialista, German Martinez do União pela Pátria,
José Mayans do Frente para Todos, estudam apresentar um pedido de impeachment contra o presidente,
informa o portal Parlamentario.
apresentou um pedido de impeachment na Câmara de Deputados. É esperado que outros deputados juntem suas assinaturas no pedido ou encaminhem seus próprios pedidos.
O senador da União Cívica Radical (UCR, centro),
Martín Lousteau,
lembrou que é a segunda vez que, enquanto funcionário público, Milei "anuncia ativos do mundo das criptomoedas que acabam sendo uma fraude".
Losteau faz menção a um caso de 2021 quando Milei, na época deputado, promoveu a plataforma CoinX que propagandeava rendimentos de 8% ao mês. Hoje a empresa é investigada por fraude.
Já
Maximiliano Ferraro, deputado da Coalizão Cívica (CC, centro)
afirmou que o Congresso argentino "deveria criar uma comissão especial de investigação" para "esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades"
Em suas redes, o
ministro da Economia Luis Caputo defendeu Milei afirmando que ele foi "o melhor que aconteceu ao país em 100 anos".
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