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Aproximação dos EUA com Rússia expõe fadiga com o 'fardo financeiro' gerado com o conflito (VÍDEOS)
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O conflito na Ucrânia, que já dura quase três anos, tem gerado impactos globais significativos, mas um novo cenário de diplomacia começa a se desenhar com a... 18.02.2025, Sputnik Brasil
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Esse movimento, marcado por uma nova rodada de negociações de alto nível, pode representar o caminho para o fim das hostilidades no Leste Europeu e a recuperação das relações bilaterais entre as duas potências.Nesta terça-feira (18), a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, afirmou que a reunião entre Sergei Lavrov e Marco Rubio deliberou a criação de um mecanismo de consulta de alto nível para estabelecer um fim negociado para o conflito na Ucrânia."Nomear as respectivas equipes de alto nível para começar a trabalhar em um caminho para acabar com o conflito na Ucrânia o mais rápido possível de uma forma que seja duradoura, sustentável e aceitável para todos os lados", disse Bruce após a reunião.A crescente intervenção dos EUA no conflito, com mais de US$ 250 bilhões em apoio, tem sido crucial para a continuidade das hostilidades, mas agora surgem novos questionamentos."Os Estados Unidos estão começando a perceber que a continuidade da guerra no Leste Europeu não é estratégica, e sim um fardo financeiro", afirma Bezerra. "Trump, ao se aproximar da Rússia, está demonstrando sua intenção de focar na guerra geopolítica com a China, um terreno que ele vê como mais relevante".A nova equipe de negociação visa desatar o impasse que perdura desde 2022, com os EUA e a Rússia buscando "identificar posições minimamente aceitáveis para ambos os lados", de forma a criar condições para uma solução diplomática. "Os EUA são o principal financiador da Ucrânia e, sem o apoio financeiro dos americanos, a Ucrânia não tem capacidade de continuar o conflito por muito mais tempo", explica o analista.Passo para a pazA esta agência, Maria Raquel Nunes Serrão, doutoranda em economia política internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pontuou que a primeira reunião de alto nível entre EUA e Rússia desde o início do conflito é um significativo passo de Moscou e Washington para normalizar as relações bilaterais e discutir uma solução diplomática para o conflito ucraniano.Segundo Serrão, o mecanismo de consulta de alto nível estabelece um canal de comunicação direto e estruturado entre os países, evitando mal-entendidos e tensões, o que tende a agilizar as negociações "fundamentais para casos de conflitos prolongados como o da Ucrânia, onde a rapidez para encontrar solução pode salvar vidas".Em sua análise, a economista internacional avalia que a reunião de alto nível entre Rubio e Lavrov serve para "preparar o terreno" para uma futura cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin.Nomeação de embaixadoresOutro passo importante neste processo é a nomeação de novos embaixadores em Moscou e Washington, uma tentativa de "remover os obstáculos às relações bilaterais" que surgiram durante a administração de Joe Biden, como destacou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.A influência da diplomacia bilateral também começa a afetar a postura da Ucrânia."A resistência de [Vladimir] Zelensky e da elite política ucraniana em negociar com a Rússia pode ser minada por esses esforços diplomáticos entre os EUA e a Rússia", afirma Bezerra. A ideia de um acordo de paz, que antes parecia distante, agora se torna uma possibilidade mais real."O fato de russos e americanos estarem sentados à mesa pode criar um cenário de pressão dentro da Ucrânia, forçando Zelensky a reconsiderar suas posições e admitir a possibilidade de um cessar-fogo.""É um grande passo em direção à normalização das relações diplomáticas, o que pode ter um efeito positivo mais amplo nas relações bilaterais e na estabilidade internacional. Além disso, a presença de embaixadores em ambas as capitais facilita a comunicação direta, contínua e imediata entre os governos, o que é crucial para evitar ruídos de comunicação e para a rápida resolução de crises", analisou Serrão.
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Aproximação dos EUA com Rússia expõe fadiga com o 'fardo financeiro' gerado com o conflito (VÍDEOS)
19:57 18.02.2025 (atualizado: 23:03 18.02.2025) Especiais
O conflito na Ucrânia, que já dura quase três anos, tem gerado impactos globais significativos, mas um novo cenário de diplomacia começa a se desenhar com a recente aproximação entre Estados Unidos e Rússia.
Esse movimento, marcado por uma nova rodada de negociações de alto nível, pode representar o caminho para o fim das hostilidades no Leste Europeu e a recuperação das relações bilaterais entre as duas potências.
Nesta terça-feira (18), a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, afirmou que a reunião entre Sergei Lavrov e Marco Rubio
deliberou a criação de um mecanismo de consulta de alto nível para estabelecer um
fim negociado para o conflito na Ucrânia.
"Nomear as respectivas equipes de alto nível para começar a trabalhar em um caminho para acabar com o
conflito na Ucrânia o mais rápido possível de uma forma que seja duradoura, sustentável e aceitável para todos os lados", disse Bruce após a reunião.
De acordo com Valdir Bezerra, especialista em relações internacionais, um dos principais objetivos da equipe de alto nível formada entre os dois países é "aproximar essa rodada de negociações, que desde a metade de 2022 estava travada pela ajuda ocidental e militar à Ucrânia".
A crescente intervenção dos EUA no conflito, com mais de US$ 250 bilhões em apoio, tem sido crucial para a continuidade das hostilidades, mas agora surgem novos questionamentos.
"Os Estados Unidos estão começando a perceber que a continuidade da guerra no Leste Europeu não é estratégica, e sim um fardo financeiro", afirma Bezerra. "Trump, ao se aproximar da Rússia, está demonstrando sua intenção de focar na guerra geopolítica com a China, um terreno que ele vê como mais relevante".
A nova equipe de negociação visa desatar o impasse que perdura desde 2022, com os EUA e a Rússia buscando "identificar posições minimamente aceitáveis para ambos os lados", de forma a criar condições para uma solução diplomática. "Os EUA são o principal financiador da Ucrânia e, sem o apoio financeiro dos americanos, a Ucrânia não tem capacidade de continuar o conflito por muito mais tempo", explica o analista.
A esta agência, Maria Raquel Nunes Serrão, doutoranda em economia política internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pontuou que a primeira reunião de alto nível entre EUA e Rússia desde o início do conflito é um significativo passo de Moscou e Washington para normalizar as relações bilaterais e discutir uma solução diplomática para o conflito ucraniano.
"É bem provável que este 'descongelamento' das relações entre russos e americanos se deva à recente mudança de governo nos EUA. A criação de um mecanismo de consulta de alto nível proporciona um ambiente estruturado e eficaz para a negociação, aumentando as chances de se alcançar uma solução pacífica e duradoura para o conflito na Ucrânia", vaticinou.
Segundo Serrão, o mecanismo de consulta de alto nível estabelece um canal de comunicação direto e estruturado entre os países, evitando mal-entendidos e tensões, o que tende a agilizar as negociações "fundamentais para casos de conflitos prolongados como o da Ucrânia, onde a rapidez para encontrar solução pode salvar vidas".
Em sua análise, a economista internacional avalia que a reunião de alto nível entre Rubio e Lavrov serve para "preparar o terreno" para uma futura cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin.
Outro passo importante neste processo é a nomeação de novos embaixadores em Moscou e Washington, uma tentativa de "remover os obstáculos às relações bilaterais" que surgiram durante a administração de Joe Biden, como destacou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
"Esse movimento busca normalizar as relações que foram interrompidas pela administração Biden, que optou por isolar a Rússia após o início do conflito", observa Valdir Bezerra. Para ele, a aproximação de Trump visa reintegrar a Rússia aos contatos com o Ocidente coletivo.
A influência da diplomacia bilateral também começa a afetar a postura da Ucrânia.
"A resistência de [Vladimir] Zelensky e da elite política ucraniana em negociar com a Rússia pode ser minada por esses esforços diplomáticos entre os EUA e a Rússia", afirma Bezerra. A ideia de um acordo de paz, que antes parecia distante, agora se torna
uma possibilidade mais real.
"O fato de russos e americanos estarem sentados à mesa pode criar um cenário de pressão dentro da Ucrânia, forçando Zelensky a reconsiderar suas posições e admitir a possibilidade de um cessar-fogo."
"É um grande passo em direção à normalização das relações diplomáticas, o que pode ter um efeito positivo mais amplo nas relações bilaterais e na estabilidade internacional. Além disso, a presença de embaixadores em ambas as capitais facilita a comunicação direta, contínua e imediata entre os governos, o que é crucial para evitar ruídos de comunicação e para a rápida resolução de crises", analisou Serrão.
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