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Tropas brasileiras de paz na Ucrânia: ação 'pouco viável' devido a contexto interno, avalia analista
Tropas brasileiras de paz na Ucrânia: ação 'pouco viável' devido a contexto interno, avalia analista
Sputnik Brasil
O anúncio de que Brasil e China podem enviar tropas para a Ucrânia como forças de paz após o fim do conflito com a Rússia, divulgado pela revista The... 19.02.2025, Sputnik Brasil
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De acordo com a matéria publicada na segunda-feira (17), autoridades norte-americanas consideram, entre outras opções, o envio de tropas estrangeiras para a Ucrânia, citando como exemplos Brasil e China.Com as negociações avançando entre EUA e Rússia e a possibilidade de um cessar-fogo mostrar-se cada vez mais viável, analistas ouvidos pela Sputnik Brasil avaliam que a participação brasileira e chinesa seria muito positiva para o fim definitivo do conflito.Para o professor do curso de Geografia da Universidade do Estado de Mato Grosso, Vinicius Modolo Teixeira, a proposta dos EUA tem como principal objetivo tirar o peso da Europa dessa mediação. O analista militar e autor do livro "Guerra na Ucrânia: análises e perspectivas", Rodolfo Laterza, também concorda que a participação de países do Sul Global tem muito a contribuir nesse processo de paz."Ambas nações possuem alinhamento diplomático com a Rússia e Ucrânia, o que permite maior equilíbrio nas mediações e equidistância ideológica ou de adesões a blocos de poder antagônicos. Isso facilita interlocuções e mediações".No caso do Brasil, a experiência em missões de paz como Haiti, sul do Líbano, na República Democrática do Congo e nos Bálcãs e as relações diplomáticas neutras com Rússia e Ucrânia viabilizam o país diplomática e geopoliticamente a enviar tropas de paz, pontuaram os entrevistados:O analista também destacou que o envio e sucesso da missão representariam para o Brasil demonstração de importância na resolução pacífica de conflitos e mediação cooperativa, além de maior reconhecimento em canais multilaterais de soluções para problemas mundiais.Teixeira também enfatizou que enviar tropas em missão de paz europeias seria "colocar exércitos europeus dentro da Ucrânia, coisa que a Rússia já declarou, seria um chamado para a guerra do continente, então seria um problema usar tropas europeias".Entretanto, o professor de geografia considera que o momento político atual brasileiro não favorece o envio de homens das Forças Armadas ao outro país, apesar de ser positivo no cenário político internacional, com o Brasil ganhando visibilidade.Além disso, Teixeira lembrou que a experiência brasileira no Haiti foi muito criticada, sobretudo por envolver militares que estão ou na carreira política, ou se envolveram em questões ligadas à tentativa de golpe no Brasil.
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Tropas brasileiras de paz na Ucrânia: ação 'pouco viável' devido a contexto interno, avalia analista
09:00 19.02.2025 (atualizado: 09:39 19.02.2025) Especiais
O anúncio de que Brasil e China podem enviar tropas para a Ucrânia como forças de paz após o fim do conflito com a Rússia, divulgado pela revista The Economist, não foi confirmado por nenhum dos dois países citados.
De acordo com a matéria publicada na segunda-feira (17), autoridades norte-americanas consideram, entre outras opções, o envio de tropas estrangeiras para a Ucrânia,
citando como exemplos Brasil e China.Com as negociações avançando entre EUA e Rússia e a
possibilidade de um cessar-fogo mostrar-se cada vez mais viável, analistas
ouvidos pela Sputnik Brasil avaliam que a participação brasileira e chinesa seria muito positiva para o fim definitivo do conflito.
Para o professor do curso de Geografia da Universidade do Estado de Mato Grosso,
Vinicius Modolo Teixeira, a proposta dos EUA tem como principal objetivo tirar o
peso da Europa dessa mediação.
"Você estaria transferindo para países de fora do continente a responsabilidade pela manutenção de uma força de paz. Em tese, tentaria colocar países que seriam mais neutros, mesmo que o Brasil e China tenham uma proximidade muito maior com a Rússia, elas são parte do BRICS e, de certa maneira, tenham até apoiado as questões russas durante o conflito, muito mais a China, até com o envio de equipamento", comentou ele.
O analista militar e autor do livro "Guerra na Ucrânia: análises e perspectivas", Rodolfo Laterza, também concorda que a participação de países do Sul Global tem muito a contribuir nesse processo de paz.
"Ambas nações possuem alinhamento diplomático com a Rússia e Ucrânia, o que permite maior equilíbrio nas mediações e equidistância ideológica ou de adesões a blocos de poder antagônicos. Isso facilita interlocuções e mediações".
No caso do Brasil, a experiência em missões de paz como Haiti, sul do Líbano, na
República Democrática do Congo e nos Bálcãs e as relações diplomáticas neutras com Rússia e Ucrânia viabilizam o país diplomática e geopoliticamente a enviar tropas de paz, pontuaram os entrevistados:
O analista também destacou que o envio e sucesso da missão representariam para o Brasil demonstração de importância na resolução pacífica de conflitos e mediação cooperativa, além de maior reconhecimento em canais multilaterais de soluções para problemas mundiais.
"Ao contrário de países europeus como França e Reino Unido, que por fornecerem equipamentos militares e assistência direta à Ucrânia, são partes diretamente envolvidas", acrescentou Laterza.
Teixeira também enfatizou que enviar tropas em
missão de paz europeias seria "colocar exércitos europeus dentro da Ucrânia, coisa que a Rússia já declarou, seria um chamado para a guerra do continente, então seria um problema usar tropas europeias".
Entretanto, o professor de geografia considera que o momento político atual brasileiro não favorece o envio de homens das Forças Armadas ao outro país, apesar de ser positivo no cenário político internacional, com o Brasil ganhando visibilidade.
"Fazer um chamamento da população para apoiar isso, não seria algo viável do sentido político nesse momento, ainda mais com o governo passando certas dificuldades, não seria como justificar um gasto militar [...] você tem um mercado cada vez mais cercando o governo para que corte gastos, corte com o orçamento do Estado e, ao mesmo tempo, que você tem uma inflação de alimentos e disparo de mensagens e fake news sobre a inflação e corrosão dos nossos padrões de consumo", opinou ele.
Além disso, Teixeira lembrou que a experiência brasileira no Haiti foi muito criticada, sobretudo por envolver militares que estão ou na carreira política, ou se envolveram em questões ligadas à tentativa de golpe no Brasil.
"Internamente eu vejo um cenário bastante complicado para que justifique isso, mais uma vez, questões econômicas e políticas internas são complicadas e também o peso da missão de paz no Haiti e o cenário que isso gerou anos depois com o governo Bolsonaro e tentativos de golpe que foram feitos por generais que participaram efetivamente da missão no Haiti".
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