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Trump diz que acredita na intenção de Putin de alcançar a paz no conflito ucraniano

© AP PhotoDonald Trump durante coletiva no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C. EUA, 7 de março de 2025
Donald Trump durante coletiva no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C. EUA, 7 de março de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 07.03.2025
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Em coletiva, presidente dos EUA diz que sempre teve uma boa relação com Vladimir Putin e afirma que, se o conflito ucraniano não for resolvido logo, pode resultar na Terceira Guerra Mundial.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (7) que acredita na intenção do presidente russo, Vladimir Putin, de alcançar a paz no conflito ucraniano.
A declaração de Trump foi dada em uma coletiva à imprensa para anunciar a retomada da indústria dos EUA, na qual também respondeu a perguntas de jornalistas. A coletiva não estava prevista na agenda do líder estadunidense, sendo incluída meia hora antes do anúncio.
Questionado sobre as negociações de paz para o conflito ucraniano, Trump afirmou que acredita na intenção de Putin de alcançar a paz e que "lidar com a Ucrânia é mais difícil do que lidar com a Rússia".
"Estou achando mais difícil, francamente, lidar com a Ucrânia. Em termos de chegar a um acordo final, pode ser mais fácil chegar a um acordo com a Rússia. O que é surpreendente, porque eles [russos] têm todas as cartas", afirmou Trump aos repórteres.
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Ele afirmou que sempre teve boas relações com Putin e que não acredita que o presidente russo esteja tentando tirar proveito da situação.
"Ele [Putin] é mais generoso do que deveria ser, e isso é bom", disse o presidente norte-americano.
Em contraponto, Trump afirmou que, ao contrário dele, "os europeus não têm ideia de como acabar com o conflito", que ele afirmou que precisa ser resolvido logo.
"Tudo isso pode acabar na Terceira Guerra Mundial se não resolvermos isso", afirmou.
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Ele acrescentou que o envio de mais apoio à Ucrânia dependerá da prontidão de Kiev para as negociações de paz, mas frisou que pretende parar com os gastos enviados ao país, afirmando que seu antecessor no cargo, Joe Biden, distribuiu dinheiro a Kiev "como se fosse água".

"Gostaria de ver se conseguimos parar esses enormes pagamentos dos EUA [a Kiev]. Biden desperdiçou dinheiro como água", disse Trump.

Na próxima semana, uma delegação dos EUA se reunirá com autoridades ucranianas na Arábia Saudita para retomar as negociações sobre um acordo de minerais e trabalhar para estabelecer um cessar-fogo.
Mais cedo, em um post na plataforma Truth Social, Trump afirmou que estava considerando a possibilidade de introduzir sanções adicionais contra a Rússia até que um acordo de paz com a Ucrânia seja alcançado.

"Com base no fato de que a Rússia está atacando fortemente a Ucrânia no campo de batalha neste exato momento, estou considerando seriamente aplicar sanções financeiras e tarifas em larga escala à Rússia até que um cessar-fogo e um acordo definitivo de paz sejam alcançados", escreveu Trump.

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Após a postagem, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, afirmou em entrevista à Fox News que "Trump tem uma lista completa de opções de sanções e tarifas" passíveis de serem aplicadas e "está fortemente convencido de que é preciso levar todos à mesa de negociações".

"Podemos fazer isso com cenouras, podemos fazer isso com porretes. Ele [Trump] negocia com todos e tem uma lista inteira de sanções e tarifas possíveis que pode usar para forçar as partes a concordarem", disse Hassett.

Durante uma reunião com membros permanentes do Conselho de Segurança da Rússia em janeiro, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que o objetivo de resolver o conflito na Ucrânia deveria ser uma paz de longo prazo, não um breve cessar-fogo e uma trégua para reagrupar e rearmar forças, com o objetivo de posteriormente continuar o conflito. Segundo ele, as autoridades russas continuarão a lutar pelos interesses do povo russo, e esse é o significado da operação especial. A paz na Ucrânia, observou Putin, deve ser baseada no "respeito pelos interesses legítimos de todas as pessoas, de todas as nações que vivem nesta região".
Em junho de 2024, Putin apresentou prerrogativas para resolver o conflito na Ucrânia: Moscou cessaria fogo imediatamente e declararia sua prontidão para negociações após a retirada das tropas ucranianas do território das novas regiões da Rússia. Além disso, o líder russo acrescentou que Kiev deve declarar renúncia às suas intenções de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), deve realizar a desmilitarização e a desnazificação e também aceitar um status neutro, não alinhado e não nuclear. Putin também mencionou nesse contexto a suspensão das sanções contra a Rússia.
Moscou também afirmou repetidamente que a Rússia suportará a pressão das sanções que o Ocidente começou a impor ao país há vários anos e que continuam a se intensificar. Moscou observou que o Ocidente não tem coragem de admitir o fracasso das sanções anti-Rússia. Nos próprios países ocidentais, foram expressas mais de uma vez opiniões de que as sanções são ineficazes. Putin observou que a política de contenção e enfraquecimento da Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente e que as sanções desferiram um golpe sério em toda a economia global.
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