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Hamas aprova plano da Liga Árabe para reconstrução da Faixa de Gaza

© AP Photo / Abdel Kareem HanaPalestinos sentam-se em uma grande mesa cercada pelos escombros de casas e prédios destruídos enquanto se reúnem para o iftar, a refeição de quebra do jejum, no primeiro dia do Ramadã em Rafah, sul da Faixa de Gaza, sábado, 1º de março de 2025.
Palestinos sentam-se em uma grande mesa cercada pelos escombros de casas e prédios destruídos enquanto se reúnem para o iftar, a refeição de quebra do jejum, no primeiro dia do Ramadã em Rafah, sul da Faixa de Gaza, sábado, 1º de março de 2025. - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2025
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O movimento palestino Hamas disse que saúda o plano de reconstrução da Faixa de Gaza adotado em uma cúpula de emergência da Liga dos Estados Árabes nesta terça-feira (4).
Mais cedo, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, informou que os participantes do encontro de emergência da Liga Árabe sobre a questão palestina haviam aprovado o plano de reconstrução da Faixa de Gaza.
"Saudamos a aprovação do plano de reconstrução de Gaza, conforme endossado na declaração final da cúpula da Liga Árabe, e pedimos que todos os componentes necessários sejam fornecidos para seu sucesso", disse o Hamas em um comunicado.
O movimento também pediu aos países árabes que obriguem Israel a implementar os termos do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
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O texto prevê a permanência do povo palestino em suas terras. O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, afirmou que a declaração final dos países apela ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que envie forças internacionais para a manutenção da paz na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
A declaração também pede que sejam feitas eleições nos territórios da Palestina da Faixa de Gaza e da Cisjordânia dentro de um ano. Eleições estavam marcadas para acontecer em 2021, mas foram impedidas por Israel, que proibiu a realização do pleito em Jerusalém Oriental, que, de acordo com a resolução da ONU, deve se tornar a capital do Estado palestino.
Segundo Gheit, a Liga Árabe também pede a formação de um comitê técnico para governar a Faixa de Gaza durante o período de transição, que durará seis meses. Segundo ele, esse comitê deve incluir pessoas que não sejam membros das várias facções palestinas.
Em resposta à declaração final da cúpula, o Ministério das Relações Exteriores de Israel descreveu o texto como distante da realidade.
"A declaração emitida na Cúpula de Emergência da Cúpula Árabe Extraordinária não aborda as realidades da situação após 7 de outubro de 2023, permanecendo enraizada em perspectivas ultrapassadas [...] A declaração continua a depender da Autoridade Palestina e da UNRWA — ambas demonstraram repetidamente corrupção, apoio ao terrorismo e fracasso na resolução do problema."
A cúpula também foi marcada pela primeira participação do presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, anteriormente conhecido Abu Mohammad al-Julani. Em sua fala, o líder sírio afirmou que os Estados árabes precisam ajudar a Síria a parar as invasões de Israel à soberania do país.
Ele também disse que Damasco continua a manter as condições do acordo de separação de forças de 1974 assinado entre Israel e Síria. Enquanto isso, as ações de Israel dentro da Síria são uma ameaça à segurança de toda a região.
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Presente na reunião, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, endossou fortemente a "iniciativa liderada pelos árabes" para reconstruir Gaza e apoiou uma liderança única, através da Autoridade Palestina, para gerir os territórios da Palestina.
Um reunião da Liga Árabe de caráter emergencial foi convocada no Cairo quando o cessar-fogo de 42 dias, que marca a primeira fase de uma trégua entre Israel e o Hamas, expirou.
O caráter urgente do encontro também se deu devido a declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que os estadunidenses "assumiriam o controle" de Gaza e seriam responsáveis ​​pelos esforços de reconstrução na região.
Em 15 de janeiro, o governo israelense e o movimento palestino Hamas concordaram com um cessar-fogo de 42 dias com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos. A trégua entrou em vigor em 19 de janeiro.
O acordo consiste em três fases, mas Israel se recusou a implementar a segunda, que exige uma retirada militar completa da Faixa de Gaza. Em vez disso, a nação hebraica propõe estender a primeira fase, que inclui a libertação dos 59 reféns restantes (24 deles vivos) em troca da libertação de prisioneiros palestinos.
O Hamas rejeita essa proposta e exige passar diretamente para a segunda fase, o que levou Israel a suspender a entrada de ajuda humanitária no enclave no último domingo (2).
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