https://noticiabrasil.net.br/20250327/brasil-tem-parceria-estrategica-com-paises-do-brics-contra-a-fome-diz-ministro-a-sputnik--38978187.html
Brasil tem 'parceria estratégica com países do BRICS' contra a fome, diz ministro à Sputnik
Brasil tem 'parceria estratégica com países do BRICS' contra a fome, diz ministro à Sputnik
Sputnik Brasil
Em entrevista ao podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Sputnik Brasil, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, destaca a troca de experiências do... 27.03.2025, Sputnik Brasil
2025-03-27T18:50-0300
2025-03-27T18:50-0300
2025-03-27T18:50-0300
notícias do brasil
brasil
américas
wellington dias
luiz inácio lula da silva
jair bolsonaro
áfrica do sul
china
brics
sputnik brasil
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/03/1b/38978657_0:188:3072:1916_1920x0_80_0_0_a013b057bc507d0a3b41f346d9cf5fb9.jpg.webp
Neste ano o Brasil sediará dois grandes eventos internacionais: a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro, em Belém, e a Cúpula do BRICS, prevista para julho, no Rio de Janeiro.Em entrevista ao podcast Jabuticaba sem Caroço, da Sputnik Brasil, o ministro Wellington Dias, que comanda o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, falou sobre os desafios para ambos os eventos e como o multilateralismo contribui para a agenda brasileira.Dias afirma que o Brasil tem uma parceria estratégica com países do BRICS que precede a atual presidência brasileira do grupo neste ano, vindo desde a criação do BRICS. Ele cita como exemplo a presidência brasileira do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como banco do BRICS, e parcerias com a China, uma das potências do BRICS na área social.Dias destaca que, a cada dez anos, a China conseguiu retirar 200 milhões de pessoas da situação de fome e pobreza, e hoje já são 600 milhões de chineses que migraram para a classe média, o que coloca o país em uma situação "não só de crescimento econômico, mas de grande estabilidade".Ele acrescenta que também há parcerias com a África do Sul, principalmente na área da agricultura e alimentação escolar.Ele acrescenta que também haverá troca de experiências na área tecnológica para garantir o abastecimento de água."Provavelmente, ali na região do Vale do São Francisco, garantir que se possa conhecer sobre o 'cisternão', que é um modelo de cisterna que faz captação de água de chuva e, do outro lado, sustenta a produção no período não chuvoso, com o uso de energia solar, com formas simples de manutenção, garantindo assim que países da África e também as várias regiões do Brasil possam ter condição de cooperação. Estamos abertos a cooperar com a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], a cooperar com outras áreas do setor público e do setor privado, com o apoio da ABC, da nossa Agência Brasileira de Cooperação, e o MDS [Ministro do Desenvolvimento Social] com outros ministérios. Somos parte aqui dessas cooperações", afirma o ministro.O ministro destaca a importância do multilateralismo para o combate à fome e afirma que um grande passo nesse contexto foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, liderada pelo Brasil durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, com a adesão de 171 países.Dias acrescenta que essa troca de experiências permite bons resultados, com a vantagem de que entram vários países, e também organismos internacionais, bancos internacionais, setores da academia e sociais, o setor empresarial e os próprios legislativos, o que permite menos tensão e melhores resultados.Sobre a COP30, o ministro chama atenção para discussões sobre mitigação e adaptação às mudanças climáticas, e afirma que o Brasil tem muitas propostas nesse sentido que têm despertado o interesse de outros países.Ele acrescenta que também há programas de apoio aos pequenos agricultores para que não só possam dominar a capacidade de produção, mas também de comercialização, de agregação de valor em uma perspectiva de, ao se organizar em cooperativas, substituir o equivalente a uma média ou grande empresa e, com isso, ganhar inclusive o mercado internacional.Dias afirma que, no Ministério do Desenvolvimento Social, a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), lançada em fevereiro de 2023, vem trabalhando na descentralização da produção de alimentos para garantir o abastecimento em cada região.O ministro afirma que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne um time de líderes em uma aliança de centro-esquerda, que tem o claro objetivo de colocar o Brasil entre os dez países mais desenvolvidos do mundo."Veja que o Brasil, nos dois primeiros mandatos do presidente Lula e no mandato também da presidenta Dilma, alcançou a sétima maior economia do mundo. O que aconteceu de desmantelamento de várias políticas no governo do presidente [Jair] Bolsonaro? O Brasil foi decaído e chegamos à 12ª maior economia do mundo. O presidente Lula, ao voltar, retoma as várias políticas econômicas, sociais, integradas com o mundo, e o resultado é que já fechamos 2024 na décima posição entre as dez maiores economias do mundo."Ele afirma ainda que, nesse contexto de crescimento econômico, muitas pessoas estão migrando para a classe média, por isso outro caminho buscado é ampliar a renda desse segmento da sociedade. Segundo ele, esse é o objetivo do projeto do governo para ampliar a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês."O projeto que o presidente Lula encaminhou ao Congresso, liderado pelo ministro [da Fazenda] Fernando Haddad, terá um efeito extraordinário, e ele tem uma engenharia que seguramente traz muita justiça social. Somos um país desigual. Por que desigual? Os extremamente mais ricos, os milionários, por exemplo, ele está pegando 140 mil pessoas que têm uma renda de um milhão de reais por mês para mais e pessoas que, na análise do Ministério da Fazenda, têm ali um pagamento de impostos de 2%, e muitos deles não pagam nada", afirma.Ele cita, em contraponto, professores que trabalham no setor público e privado que ganham R$ 5 mil reais e pagam 10% de IR descontado no contracheque já no pagamento do salário.
https://noticiabrasil.net.br/20250307/analise-com-eventual-ausencia-dos-eua-parceria-com-china-sera-grande-cartada-do-brasil-na-cop-30-38769678.html
brasil
áfrica do sul
china
belém
rio de janeiro
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/03/1b/38978657_0:0:2732:2048_1920x0_80_0_0_70f31c7d475ed8320aae51c3cc681fc1.jpg.webpSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
brasil, américas, wellington dias, luiz inácio lula da silva, jair bolsonaro, áfrica do sul, china, brics, sputnik brasil, onu, congresso nacional, ministério do desenvolvimento social e agrário (mds), brics: organização do futuro, conferência das nações unidas sobre as mudanças climáticas de 2025 (cop30), belém, rio de janeiro, g20, podcast, jabuticaba sem caroço, exclusiva
brasil, américas, wellington dias, luiz inácio lula da silva, jair bolsonaro, áfrica do sul, china, brics, sputnik brasil, onu, congresso nacional, ministério do desenvolvimento social e agrário (mds), brics: organização do futuro, conferência das nações unidas sobre as mudanças climáticas de 2025 (cop30), belém, rio de janeiro, g20, podcast, jabuticaba sem caroço, exclusiva
Brasil tem 'parceria estratégica com países do BRICS' contra a fome, diz ministro à Sputnik
Especiais
Em entrevista ao podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Sputnik Brasil, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, destaca a troca de experiências do Brasil com a China para retirar pessoas da pobreza e levar à classe média, e com a África do Sul temas relativos à agricultura e à garantia do abastecimento de água.
Neste ano o Brasil sediará dois grandes eventos internacionais: a
30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro, em Belém, e a
Cúpula do BRICS, prevista para julho, no Rio de Janeiro.
Em entrevista ao podcast Jabuticaba sem Caroço, da Sputnik Brasil, o ministro Wellington Dias, que comanda o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, falou sobre os desafios para ambos os eventos e como o multilateralismo contribui para a agenda brasileira.
Dias afirma que
o Brasil tem uma parceria estratégica com países do BRICS que precede a atual presidência brasileira do grupo neste ano, vindo desde a criação do BRICS. Ele cita como exemplo
a presidência brasileira do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como banco do BRICS, e parcerias com a China, uma das potências do BRICS na área social.
"Nós celebramos novamente, em 2023, a renovação de um termo que foi feito lá em 2004, onde a China e o Brasil trocaram experiências na política do combate à fome para a redução da insegurança alimentar e, também, para o combate à pobreza. E, no caso da China, nós temos aprendido, por exemplo, a experiência de levar pessoas para a classe média, ou seja, além de tirar da fome, tirar da extrema pobreza, da pobreza, também fazer chegar na classe média", afirma o ministro.
Dias destaca que, a cada dez anos, a China conseguiu retirar 200 milhões de pessoas da situação de fome e pobreza, e hoje já são 600 milhões de chineses que migraram para a classe média, o que coloca o país em uma situação "não só de crescimento econômico, mas de grande estabilidade".
Ele acrescenta que também há parcerias com a África do Sul, principalmente na área da agricultura e alimentação escolar.
"Estamos organizando um evento com os ministros e as ministras da área da agricultura, e também integrado com a área social, a academia, e vamos ter, no mês de maio, este encontro Brasil-África, em que vamos também fazer uma troca de experiência com visitas em campo, experiência de produção, experiência de pequenos agricultores que produzem para abastecer a alimentação de escolas, cozinhas solidárias, esse sistema de compra direta de alimentos."
Ele acrescenta que também haverá troca de experiências na área tecnológica para garantir o abastecimento de água.
"Provavelmente, ali na região do Vale do São Francisco, garantir que se possa conhecer sobre o 'cisternão', que é um modelo de cisterna que faz captação de água de chuva e, do outro lado, sustenta a produção no período não chuvoso, com o uso de energia solar, com formas simples de manutenção, garantindo assim que países da África e também as várias regiões do Brasil possam ter condição de cooperação. Estamos abertos a cooperar com a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], a cooperar com outras áreas do setor público e do setor privado, com o apoio da ABC, da nossa Agência Brasileira de Cooperação, e o MDS [Ministro do Desenvolvimento Social] com outros ministérios. Somos parte aqui dessas cooperações", afirma o ministro.
O ministro destaca a importância do multilateralismo para o combate à fome e afirma que um grande passo nesse contexto foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, liderada pelo Brasil durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, com a adesão de 171 países.
"O multilateralismo é uma experiência fantástica. […] Eu acho que esse é o principal eixo da aliança. Um país como Camarões, um país como o Brasil, um país como o México, qualquer outro país, ele faz um plano, no caso brasileiro, o Plano Brasil Sem Fome, o plano de superação da pobreza. Aqui é um plano de Estado. Entra no orçamento do Estado com a capacidade que o país tem. E, é claro, quem queira contribuir, quem queira ajudar, tem ali um plano que é do próprio país. Não é um plano só de um governo, é um plano que tem respaldo no Congresso Nacional, que tem respaldo na sociedade daquele país", explica.
Dias acrescenta que essa troca de experiências permite bons resultados, com a vantagem de que entram vários países, e também organismos internacionais, bancos internacionais, setores da academia e sociais, o setor empresarial e os próprios legislativos, o que permite menos tensão e melhores resultados.
Sobre a COP30, o ministro chama atenção para discussões sobre mitigação e adaptação às mudanças climáticas, e afirma que o Brasil tem muitas propostas nesse sentido que têm despertado o interesse de outros países.
"Por exemplo, esse modelo que a gente chama de tecnologias sociais voltadas para a água, para o primeiro uso, consumo humano, e para o segundo uso, ou seja, para a produção de uma horta, para garantir a criação de aves, onde tem como ponto de partida uma tecnologia simples de fazer, um rápido treinamento. A própria comunidade constrói a cisterna, a própria comunidade é capaz de fazer a manutenção. Choveu água de chuva, não choveu. Aquela água captada durante o período que choveu é utilizada para garantir uma condição de sustentabilidade", explica o ministro.
Ele acrescenta que também há programas de apoio aos pequenos agricultores para que não só possam dominar a capacidade de produção, mas também de comercialização, de agregação de valor em uma perspectiva de, ao se organizar em cooperativas, substituir o equivalente a uma média ou grande empresa e, com isso, ganhar inclusive o mercado internacional.
Dias afirma que, no Ministério do Desenvolvimento Social, a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), lançada em fevereiro de 2023, vem trabalhando na descentralização da produção de alimentos para garantir o abastecimento em cada região.
"Cito o exemplo do arroz. Mais ou menos 65%, 70% do arroz consumido no Brasil era produzido na região Sul. Agora também [há] uma descentralização para o Centro-Oeste, para a região Nordeste, para a região Norte, para o Sudeste, porque já há uma prevenção em razão dos riscos climáticos. Se nós tivemos seca, enchente em uma região, provavelmente não tivemos em outras, e ali há condição de ter uma produção maior. Assim estamos trabalhando o milho e outros produtos."
O ministro afirma que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne um time de líderes em uma aliança de centro-esquerda, que tem o claro objetivo de colocar o Brasil entre os dez países mais desenvolvidos do mundo.
"Veja que o Brasil, nos dois primeiros mandatos do presidente Lula e no mandato também da presidenta Dilma, alcançou a sétima maior economia do mundo. O que aconteceu de desmantelamento de várias políticas no governo do presidente [Jair] Bolsonaro? O Brasil foi decaído e chegamos à 12ª maior economia do mundo. O presidente Lula, ao voltar, retoma as várias políticas econômicas, sociais, integradas com o mundo, e o resultado é que já fechamos 2024 na décima posição entre as dez maiores economias do mundo."
Ele afirma ainda que, nesse contexto de crescimento econômico, muitas pessoas estão migrando para a classe média, por isso outro caminho buscado é ampliar a renda desse segmento da sociedade. Segundo ele, esse é o objetivo do projeto do governo para ampliar a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês.
"O projeto que o presidente Lula encaminhou ao Congresso, liderado pelo ministro [da Fazenda] Fernando Haddad, terá um efeito extraordinário, e ele tem uma engenharia que seguramente traz muita justiça social. Somos um país desigual. Por que desigual? Os extremamente mais ricos, os milionários, por exemplo, ele está pegando 140 mil pessoas que têm uma renda de um milhão de reais por mês para mais e pessoas que, na análise do Ministério da Fazenda, têm ali um pagamento de impostos de 2%, e muitos deles não pagam nada", afirma.
Ele cita, em contraponto, professores que trabalham no setor público e privado que ganham R$ 5 mil reais e pagam 10% de IR descontado no contracheque já no pagamento do salário.
"Não é justo que alguém que ganha R$ 5 mil por mês pague 10% e alguém que ganha um milhão pague zero, pague 1%, pague 2%. É justiça social colocar para pagarem 10%. 10% é aquele ponto mais baixo da tabela dos impostos. O que significa isso? Tirar de quem ganha mais, e isso garante sustentação para cerca de 12 milhões de pessoas", conclui o ministro.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).