Síria exige que tropas israelenses deixem territórios ocupados e critica 'declarações provocativas'
00:32 26.02.2025 (atualizado: 05:57 26.02.2025)
© AP Photo / Matias DelacroixSoldados israelenses com a bandeira nacional em um veículo blindado após cruzarem a cerca de segurança perto da chamada Linha Alfa que separa as Colinas de Golã controladas por Israel da Síria, na cidade de Majdal Shams, 12 de dezembro de 2024.

© AP Photo / Matias Delacroix
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A Síria condenou nesta terça-feira (25) as recentes declarações do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que exigiu a desmilitarização no sul do país e que as Forças de Defesa de Israel (FDI) deixem imediatamente os territórios ocupados na região.
No último domingo (23), Netanyahu afirmou que Israel não permitiria que as Forças Armadas do novo governo sírio estivessem na região sul do país e exigiu a desmilitarização.
"Condenamos veementemente a intervenção israelense no território sírio, que constitui uma violação flagrante da soberania do Estado sírio. Exigimos a retirada imediata e incondicional, rejeitamos as declarações provocativas do primeiro-ministro israelense e conclamamos a comunidade internacional e as organizações regionais a assumirem sua responsabilidade perante o povo sírio, bem como a pressionarem Israel para que cesse sua agressão e violações", afirma a declaração final da primeira conferência de diálogo nacional realizada em Damasco.
O documento também destacou a necessidade de concentrar todas as armas do país nas mãos do Estado, criar um Exército profissional e reconhecer como ilegais quaisquer formações armadas fora das instituições oficiais.
A declaração contém 18 pontos, incluindo a preservação da unidade da Síria, sua soberania em todo o território e a rejeição de qualquer forma de fragmentação, divisão ou cessão de parte do território nacional.
O texto também defende a adoção de uma Constituição temporária no país, além da criação de um comitê para elaborar um texto final que garanta o equilíbrio de poderes e afirme os valores de justiça, liberdade e igualdade.