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China inicia construção de plataforma submarina a 2 mil metros de profundidade

© flickr.com / Divulgação / Marinha dos Estados Unidos / Adam WintersConstrutor instalando armadura de aço ao redor do cabo do fundo do mar em 100 pés de profundidade no Pacific Missile Range Facility (PMRF) Barking Sands, Kauai, Havaí, 14 de agosto de 2013
Construtor instalando armadura de aço ao redor do cabo do fundo do mar em 100 pés de profundidade no Pacific Missile Range Facility (PMRF) Barking Sands, Kauai, Havaí, 14 de agosto de 2013 - Sputnik Brasil, 1920, 22.03.2025
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A China iniciou em março a construção de uma plataforma submarina de pesquisa a mais de 2 mil metros abaixo da superfície do mar para explorar ambientes marinhos extremos e desenvolver recursos oceânicos sustentáveis, de acordo com a imprensa estatal do país, China Daily.
A Instalação de Pesquisa do Ecossistema de Exsudações Frias (Cold-seep Ecosystem) está sendo desenvolvida na província de Guangdong pelo Instituto de Oceanologia Mar do Sul da China que pertence à Academia Chinesa de Ciências. A previsão é de que esteja concluída em cinco anos.
O local fica na Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a plataforma terá acesso aberto para colaboração internacional, segundo os coordenadores da iniciativa, em moldes similares aos da Estação Espacial Internacional.
O projeto combinará um laboratório submarino no fundo do oceano com sistemas avançados de simulação em terra para permitir estudos de longo prazo e de alta precisão sobre "ecossistemas de exsudações frias": comunidades biológicas únicas que prosperam na escuridão e sob pressão extrema, onde metano e outros produtos químicos vazam do leito marinho.

"As exsudações frias guardam chaves para entender o ciclo do carbono da Terra, a vida em ambientes extremos e a extração segura de recursos como hidratos de metano", disse Li Chaolun, o líder do projeto, ao jornal.

Esses ecossistemas, frequentemente chamados de "oásis do fundo do mar", abrigam espécies como vermes tubulares, moluscos e corais raros que dependem de energia química em vez de luz solar.
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O centro de pesquisa se concentrará em três desafios principais, de acordo com a reportagem: como os ecossistemas de exsudações frias evoluem, como os organismos se adaptam a condições extremas e como o metano — um potente gás de efeito estufa — interage com os ambientes marinhos.
Os cientistas esperam que as descobertas sejam úteis para políticas climáticas e o desenvolvimento de energia em águas profundas de forma ambientalmente amigável, disse Li.
"Isso não é apenas sobre ciência — é sobre transformar descobertas em avanços industriais", disse Li, destacando possíveis progressos em biotecnologia marinha e extração de hidratos de metano.
A instalação também testará tecnologias para habitação humana prolongada em ambientes de águas profundas, com possíveis aplicações em mineração submarina, engenharia e monitoramento ecológico.
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